• Lena Luthor's point of view
Acordo com o som de um choro estridente e até meio repetitivo. Viro-me para o lado e vejo Kara deitada de barriga para cima esfregando os olhos com as duas mãos.
- Eu vou... - Kara me interrompe.
- Não, Lee, pode deixar que eu vou. - ela se senta na cama e deixa um selar na minha testa antes de se levantar e sair para fora do quarto.
Alguns minutos depois, minha esposa volta com uma Lori de expressão chorosa no colo.
- Mama. - Lori diz e vem até mim, ela se agarra em meu corpo, escondendo o rosto na curva de meu pescoço, iniciando um choro baixinho.
- O que houve, meu amor? - Lori não responde, apenas esconde mais o rosto. Olho para Kara com uma expressão de dúvida.
- Ela teve um pesadelo. - Kara explicou, deu um sorriso cansado e sentou-se na beirada da cama.
Comecei a fazer um cafune em seus cabelos negros, até ela parar de chorar, quando vi que parou, perguntei:
- O que você sonhou, honey? - tentei novamente, ela me olhou com os olhos azuis vermelhinos e falou com uma voz chorosa:
- Com a mulhe da banheila, mama. - respondeu e fungou.
- Que mulher da banheira, minha filha? - realmente não estou compreendendo. Lori levantou a cabeça a inclinando levemente para o lado.
- A mulhe da banheila. - apenas assenti, mesmo ainda não entendendo oque ela está tentando explicar. Voltei a fazer cafune em sua cabeça e Kara virou-se para mim e deu uma leve risadinha. A olhei curiosa, mas ela apenas sorriu e falou:
- Lori, você sonhou com a mulher da banheira que estava na TV no dia que eu e sua mamãe estávamos assistindo? - Lori levantou a cabeça, a olhou com um sorriso - provavelmente por ela esta certa - e falou com a mesma voz chorosa de antes.
- Sim, a mulhe da banheila. - Kara acenou em concordância, Lori voltou a se esconder como um koala na curvatura de meu pescoço.
Depois de alguns minutos, Lori levantou a cabeça a inclinando para o lado antes de dizer:
- Mama, posso mimi com vocês? - fez olhinhos de cachorrinho abandonado com um pequeno biquinho e uma voz manhosa, um jeito bem Kara Danvers.
Totalmente rendida pela sua fofura, respondi: - Mas é claro que sim, meu amor. - ela sorriu vitoriosa e voltou a posição que antes estava.
Fiz um leve carrinho em seus cabelos até ela pegar no sono, quando estava dormindo, olhei para Kara que via a cena com um sorriso meigo e falei:
- Ela tem um biquinho igual ao seu e sabe usar muito bem a fofura que tem. Devo me preocupar com o que você anda ensinando para ela? - arqueei a sobrancelha com um pequeno sorriso, Kara riu baixinho antes de responder:
- Claro que não! Estou ofendida por você pensar que eu ensino esse tipo de coisa para ela. - falou e fez biquinho.
- Céus, eu vou estar perdida se Luke for assim também. - falei e Kara sorriu docemente.
- Aposto que o biquinho dele vai ser igual ao seu. - disse sorrindo.
Ela se levantou e deu a volta na cama, vindo até mim, abaixou-se na altura da minha barriga - que já está aparentando que estou grávida, até porque já estou no quinto mês de gestação - e falou: - Ei, carinha, sua irmã e eu vamos lhe ensinar a técnica infalível do biquinho. Sua mamãe nunca vai conseguir lhe dizer não, mas use isso com sabedoria. - dei um leve tapa em seu ombro e ela riu.
Mas logo esse sorriso se desfez e um biquinho manhoso se formou em seus lábios. Estranhei, até que ela falou:
- Viu, meu filho? Sua mamãe está agredindo sua mãe, essa agressiva. - fiz uma cara indignada, mas ela me olhou com um biquinho e eu não resisti.
- O mo deuso, ela está magoada, vem cá, vem meu bebê grande. - falei com uma voz melosa, ela apenas virou a cabeça para o lado fingindo estar com raiva, mas eu também tenho minha "técnica infalível". - Se não vier, não vai ganhar beijinho. - Kara arregalou os olhos, mas fingiu que não se afetou e falou:
- Só vou porque eu quero. - se levantou e abraçou-me pelo pescoço. Beijei sua bochecha e falei:
- Quer beijinho. - ela cruzou os braços e fez menção de ir embora, mas a segurei e a dei um selinho demorado. - Já são... - olhei para o relógio que estava encima do criado-mudo e falei: - Duas e quarenta e quatro da manhã e temos que trabalhar, acho melhor irmos dormir. - a olhei e lá estava ela com seu famoso biquinho novamente.
- Tá bom, eu vou, mas só porque não quero ir trabalhar parecendo um zumbi. - ri baixinho e a dei um beijo carinhoso. - Eu amo você. - seus olhos tinham um brilho tão verdadeiro quanto seu sorriso.
- Eu também te amo, querida. - a dei mais um selinho e ela foi para o seu lado da cama. E depois de alguns minutos eu adormeci, com Lori agarrada em mim e Kara a abraçando, e com um pequeno, mas verdadeiro, sorriso no rosto.
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Olá, espero que vocês tenham gostado
desse one-shot, eu fiquei extremamente boiolinha escrevendo ele.
Um beijo a todos, até a próxima.