Capítulo 02

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Olá, olá, meus amores, como vocês estão?
Segue mais um capítulo para vocês, dessa vez na visão da nossa amada Andrea.
Espero que gostem! Fiz com muito carinho...
Ps: relevem os erros...
Beijos, mamãe ama vocês ♥️

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Andrea estava cansada, ou melhor, exausta!

Não eram nem 8h00 e ela já se em contrava em sua sala, sentada em frente ao seu computador com a tela a página ainda em branco do que deveria ser sua nova publicação na coluna. Isso vinha acontecendo nas últimas semanas, sem conseguir dormir direito e, o pouco que conseguia, ainda sim lhe fazia levantar-se antes das 6h00 da manhã. Como não havia nada que pudesse ser feito acabava escolhendo ir para o trabalho, assim se ocuparia.

Doce ilusão!

A verdade é que seus pensamentos estavam em outro lugar, mais especificamente, em outra pessoa. Já fazia um ano desde a última vez que a vira pessoalmente, se soubesse que nunca mais olharia para aquela imensidão azul, talvez, só talvez, pensaria melhor antes de abandoná-la em Paris e jogar o celular naquela fonte. Mas ah, se o arrependimento matasse Andrea já estaria mortinha e enterrada.
Por incrível que pareça, ainda conseguiu uma recomendação da própria Miranda Priestly, quem diria. Aquela que foi seu inferno pessoal, lhe levou ao céu – não da maneira que Andrea queria, realmente -. Após oito meses se dedicando incansavelmente correndo atrás de notícias, publicações, entrevistas e café para seu superiores, a morena finalmente teve seu trabalho reconhecido e subiu de cargo. Ganhou a coluna de negócios, de moda (quem diria, não durou 2 meses) e agora escreve sobre a força feminina. Ela estava gostando, não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas estava gostando.

Ser uma pessoa curiosa lhe ajudava bastante no quesito "procurar algo" para publicar. Aos poucos foi ganhando seu tão desejado espaço, as pessoas gostavam das suas publicações, o próprio jornal gostava e estava ganhando bem com isso, a visibilidade que estava levando para eles era impressionante. Dia após dia ela chegava em sua sala e via sua caixa de e-mails e correspondência lotada de leitoras que escreviam para ela respondendo o quanto amavam sua coluna. Ela não poderia estar mais realizada.

Escrevia sobre a força feminina, sobre a conquista de espaço e sobre mulheres fortes que corriam atrás de seus sonhos e objetivos. Mas, como escrever sobre isso, se ela própria não tinha forças para correr atrás do que mais desejava? Cada linha que escrevia ela soltava uma risada nasalada, "patética, Andrea Sachs, você é patética".

O único problema ali era que o orgulho da morena falava mais alto do que qualquer outra coisa que ela quisesse sentir. Afinal, como poderia ter sentimentos pela mulher que fez da sua vida um inferno? Como olhar com olhos de desejo para aquela que só correspondia com olhares de desprezo? Como entender o coração. Andrea não vira Miranda pessoalmente após o incidente em Paris, não que negasse querer vê-la. Entretanto, sempre acompanhava a page six ou qualquer outra plataforma de fofocas para conseguir resgatar algo, por mínimo que fosse, referente à rainha da moda, nem que fosse uma mísera foto mais atualizada, apesar de sempre temer o que veria, como, por exemplo, um possível novo affair. O medo que sentia de gritar aos quatro cantos do mundo o que sentia pela mulher só não era maior do que vê-la com outra pessoa que não fosse ela.

"Como se isso fosse possível!"

Sabia que seu divórcio ainda não havia saído, mas que estava nos tramites para que logo se resolvesse. Falando em divórcio, se é que pode chamar assim no seu caso, as coisas com Nate – obviamente – não deram certo, ela bem que tentou dar mais uma chance para esse relacionamento, mas de nada adiantava se tudo o que vinha a sua mente era Miranda, não poderia usar o Nate para esquecê-la (não que não tivesse feito isso quando resolveu dar a fatídica chance).

O término não foi bom, acho que ele não gostou muito de ser jogado para escanteio novamente e pelo mesmo motivo, não que ele soubesse, mas com certeza desconfiava, era óbvio. Ela ficava avoada, não prestava atenção no que ele falava e nem no que fazia, ele não merecia essa atenção, quem merecia era Miranda, ele não merecia os olhares apaixonados, os sorrisos soltos, a admiração ou qualquer outro sentimento que ela pudesse oferecer, e Andrea percebeu isso depois que ele não aceitou o fato dela estar crescendo mais que ele, de ela estar ocupando lugares importantes em jornais importantes, em colunas importantes, em assentos importantes, enquanto ele tentava crescer como chef, sem sucesso. Com o tempo tudo foi se perdendo, os beijos apaixonados, o carinho, o amor em si, ela se sentia como um fardo perto dele e ele não fazia questão de negar isso.

A gota d'água foi sua mudança de tema para o jornal, quando ganhou a coluna. "Não acho que você consiga aguentar o tranco, não conseguiu agradar uma chefe, quem dirá um país inteiro" ela sabia a quem Nate se referia, na mesma hora – engolindo o resto de dignidade que ainda lhe restava – ela se virou e foi embora, gritando que mandaria alguém buscar suas coisas – Doug e Lily.

Por falar nos dois, as coisas estão bem, depois de conhecerem o outro lado do chef eles viram que Andrea não era a culpada de nada e que não merecia metade de tudo o que o homem estava fazendo com ela. Ambos foram buscar suas coisas na semana seguinte, fazendo questão de trocarem farpas com Nate sobre o modo como ele estava tratando a amiga, ele não se importou.

O apartamento em que estava morando agora era lindo, ficava perto do jornal e de um café que ela adorava frequentar, apesar de nunca lembrar o nome em francês. Era iluminado, com janelas de vidro que deixavam a luz natural entrar em cada cômodo, a cozinha feita sob medida, igualmente clara, que Andrea se aventurava em novas receitas quase todas as noites quando não chegava cansada demais do trabalho e resolvia pedir alguma coisa. O salário era bom, muito bom na verdade, ela conseguia viver tranquilamente e ainda sobrava para suas economias, finalmente a vida estava dando uma guinada.

 O salário era bom, muito bom na verdade, ela conseguia viver tranquilamente e ainda sobrava para suas economias, finalmente a vida estava dando uma guinada

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Só faltava uma coisa, um alguém, Ela poderia imaginar a mais velha andando pela casa, descalço, usando sua camisa com quase todos os botões abertos, enquanto tomava seu café e sorria para ela

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Só faltava uma coisa, um alguém, Ela poderia imaginar a mais velha andando pela casa, descalço, usando sua camisa com quase todos os botões abertos, enquanto tomava seu café e sorria para ela.

Mas isso já era demais.

Nem todo mundo tem a sorte de ser feliz por completo.

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É isso meus amores, espero que tenham gostado.
Curtam, comentem e me podem se sentir a vontade para mandarem mensagens por aqui, ou pelo twitter (@auzaldua)!
Beijos de luz. Até a próxima

Obs: Coloquei as fotos de como imaginei o apartamento novo da Andrea, espero ter ajudado vocês a criarem uma imagem também!

Te quero ao meu ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora