Capítulo 1

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SALVATORE

Nessa manhã na mansão Bianchini, Salvatore acordou sentindo beijos carinhosos em seu pescoço e um sorriso surgiu em seus lábios antes mesmo que ele pudesse pensar em fazer tal coisa.
— Bom dia, Sra. Bianchini!
Ele disse deslizando a mão pelas costas da esposa empurrando para cima a camisola de seda que a cobria e ficou mais que satisfeito em sentir sua pele macia.
— Não ouvi você chegando ontem... — ela sussurrou mordiscando sua orelha. — Senti saudades!
​Salvatore fechou os olhos se deleitando com essa admissão tão carinhosa e sincera da esposa. Anna a cada dia parece mais confortável, desinibida e sexy ao lado dele, sendo inegável para o Don Bianchini o quanto ele a adora.
E assim ele quase deixou escapar que também sentiu falta dela, muito mais do que pensou um dia sentir, no entanto, preferiu guardar aquela descoberta para si, porque não tem ideia de como administrar esses "sentimentos confusos" que sua esposa desperta nele.
— Cheguei ao amanhecer, muito tarde para os seus padrões de sono. — Salvatore beijou os cabelos dela. — Já disse que não precisa me esperar acordada!
— Gosto de saber quando você já está em casa! — Ela se moveu apoiando-se no peito dele e tocou seu rosto. — E não é como se eu tivesse muito que fazer, quando vou poder deixar a mansão?
​Salvatore encarou o rosto adoravelmente belo da sua esposa, a cada minuto, a cada hora e dia, ele achava Anna mais linda, assim ficava mais difícil para ele não agir como um idiota ao lado dela... Ele traçou a mandíbula delicada da esposa deixando seu dedo deslizar pelos lábios rosados.
— Ainda não é seguro!
​Três malditas semanas tinham se passado, Salvatore andava pisando em cacos de vidro praticamente, esperando um ataque que nunca vinha, quase como se seus inimigos soubessem que o episódio dos homens mortos e drogas furtadas fosse apenas uma armadilha.
— Você vive dizendo isso, mas até agora estamos seguros, não houve mais nenhum ataque? — Anna hesitou. — Ou houve?
— Não, não houve... — ele acariciou a bochecha dela. — Mesmo assim, como expliquei ainda estamos na eminência de que algo aconteça, não quero arriscar!
Não quero e não posso arriscar você...
Ele pensou, mas não falou, guardou para si mais uma das verdades que nunca poderá admitir em voz alta. Se um dia seus inimigos soubessem o quanto ele adora Anna, eles vão usá-la de um jeito muito pior do que se apenas pensassem que Salvatore a via como um "objeto" que lhe pertencesse por ter seu sobrenome.
— Entendo...
​Ela comentou cabisbaixa, Salvatore sabe que ela realmente se esforça para entender, para compreender o lado dele como ninguém mais tentava fazer, por isso que ele sente aquelas pontadas frustrante no peito por negar algo a ela.
— Quer trazer suas crianças para a mansão? — Salvatore se viu oferecendo.
— Como? — Anna piscou parecendo muito surpresa.
— Tem uma ala na mansão que não é usada para nada, pode mandar abrir e trazer seus alunos...
​Antes que Salvatore pudesse terminar sua fala, Anna começou beijá-lo de todas as maneiras que conseguia, sorrindo, parecendo que tinha acabado de ganhar o melhor presente do mundo e isso provocou no Don Bianchini um enorme prazer, uma satisfação masculina jamais alcançada, o fez ficar cheio de si, por ser ele o responsável por deixá-la tão contente.
— Ah Salvatore, obrigada, obrigada... — ela agradecia entre os beijos. — Você é bom demais para mim!
​Ele não é nada, no entanto, também não negaria se a esposa queria dizer o contrário. Sorriu deixando que ela o beijasse, mordiscando seu lábio, então deixando sua língua se misturar a dele provocante, exigindo e dando de volta, até que ele cansou de deixá-la conduzir.
