chapter six

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🌚Chase Smith 🌚

Haviam se passado duas semanas. Duas semanas desde que  ela foi embora da minha casa, duas semanas que estava me tratando com indiferença. Começou rápido, e com apenas uma frase minha, acabou rápido.

Nas duas semanas em que ficamos fora do horário para a redação, ela mal me dirigia a palavra, e quando estava com qualquer dúvida me tratava como qualquer outro professor, sim, eu era seu professor, mas pensei que mesmo que o que quer que tivemos tivesse acabado, ainda poderíamos ser...amigos?

Claro que eu estava errado, ela estava me tratando como professor, e eu deveria tratá-la como aluna! Então, por que caralho eu não consigo fazer isso?

Ela chega na merda de um ambiente e eu simplesmente a olho, nada além disso, apenas ela. Se eu continuar com essa fascinação idiota pela minha aluna vai estar muito óbvio que queremos um ao outro. Eu sei que ela me quer tanto quanto a quero, mas depois do que falei, depois de ter lhe falado que nunca me envolveria com uma aluna, ela nunca vai tomar iniciativa, e nem sei se quero sua iniciativa!

Merda, pareço um adolescente!

Era o intervalo dos alunos e o diretor entrou na sala querendo falar algumas coisas comigo

— bem, o pai de uma aluna pediu para lhe entregarmos uma coisa, mas creio que ela não reagirá de acordo, você sabe como acalmar estes alunos como ninguém...—diz sugestivo

Virei baba. É!

— e você quer que eu entrego isso em particular? — pergunto e ele assente

— olhe professor Smith, você tem aulas fora do horário de colégio dela, será mais fácil convencê-la.

Espere. O que?

— a aluna é a senhorita Mathews? — pergunto curioso e ele assente novamente

Certo, agir de acordo? Belle nunca me falou de seu relacionamento familiar...

— tentarei ao máximo senhor diretor!

— obrigado, professor Smith — assinto e ele sai da sala, mas não antes de deixar uma caixa quadrado em cima de minha mesa

Agora...como vou fazer ela ao menos olhar para mim?

{•••}

3 horas no mesmo ambiente sozinhos e ela ainda não falou nada a mais que "boa tarde professor Smith". Ela levanta arrumando suas coisas para ir embora mas entro em seu caminho, bom, é agora ou nunca

— posso lhe ajudar em algo professor? — pergunta tentando sair

— na verdade, pode sim... O diretor me entregou isso, é para você— entrego a caixa e ela pega a abrindo — é do seu pai.

Ela olha em meus olhos, ela OLHOU EM MEUS OLHOS, NE ENCAROU CARA A CARA! isso não acontecia a um tempo!

Seus olhos voltam para a caixa que terminará de abrir, há um pequeno papel, talvez um convite, seus olhos percorrem o papel e se arregalam.

Há um outro papel na pequena caixa, ela o pega e o lê, sua expressão vai de surpresa para raiva, talvez dor.

uma lágrima escorrega por sua bochecha, merda o que será que tá escrito? Seus olhos ainda percorrem a carta, e logo ela a amassa e joga no chão, passando por minha mesa, suas mãos estão fechadas em punhos.

E de repente ela chuta a cadeira, as mesas e passa suas mãos em seus cabelos o puxando e se senta no chão chorando, eu caminho em direção a ela, agacho e a abraço

Meu Querido ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora