One

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[os dois tem uns 20 anos ok? ADULTOS; MAIORES DE IDADE]

Tobirama bebericou novamente daquele chá azedo, já acostumado com o gosto ruim enquanto olhava Izuna dançar com sua prima, Touka. Sorriu minimamente, olhando os movimentos cuidadores do rapaz que conversava desconsertado com a garota, definitivamente só querendo sair daquela dança, mas ela o impedia. Outros casais estavam dançando também, os que tinham coragem. Tinha coragem de dançar com Izuna ali, só que ele não.

Na verdade só o queria arrastar para dentro de seu quarto e foder até o sol do outro dia aparecer triunfante no limite do horizonte. Ele também parecia querer, pois dessa vez, seus olhares e toques estavam mais intensos e constantes e estava ficando difícil se controlar ali com ele agindo de tal forma. Mas tinha que se manter atento ao redor, se alguém fosse ousado o suficiente para o desafiar, contariam ao bispo que organizou o retiro como na maioria das vezes, que coincidentemente era seu pai.

Butsuma sempre foi um homem severo e por isso mantinha distância de problemas que poderiam chegar até ele. Por isso mesmo assustava os outros com sua áurea aterrorizante, os influenciando e dizendo por meio de seus olhos rubros que espancaria alguém que contasse um mínimo podre seu para o progenitor dele e de seus outros três irmãos.

Soltou um suspiro apaixonado enquanto Izuna rodopiava com a Senju sobre a pista. Ele estava tão bonito com as roupas que eles próprios compraram quando foram a uma das lojas de cidade. A blusa de mangas folgadas e longas e babados no início deixava a mostra sua clavícula alva onde adorava beijar, o pescoço bonito onde deixava marcas que duravam horas e seu rosto onde distribuía beijos toda vez que ficavam sozinhos. A calça apertada o deixava sensual, as pernas mais gordinhas á mostra e sua bunda ainda mais avantajada. Se estivessem sozinhos iria dar tantos tapas ali que ficaria as marcas de sua mão para o resto da semana.

Neste momento, ele olhou para si e Tobirama engoliu em seco enquanto tentava descifrar os olhos negros que o capturaram desde o momento em que deu a hóstia a ele pela primeira vez, quando ele foi para a sua igreja pela primeira vez. Poderia ser a coisa mais errada do mundo, mas quase teve um desmaio quando ele estendeu a língua de forma sensual, agachado de forma submissa e com os olhos semi abertos, como se estivesse fazendo aquilo de propósito e só para o provocar.

Não demorou muito tempo para estar se agarrando com ele numa das salas da capela, enquanto o pai dava um discurso inteiro e escandaloso sobre as massas populacionais de hoje em dia.

Seu sorriso se estendeu mais enquanto fugia da garota com quem antes dançava e que agora tinha sido puxada por outro garoto. Ele sorriu travesso quando sentou com as costas eretas e as pernas cruzadas, parecendo um galã desleixado do século dezenove. Izuna tombou a cabeça para o lado, sorrindo divertido para o outro enquanto se aproximava discretamente.

— Sabe, sua prima é bem grudenta — ele falou rindo e Tobirama o acompanhou, assentindo devagar

— Ela sempre foi assim.

— Imagino — ele se aproximou mais até estar sentado ao seu lado e repentinamente tomou o seu chá, girando o dedo em torno da xícara e olhando o líquido amarelado e transparente, mas logo a deixou na mesa atrás deles, escorando a lateral de seu corpo no de Tobirama enquanto falava — Ela já te tocou do mesmo jeito que eu faço? — a mão subiu para o peito do albino, contornando o peitoral com o indicador e colocando a cabeça sobre seu ombro, e Tobirama estava cada vez mais feliz. E excitado.

— Ela é minha prima, Izuna.

— E o que teria demais? Hum?

Pessoas olhavam e sussurravam umas com as outras, mas o Senju não poderia se importar menos.

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