​Com um movimento Salvatore ficou por cima da esposa pegando seus pulsos e prendendo acima da cabeça enquanto desceu uma trilha de beijos pelo pescoço dela, chupando, mordendo até alcançar a linha dos seios que provocou com sua língua margeando a camisola dela sem realmente tocar onde Anna claramente deseja.
— Ainda sou bom para você?
— Seria muito mais que bom se parasse de brincar... — ela rebateu com um sorriso travesso que ele imitou.
— Então diga o que quer que eu faça com você! — exigiu afastando seus lábios dela, mas mantendo suas mãos presas.
— Eu... — o rosto dela corou, Anna sorriu, então pareceu tomar coragem. — Na verdade, eu quero fazer, eu quero chupar você!
​Cada grama de controle e firmeza de Salvatore foi jogada no lixo, ele soltou as mãos da esposa, ficando de joelhos entre as pernas dela, olhando-a assombrado, admirado e completamente... Não, ele não chegaria naquele lugar, é perigoso demais e mesmo assim ele estava adorando.
— O quê? — a voz dele saiu rouca e pesada, isso talvez tivesse provocado a indecisão em Anna.
— Desculpe, eu não...
​Salvatore se curvou sobre ela beijando-a, incapaz de esconder seus gemidos, pegando a mão dela e direcionando ao seu pau.
— Não se desculpe, nunca, você pode fazer qualquer coisa... — ele mordeu o lábio dela, assistindo-a ficar ofegante. — Eu sou todo seu para fazer o que sentir desejo, na verdade, sou o desgraçado sortudo que Ettore sempre diz.
​A risada dela preencheu todos os cantos sombrios que Salvatore tanto odeia em si, mas naquele instante, naquele momento fugaz ele realmente foi apenas dela, sem ser o Don, o homem ruim ou o garoto maltratado na infância, ele foi apenas o marido de Anna Bianchini.
— Sente-se... — ela pediu. — Vou brincar com você!
​Ele a obedeceu, sentando-se e apoiando as costas na cabeceira da cama, enquanto Anna ficou de joelhos na frente dele puxando sua camisola expondo o corpo nu esbelto, o corpo que é a fantasia mais perfeita que Salvatore poderia desejar, e que parece ter sido feito para se encaixar ao dele.
​Salvatore engoliu em seco diante do sorriso dela, dos movimentos ainda tímidos ao puxar sua calça moletom livrando-o dela, mas não há como negar que ele está completamente fascinado quando as mãos femininas subiram espalmadas por suas coxas, testando e provocando uma onda de prazer extremo.
​Quando Anna finalmente tocou em seu pau, Salvatore quase gozou, ela o acariciou, realmente tocando todos os lugares como se estivesse o conhecendo mais uma vez, como se sua esposa quisesse gravar como é essa parte específica do corpo dele que só responde aos estímulos, ao cheiro e as imagens dela.
— Anna você vai me fazer gozar apenas me tocando... — ele confessou e o sorriso confiante dela foi um prêmio. — Sua danadinha, está gostando disso, não é?
— Claro que estou. — ela se aproximou procurando os lábios dele, beijando suavemente, antes de mordê-lo. — Me sinto completa, linda e perfeita, quando você está excitado por mim...
​Ele a beijou com mais voracidade, se segurando nos lençóis da cama para não agarrá-la e fazê-la se sentir ainda mais perfeita, mas deixou que Anna continuasse com a sua exploração porque esse momento é dela, apesar de ser completamente prazeroso para ele.
— Você é tudo isso!
Salvatore sussurrou quando ela se afastou, descendo beijos pelo seu peito, até seu abdômen e quanto olhou para cima aqueles olhos azuis o derrubaram da melhor maneira possível.
— Precisa me dizer se estou fazendo tudo certo...
— Só precisa me colocar na sua boca de uma vez ou vai me matar!
​Outra risada, mais uma pontada no peito dele, então de repente o mundo e tudo ao redor ficou silencioso, apenas o som das respirações deles, e claro, a boca de Anna o envolvendo se é ouvido. Salvatore olhou para a esposa entre as suas pernas, os cabelos escuros como a noite, as mãos perfeitas o segurando e aqueles lábios realizando a fantasia mais erótica da sua vida.
