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Sarah está com o seu coração partido!
Depois de descobrir a traição do seu namorado, Sarah e levada pelas suas amigas para uma noite de diversão.
Max está com problemas no seu relacionamento, e decide se divertir na Despedida de Solteiro de um...
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Chego na sala de aula que leciono, os alunos já estão espalhados pala sala conversando sem parar ou notar a minha presença, olho para o quadro negro encontro um pênis desenhado, suspiro olhando o desenho anatômico, "ao menos nas aulas de artes eles devem dominar, o desenho possui até pentelhos."
— Gostou do desenho fessora — Olho para o Luigi com um sorriso sacana nos lábios. "Tão novo e tão safado, coitada da menina que se apaixonar por ele" Penso comigo mesma.
— Amei, você tem um dom Luigi, estou impressionada — Digo olhando em seus olhos.
Algumas coisas que aprendi lecionando para o ensino médio: nunca demonstre que aquilo não te agrada, adolescentes sentem cheiro de desafio e conseguem encontrar seus pontos fracos a quilômetros de distância.
Eles têm uma fixação pelas partes íntimas, então nunca mencione a palavra pênis ou vagina na sala de aula (a menos que esteja aplicando aulas de educação sexual, não há motivos para dizer tais palavras. A não ser é claro que queira levar um processo por assédio sexual).
Entregue a matéria para seus alunos e torça para eles absorverem o aprendizado. Não devemos nunca, vou repetir, nunca devemos forçar o aluno a ficar sentado na cadeira ameaçando a vida dele, isso pode acabar com a sua carreira (aprendi isso quando a professora Gertrudes surtou e ameaçou um aluno a ficar sentado e aprender, não acabou bem para ela.)
Beba seu vinho em casa, evite beber na sala de aula, o cheiro do álcool pode te denunciar e fazer algum aluno comentar pelos corredores sobre a professora alcoólatra. Outro detalhe importante, se beber na sala de aula corre o risco de você dançar na mesa e gritar que na sua vida passada foi uma dançarina de can-can. Cheguei a essa conclusão sozinha, nunca pode sair algo de bom quando se bebe escondida durante a aula.
E por último, mas não menos importante, se sair da sala antes dos seus alunos, não lhe dê as costas, saia pela porta fazendo contato visual com eles, nunca se sabe o que pode te atingir na retaguarda.
Quando comecei a lecionar, queria ensinar pequenos seres aprendendo a ler. Mas para a minha sorte ou azar, quando me formei, recebi a proposta de trabalhar aqui nesta belíssima escola pública no estado de Massachusetts. Confesso que quando entrei aqui, pensei que seria como no filme Mentes perigosas em que sou a Michelle Pfeiffer e consigo domar uma sala de alunos adolescentes. Não cheguei nem perto do Jack Black em escola de Rock, o que consigo no máximo é conquistar dois alunos durante a aula de história e não transformar isso aqui em uma carnificina. Ao menos todos saem vivos daqui no final, e fico feliz quando finalmente posso respirar na segurança do meu apartamento. Como diz o velho ditado entre mortos e feridos salvaram-se todos.
Assim que a aula acaba, ando pelo corredor longo até a sala dos professores, lá encontro a Portia sentada em uma cadeira, com seus saltos 15 cm e saia grudada ao corpo, olhando para ela, não se parece uma professora e sim uma executiva.
— Café? — Ela me pergunta, seus olhos de águia passam pelo meu corpo examinando as peças da minha roupa. Um jeans claro e uma blusa larga de tricô branca. Meu cabelo cacheado está solto, mas ao que parece nem ele amanheceu bem hoje, já que está mais armado que de costume.
— Não, valeu. — Sigo até a mesa onde ela está sentada e me acomodo em sua frente.
— Você está um lixo! — Ela diz olhando por cima da borda do copo.
— Por que será? Terminei com meu namorado que seria noivo em breve — Portia bufa com o que digo, mas finjo não notar — E minhas amigas, que deveriam estar me consolando, encheram meu cú de cachaça e ficaram me zoando a manhã toda.
— Por favor — Portia desdenha com as mãos — Se não fosse por nós, agora você estaria caída na cama choramingando pelo James três estocadas.
— Dá para não chamar ele assim? — Falo em meio a um gemido.
— Claro como você quer que eu chame? — Ela começa a enumerar nos dedos — James rola flácida, James meia bomba, James mamador de tetas flácidas ou James traidor. As opções são infinitas, pode escolher. — A encaro perplexa.
— Por que você é tão amarga? — Pergunto olhando em seus olhos claros, ela joga seu cabelo liso castanho para trás dos ombros.
— Não sou amarga — Ela se defende e olha com a cara fechada um professor que entrou na sala dos professores, o pobrezinho nota que não é bem-vindo no mesmo ambiente que ela, e sai do mesmo jeito que entrou, calado com o rabinho entre as pernas. Arqueio a sobrancelha para ela mostrando que estou certa.
Conheci Portia na faculdade, ela estava se formando em contabilidade, mas após algumas conversas entre nós ela decidiu odiar o curso dela e mudou para o curso de Matemática. Para mim não fez diferença ela saiu de um curso chato que envolvia matemática e fez outro curso chato de matemática.
Tornamos inseparáveis, mas ao contrário da Megan que conheço desde a adolescência e sei tudo sobre a vida dela. Portia sempre foi um mistério para mim.
Sempre que entramos no assunto família a resposta é sempre a mesma:
— É complicado.
Se perguntamos se ela já se apaixonou:
— Porque preciso de uma rola se posso ter todas.
Se perguntamos sobre a sua infância:
— Vamos falar sobre coisas boas? Quem está a fim de Tequila?
Ela sempre arruma um jeito de nunca nos falar sobre nada que nos faça conhecê-la. Às vezes acho que ela nem precisa trabalhar, ela falta no trabalho direto, mas tem dinheiro para comprar roupas de grife e gastar com supérfluos o tempo todo. Apesar disso, olhando para ela, vemos que ela tem um excelente coração. E usa sua grosseria como refúgio para algo que não gosta de falar.
— Quem te deixou assim, Portia? — Tento mais uma vez tirar alguma peça para o quebra cabeça difícil de montar.
— Não tenho culpa se não gosto do seu namorado, deveria ter o mesmo sentimento já que ele te traiu. — Ela se levanta e joga o seu copo fora, pega a sua bolsa de grife e caminha de volta para onde estou sentada. Ela retira da sua bolsa uma caixa branca e me entrega.
— O que é isso? — Pergunto olhando o desenho de um celular na caixa.
— O que você acha? Te prometi um celular, estou te dando um celular — Ela revira os olhos como se isso fosse óbvio.
— Mas isso aconteceu hoje de manhã, você veio comigo para o trabalho onde achou tempo para comprar um celular novo? — Pego a caixa e vejo ser de última geração e provavelmente muito caro — Não posso aceitar isso, é muito caro — Empurro a caixa na sua direção, mas ela empurra de volta.
— Ele estava no meu armário — Olho para ela incrédula.
— Por que diabos você tinha um celular novo no armário da escola? — Abro a caixa e tudo ainda está na embalagem original.
— Meu pai me deu, mas gosto do meu, pode ficar com esse para você — Ela coloca a sua bolsa no braço e saí antes que eu possa agradecer.
Portia definitivamente é um quebra cabeça difícil de ser desvendado.