Iara, ainda com os olhos cerrados, bate a mão sobre o despertador o desligando. Internamente pragueja por aquele som irritante ter lhe tirado do mundo perfeito dos sonhos. Onde nada dava errado e não havia problemas. Se vira para o lado da cama que pertence ao seu pupilo e desliza sua mão sobre o local e ao abrir os olhos, sente uma pontada de decepção. Ele realmente não estava lá.
Bufa voltando seu corpo para cima onde encara demoradamente o teto. Repassando tudo que vinha acontecendo em sua vida até ali, era muita coisa pra se pensar com o estômago vazio e revirando pelo exagero no álcool. A mistura ambígua de ressaca e fome, estavam presentes. Como pode se sentir enjoada e com fome ao mesmo tempo? — Pensou.
Lembrou-se que não ingeriu nada além de duas garrafas de vinho e algumas lágrimas de saudades de seus pais. Aquela tristeza estava voltando e ela resolve levantar da cama e encarar o chuveiro.
Arrastou-se preguiçosamente até o banheiro onde tomou um bom banho, escovou os dentes e secou os cabelos. Encara sua figura no espelho e constata mentalmente o que dizem que pode parecer um caco, mas quando se arruma o cabelo melhora o humor em 80%. Fez a maquiagem como de costume e elevou para 90%. Se sentia fisicamente melhor depois desse trato.
Foi até a cozinha ainda enfiada em um roupão. Só ia se trocar depois de tomar o café da manhã, que consistia basicamente em uma fruta, torradas e café bem forte e amargo. Sentiu saudade do waffle que Jungkook preparava, hoje especificamente queria algo mais adocicado. Subitamente veio em sua mente a ousadia dele durante o expediente ontem.
— Filho de uma puta, me provocou tanto e nem se deu o trabalho de vir dormir comigo. — Verbaliza baixinho segurando entre as mãos a xícara de café. Um barulho chama sua atenção e ao olhar para o lado, o vê despontar na porta segurando uma mochila e mais uma mala. Por dentro ela sorria por ele estar aqui, finalmente, mas por fora não esboça reação alguma, além de olhar com desdém os poucos movimentos que o rapaz sorridente faz. Ela não daria esse gostinho a ele. As palavras de Jeon ainda ressoavam na mente de Iara, que adorava brincar com a nonna.
— Não sou a porra de um brinquedo de ninguém. — Pensa
Jeon em toda sua inocência sorri amplamente para a mulher à sua frente. Ele finalmente teria sua noona para si todos as noites, além de passar o dia todo durante o expediente ao seu lado. Se pudesse a levaria até para as aulas na faculdade. Será que aceitariam ela como ouvinte em algumas cadeiras? Até que não seria uma má ideia, ela não ficaria sozinha a semana inteira enquanto ele estivesse na faculdade.
Ele não poderia estar mais feliz, tanto que nem desconfiou da cara fechada de Iara.
— Bom dia noona! — Diz sorrindo deixando ao seu lado a mala e fechando a porta. Aquele sorriso era o responsável por ela quase esquecer o episódio do dia anterior. Quase!
— Bom dia baby. Dormiu bem? — Fala sem entregar qualquer sorriso e desvia os olhos dos dele, caso contrário, não resistiria em pular em seu pescoço e dizer o quanto estava com saudades.
— Sim! Bem... não muito pra falar a verdade. — Deixa o restante das coisas de lado e pela visão periférica ela o vê se aproximar. Abaixou-se até a altura do seu ouvido e sussurrou: — Senti saudades da noona. — Afasta os cabelos de Iara para o lado e aspira forte o seu cheiro, e seu corpo novamente lhe traía, arrepios surgiram por toda a derme. Maldito! Jeon percebe, já que soltou um sorrisinho resvalando o hálito quente sobre a pele do seu pescoço deixando um beijo demorado ali.
Se manteve firme no propósito e não cedeu, mesmo com seu corpo gritando para despi-lo ali e devorá-lo sobre a mesa da sala de jantar.
— Se sentiu saudades, deveria ter vindo da faculdade pra cá, não é mesmo? — Ele se afasta voltando a ficar com postura ereta ao seu lado, apoiou-se sobre o encosto da cadeira que Iara estava e ela pôde sentir seu olhar pesando sobre si.
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Sugar Mommy - JJK
Fanfiction[CONCLUÍDO] Iara Taylor é uma mulher independente, sucessora de um império empresarial no ramo da moda. Seu objetivo nunca foi se casar ou ter filhos. Sua prioridade sempre foram os negócios que herdou da família. Aos 35 anos, solteira e sem herdei...