​Ele não aguentou e enfiou a mão no cabelo ela, conduzindo sua boca, lutou para ser gentil enquanto Anna parece cada vez mais especialista no modo como o chupa, em seguida volta e lambe apenas a ponta, voltando a mergulhá-lo no calor cálido da sua boca. Salvatore jogou a cabeça para trás gemendo alto o suficiente para acordar a mansão inteira, mas não se importou.
​Anna está lhe proporcionando o prazer mais indescritível que já havia sentido, se antes ele achava que aquele apetite sexual que compartilhavam acabaria, só poderia rir de si mesmo... Isso nunca acabará, na verdade, parece que aumenta, se renova a cada encontro, como se a intimidade crescente entre eles fora da cama estivesse levando o sexo a outro nível.
— Anna minha linda... — Salvatore engasgou em suas próprias palavras quando ela o levou ao limite dentro da sua boca. — Porra... Ah Anna!
​Ele puxou o cabelo dela levantando seus quadris perdendo a batalha para não foder a boca dela, mas no último minuto a afastou, jogando-se por cima dela, a beijando, como um náufrago que precisava de água após dias sem.
— Por que parou? — ela perguntou ofegante e corada, um retrato de excitação perfeito.
— Queria que eu gozasse na sua boca?
— Sim...
​Salvatore gemeu enfiando o rosto no pescoço dela com um sorriso completamente idiota.
— O que diabos eu fiz para merecer você?
​Ele fez aquela pergunta para o além, ou qualquer outro ser, não para Anna e mesmo assim foi ela quem respondeu.
— Não sei, porém, devo ter feito algo parecido se ganhei você!
​E ali o mundo dele se perdeu, ali Salvatore entendeu tudo e ficou assombrado, por isso precisou fazer algo para não pensar naquilo. Então se moveu, ficando de joelhos e virando Anna, deitando-a de costas erguendo seu quadril, a deixando sobre suas coxas, empinada para ele, enquanto moveu-se posicionando para penetrá-la.
— Quero você assim, alguma objeção? — ele perguntou rouco de desejo e algo mais...
— Não, continue, por favor!
​Ela nem precisava implorar, porque ele estava implorando por ela, e quando a tocou sentindo a umidade do seu sexo perdeu qualquer mínimo controle, deslizou para dentro dela em um único golpe arrancando dos dois um grito de satisfação, contudo, Anna se desfez em um orgasmo antecipado que fez Salvatore a segurar pela cintura a mantendo no lugar.
​Anna tremia, o rosto apoiado e virado no colchão torcido em um sorriso de prazer, enquanto ele a mantinha cativa investindo contra seu corpo prolongando aquele clímax e construindo um novo.
Ele moveu sua mão segurando no cabelo dela, tomando cuidado, entretanto, dominando do corpo da esposa como queria, como lhe dá prazer e como visivelmente ela gosta.
— Anna, minha doce Anna... É toda minha, não é? — questionou ele perdido no calor do corpo dela.
— Sim, sua... — ela afirmou sorrindo.
— Vai gozar para mim mais uma vez, quero sentir você, porque dessa vez vamos juntos!
​Salvatore mudou o ângulo em que a tomava, Anna se apoiou em suas mãos ficando de quatro, expondo-se e confiando nele, buscando para si mesma o seu próprio prazer e ele gostou.
Ele quase a abraçou, mordendo ombro dela, à medida que os gemidos femininos o provocaram cada vez e até sentir o corpo da esposa ficar tenso, aumentando o ritmo, eles dois de repente alcançaram o pico do prazer se derramando juntos.
Quando caíram no colchão lado a lado, Salvatore encontrou forças apenas para puxar Anna para si, abraçando-a, porque tinha aprendido que abraçar pode ser tão bom quanto o que tinham acabado de fazer juntos.

O Irmão Mais Temido (TOMO II) Onde histórias criam vida. Descubra agora