capítulo único

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O loiro estava com muito sono, queria logo terminar aquela patrulha noturna e se jogar na cama, mas ao invés disso o herói estava sendo obrigado a ficar sentado em um telhado qualquer fazendo uma trança no cabelo de sua parceira, que estava lhe xingando nesse exato momento

— Tem como você parar de puxar o meu cabelo?! — a heroína gata gritava para Misterbug que apenas revirava os olhos

— Foi sem querer, desculpa. — disse e voltou a fazer o seu trabalho até que uma dúvida o atingiu — Ei, por que que você só não se destransforma e tem a sua trança-cauda de volta? — perguntou com as suas mãos cansadas

— Porque eu não quero, e também, você mereceu isso por me deixar esperando quase uma hora. — Lady Noire deu um sorriso ladino e o herói joaninha puxou um pouco o seu cabelo, fazendo a morena olha-lo com um olhar mortal

— Eu já pedi desculpas, gatinha. — sorriu e se concentrou em fazer a trança, os dois estavam em um silêncio calmante, tendo apenas uns barulhos aleatórios que saiam da boca da heroína — Terminei! — os dois se levantaram e Lady Noire se virou para tentar ver como ficara o resultado, no que resultou em uma cena engraçada dela correndo atrás de sua trança, igual um cachorro correndo atrás do seu rabo, só que era um gato no lugar do canino

— Nada ruim para alguém que nunca tinha feito uma trança na vida. — se apoiou em seu bastão — Vamos voltar para a patrulha?

— As minhas mãos estão cansadas, o seu cabelo é enorme, nem vou conseguir usar o ioiô direito depois disso. — reclamou massageando as mãos

— Awn, sério? Que tal um beijinho para sarar, bugaboy? — fez um biquinho em sua direção, Misterbug fechou a cara

— Só no seus sonhos, Lady.

— Ah, o que vale é a tentativa não é?

— Qual das 47?

Os dois riram e saíram caminhando para terminar a patrulha daquela linda noite.

O que os dois não sabiam era que mais acontecimentos como aquele voltariam a acontecer, com mais frequência do que eles pensavam. Mas no fim de tudo, ele não se importava em fazer tranças na sua parceira, nem ela se importava se o seu penteado ficasse imperfeito, eles só precisavam da presença um do outro, e apenas isso.

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