Oneshot | Feitiço | Jikook +18

Ep único: Zahir

》 Notas.

Antes de tudo, desejo-lhes uma boa leitura📚

Essa oneshot foi criada com o intuito de divertimento.

Se não gosta desse tipo de conteúdo, não leia.

Leia os avisos e as tags da fanfic antes de começar a leitura.

Me desculpe por qualquer erro ortográfico, a fic foi revisada, porém sempre tem alguns arrinhos que passam despercebidos. Podem me alertar sobre eles se quiser.

Ep único - Zahir

Zahir
- Algo ou alguém que uma vez tocado ou visto jamais é esquecido. Situação que ocupa o pensamento e pode levar à loucura.

⛧

A floresta a minha volta gemia em estalares de madeira e o grasnar de corvos. Meu olhar percorria cada canto entre aquelas árvores finas e quase sem folhas. O clima de outono deixara tudo mais macabro, o chão completamente coberto por folhas secas.

Cada mínimo barulho do vento arrastando as folhas fazia com que um arrepio horripilante percorrece minha espinha, e a angustiante sensação de estar sendo vigiado fazia minhas pernas fraquejarem e meus ossos tremerem de medo.

O céu já era preenchido por diferentes nuances de laranja, rosa e roxo, deixando todo o ambiente florestal com um filtro de cor laranja.

Quanto mais eu adentrava naquela floresta mais macabro o clima ficava, o ar mais denso tonando minha respiração mais pesada.

Ouvi barulhos de passos a alguns metros de onde eu estava, naquela medida a floresta começava a se tornar escura e a atmosfera do local se tornava sombria e horrível, uma neblina estranha cobria todo o ambiente, quase me cegando. Aquilo indicava que eu já estava em seu território.

Olhei na direção de onde eu havia escutado os passos, algo diferente se mexeu entre as árvores naquela região, um vulto rápido passou entre a neblina densa, meu corpo todo se arrepiou e um medo não comunal me atingiu, em seguida uma risada estridente ecoou por toda a floresta.

Um risada maligna e rouca.

Meus olhos se arregalaram, minhas mãos suavam e uma sensação nada boa tomava meu corpo.

Me apressei pra continuar andando o mais rápido que podia. Eu estava com muito medo e quanto mais eu adentrava naquela parte da floresta mais tenebroso tudo ficava, isso me indicava que eu estava cada vez mais próximo do meu destino.

Tentei ignorar a presença tenebrosa que eu sentia. Era como se uma entidade pesada e carregada de algo maligno estivesse bem no meu calcanhar, pesando sobre meus ombros.

O horror daquela situação percorria meu corpo como uma correnteza.

_ cuidado _ foi sussurrado ao pé do meu ouvido seguindo de uma risadinha baixa e aguda, que ecoou na minha mente.

E como em um passe de mágica aquela presença foi embora, deixando apenas o medo.

Inspirei fundo, buscando dentro de mim mesmo um pingo de coragem para continuar e não sair correndo para longe dali. Porém eu tinha que continuar.

Expirei o ar preso nos pulmões e fechei minhas mãos em um punho, pisquei com força e continuei andando.

A neblina ficou tão densa em um momento que eu não enxergava um palmo a minha frente, então parei onde eu estava, queria evitar de pisar ou me chocar com algo.

Aos poucos a névoa foi parcialmente deixando de ser tão densa, percebi que eu não estava mais na trilha de antes e sim em um caminho de pedregulho, diferente do caminho de terra. A grama em volta era verde e não havia sequer uma folha seca.