03

4.2K 345 373
                                    

« • 𝐒𝐨𝐩𝐡𝐢𝐚 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫 » 𝐏𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰 • »

𝐒𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚 09:40𝐚𝐦 ☻︎

Bateu o horário do intervalo e agora estou arrumando minhas coisas na mochila para sair da sala. Eu estava tendo aula de química, a matéria que eu odeio com todas as minhas forças. Que inventou essa porra? Eu quebro minha cabeça para tentar entender mas parece que meu celebro não quer entender. Agora o filho da puta do Arthur é craque em química. De todos nós, ele é o que mais se dá bem e química, oque eu não entendo. O garoto é péssimo em história, mas é um gênio em química. Vai entender.

Saio da sala de aula e vou em direção ao meu armário, ando pelo corredor olhando para os lados procurando Heloísa ou Alice. Chego em meu armário, abro o mesmo e coloco minha mochila lá dentro. Fecho e vou em direção a cantina. Enquanto eu passava por um pátio, escutei vozes femininas vindo de uma sala um pouco afastada, se eu não me engano essa sala está interditada, depois do apagão no final do ano passado.

Apagão é o nome do "evento" que todo ano tem na escola, basicamente são os alunos do terceiro ano que quando se formam na escola, se unem e "invadem" a escola e saem vandalizando tudo. Ano passado foi uma putaria, os últimos alunos fizeram o apagão e acabaram com umas cinco salas, cadeiras e mesas quebradas, quadros rabiscados e sujos de graxa, portas quebradas. Deram um bom trabalho para a escola.

Tento ignorar as vozes altas, mas quando eu fui começar a andar de novo eu escutei um grito dessa vez. Vou em direção a porta da sala e a pessoa que estava dentro da mesma, gritou me fazendo sobressaltar. Que porra está acontecendo nessa sala? Chego e frente a porta me encosto ao lado da porta e começo a escutar oque estão falando lá dentro.

- Você é bem gostosinha - escuto uma voz masculina, gente? - Se você não fosse tão chata, eu até te comeria -

- Desencosta de mim, seu filho da puta - escuto uma voz feminina e provavelmente a garota está chorando.

- Ela pode ser insuportável, mas continua sendo gostosa. Nada que uma mão na boca não resolva - outra voz masculina diz e eu arregalo os olhos ao escutar a garota gritando com a voz abafada, como se alguém estivesse tampando sua boca.

- Opa - abro a porta com força fazendo todos se assustarem. A garota estava deitada na mesa com a saia levantada e sendo segurada por um garoto, moreno, e o mesmo garoto estava com a mão na boca da coitada, e o outro era loiro e estava em frente as pernas da garota, prestes a abaixar suas calças.

- Que porra! - o garoto moreno se afasta de garota rapidamente e a menina abaixa sua saia e se encolhe na mesa.

- Ótimo, mas uma para a festinha - o loiro diz, eu o encaro inclinando minha cabeça para o lado, o analisando. Concerteza eu iria atrás dele depois.

- Você não é doido de tocar em mim - falo ainda analisando o garoto loiro e escuto ele soltar um riso.

- É isso que vamos ver - ele diz vindo em minha direção, mas o amigo dele o segura pelo braço.

- Essa não, cara - o moreno disse, o outro franze o cenho, e eu tive uma conclusão. Novato.

- Inteligente - falo rindo fraco.

- Qual é o problema, cara? Uma pra você e outra para mim - o que estava sendo segurado disse, essa frase me deu vontade de vomitar.

- Vai por mim, essa não - o moreno diz.

- Segue o conselho do seu amigo - começo a andar em direção a eles - Você não vai gostar nada de saber oque vai acontecer com você, se apenas tocar um dedo em mim - chego na frente dele e vejo o mesmo trancar o maxilar.

I'm The Fucking Boss | | Sophia HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora