Capitulo 2 - Tormento - Cumprimente a mão que segura a espada.

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Capitulo postado dia 12/03/2022

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A noite chegou muito rápido, a dor o fez alucinar mas o choro que durou por algumas horas fez com que ele pegasse no sono sem que percebesse, felizmente, a tristeza era um ótimo remédio para sua insônia.

Ele se levantou, depois de dormir agora era capaz de andar sem muitos tropeços, a fome havia passado e junto com ela foi-se a estranha solidão. Um sentimento novo ocupava seu coração que sabia diagnosticar qualquer fio de bondade.

Ele andou pelo quarto por alguns minutos, havia um som desconhecido no ambiente, eram como botas sobre a neve, mas a pessoa em questão estava certamente se escondendo. O som durou por apenas alguns minutos, tudo estava silencioso novamente.

A concubina Chu se sentou ao lado da mesa baixa, um novo barulho foi ouvido, com ele, uma longa e fria corrente de vento adentrou o quarto. Ele se levantou e recuou alguns passos no direção contrária da corrente, alguém tinha entrado.

- Quem está aí? - A concubina Chu perguntou com uma voz baixa, a calmaria dos minutos anteriores escapava pelas frestas nas janelas.

Ele ouviu passos rápidos vindo em sua direção, antes que pudessem ter qualquer reação seu pescoço foi agarrado por uma mão que não parecia humana. Ele tremeu, a força era muito grande, sentia que estava planejando quebra-lo.

Suas duas mãos agarraram o braço da pessoa que o mataria, ele chorou, os olhos atordoados não consigam captar nenhum sinal de luz, ele tossiu, o sangue imediatamente escorreu por seus lábios pálidos.

Com grande força ele foi lançando de encontro a parede, suas costas foram arranhadas pelas farpas da madeira velha, as feridas que já haviam parado de sangrar mancharam o tecido de suas vestes.

Implorando por ar seus pulmões se contraíram, ele tossiu inúmeras vezes enquanto vomitava sangue e água, o mundo estava girando sobre sua cabeça, ele só conseguia deitar no chão enquanto chorava. Seu corpo não lhe respondia, então ele ficou parado ouvindo a movimentação em seu quarto.

No passado ele lutou com inúmeras pessoas maiores que ele, mas agora, a única coisa que podia esperar era a morte.

- O que pensa que está fazendo? - Alguém perguntou enquanto pulava a janela.

- Eu me assustei, pensei que isso fosse um cadáver feroz... - A pessoa que quase o matou falou com um leve tom de incerteza.

- Não pode sair matando os outros assim! Pelo menos não parece ser alguém que irá fazer falta...

- Devemos reportar ao grande irmão?

- Sim, vamos!

Ele percebeu quando as duas pessoas saíram, "grande irmão"? Eles só podiam ser bandidos em busca de algo valioso nos palácios frios, isso era comum. Estranhamente, aqueles bandidos apenas roubavam sob as súplicas de outras pessoas, eles nunca ousaram ferir a diversão do imperador.

A concubina Chu sentiu que já havia tido o suficiente dessa vida, quantas vezes, ele não implorou que aqueles bandidos o matassem? quantas vezes ele não tentou tirar a própria vida? Quantas vezes ele desistiu da morte com um pequeno fio de esperança em sua coração?

Ele não ouviu coisa alguma, quanto mais os dias passavam mais ele sentiu que não conseguiria comer nunca mais em sua vida enquanto digeria a si mesmo. Ele desmaiou.

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A madrugada fria deu lugar a um dia mais quente que os anteriores, a neve derreteu um pouco revelando parte dos galhos das árvores, as ameixeiras floresceram mais cedo este ano. O perfume das flores se intensificou ainda mais durante a noite, uma pessoa tola foi despertada de seu sonho longo, a janela ainda estava aberta, ele sentiu a corrente de vento subir e descer, como se estivesse o atormentando.

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⏰ Última atualização: May 14, 2022 ⏰

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