Resgate, problema psicológicos e medo

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— jungkook, tem certeza que está bem? — Hoseok perguntou enquanto se preparavam para a invasão.

— estou melhor do que nunca — eu encarava a janela hipnotizado pelos meus pensamentos um tanto conturbados.

— vai precisar de uma arma — taehyung me esticou uma pistola.

— não vai ser necessário, eu já sou uma — falei saindo da sala acompanhado pelos dois em silêncio.

Obviamente não seria só nos três, apesar que eu conseguiria acabar com todos em um piscar de olhos, mas ele não possuem a mesma força que eu, então de certa forma é necessário chamar reforços. Principalmente pelos detalhes dados por Sun, pelo jeito que ela disse a mansão era muito bem protegida, e cheia de seguranças.

Andamos por alguns minutos até conseguirmos ver a famosa muralha, víamos ao longe alguns seguranças em seu topo, o problema agora era saber como passaríamos por eles sem sermos vistos.

— se o problema é se livrar deles eu tenho a solução — um dos membros tirou a snipe pendurada de suas costas.

— eu não acredito que você trouxe uma awm — tae disse desacreditado — ela está pelo menos com silenciador?

— você ainda pergunta? — ele respondeu em meio a uma risada baixa, enquanto posicionava a arma entre os matos em que nós todos estávamos deitados para disfarçar com a cor verde de nossas roupas.

— derrube todos que estão lá em cima antes correr para o portão.

— sei bem o que estou fazendo jungkook, não me dê ordens. Não é porque que estamos ajudando você a resgatar seu namoradinho que isso te faz algo, você não é o único que quer tirar alguém de lá.

Ok, aquele não era um ótimo momento para brigar.

— quem você quer tirar de lá? — perguntei para que o clima tenso entre nós dois mudasse.

— minha mãe.

De longe vimos cada um cair, sua precisão era maravilhosa, nada se comparava a tantos tiros na cabeça como aquele cara conseguia.

— pronto, vamos.

Era agora, a nossa hora chegou.

Park Jimin

— tira a roupa Jimin! — dokhoo ordenou.

— não! — gritei em meio ao choro.

— eu mandei você tirar porra ! — ele se aproximou me agarrando a força, dando tapas em meu rosto enquanto rasgava a roupa que eu usava.

A porta do quarto foi derrubada aos pedaços e então eu o vi. Jungkook estava coberto de sangue, seus olhos já não eram o mesmo, e quando viu o que acontecia comigo senti seu cheiro preencher todo quarto, sua dominância me fez tremer de medo e submissão. Nunca o vi tão assustador como agora.

— solta O Meu Ômega! — ele disse com sua voz alfa e meus ouvidos doeram ao ouvir seu timbre.

— vem pegar — provocou, mas eu acho que ele não tinha noção alguma de quem era jungkook e da força que ele possuía.

Jungkook não deu chance, deu um soco no rosto do homem, o empurrou contra parede, e lá bateu a cabeça daquele que era meu pai sem pena alguma. Quanto mais batia, mais sangue era espirrado, o crânio dele estava se esmagando aos poucos, uma cena nojenta e digna de um filme de terror.

Eu tremi paralisado quando ouvi o track*barulho* alto me fazendo arregalar os olhos ao ver uma grande mancha na parede, o crânio de dookhoo havia sido estourado sem pena.

Em seguida jungkook arrancou os braços e as pernas, arrancou suas tripas o deixando ali no chão como se não fosse nada, e era isso que ele era.

Eu estava com medo dele, ele fez algo tão obscuro, aquele não era ele, não era.

Ele se aproximou com seus olhos mesclados para seus tom natural, e eu me encolhi ainda mais.

— Jimin....

— se afaste — pedi com os olhos cheios de lágrimas — esse não é você....

— é claro que sou eu Jimin, eu continuo sendo o mesmo, o seu jungkook.

— esse não é o meu jungkook.

— jimin-

— acabei de descobrir que tenho mais medo de você do que dele — olhei para seus restos no chão e não consegui olhar.

— não diga isso, eu vim te salvar meu amor.

Me levantei sozinho, cobrindo meu corpo com o resto da roupa que me restava e passo por ele de cabeça baixa.

Eu entendo que ele fez tudo para me salvar, não sou burro, sou grato por tudo que ele fez, mas o jeito que ele fez as coisas marcará minha lembranças para sempre.

Quando eu saí e vi todas aquelas pessoas espalhadas pelo chão, meu coração apertou, pessoas que estavam ali sendo obrigados, pessoas que não queriam fazer parte dessa merda que meu pai inventou haviam sido mortas por minha causa.

E eu jamais me perdoaria.

— Jimin que bom te ver — tae me abraçou, e eu tentei disfarçar meu desconforto.

Vi toda contrução cair deixando apenas ruínas.

Andamos até chegar em casa, cada um foi pro seu lado, com um sorriso no rosto e com alguns parentes que eram presos naquele maldito lugar, e eu..bom, eu já não sei.

— vou tomar um banho — falei entrando no banheiro.

Limpei todo meu corpo com força, o cheiro daquele monstro ainda estava em mim.

Quanto mais eu esfregava, mais me machucava e eu sabia que demoraria até meu psicológico voltar ao normal. Tudo que eu passei foi difícil.

— você está se machucando assim — jungkook entrou no box me impedindo de continuar — vai ficar tudo bem — ele beijou minha testa enquanto eu relaxava em seu peito, escutando seus batimentos.

Eu senti tanta saudade disso, mas eu ainda estava com receio de nossa aproximação.

— não fique com medo de mim por favor. Eu te amo Jimin, eu não conseguiria viver longe de você por mais tempo. Não me peça para ficar longe sendo que o que eu quero agora é ficar agarradinho com você, te abraçar, te amar e dizer que tudo isso é só uma fase ruim, que vai passar. Eu nunca te machucaria...eu te amo tanto.

— está tudo bem jungkookie — eu começei a chorar e Jungkook me abraçou forte.

— vou te secar, vem — ele me puxou para fora do box, me enrolando em uma toalha, me colocando no braço logo depois.

Me vestiu com roupas largas, cuidou de meus machucados e me deitou com cuidado, me enrolando junto a si, me esquentando, me inebriando com seu cheiro forte.

Foi a primeira vez depois de muito tempo que consegui dormir.

Dormir sem medo.

꒰🍓꒱ 𝐎 𝐥𝐨𝐛𝐨 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐨 - 𝒋𝒋𝒌+𝒋𝒎°₊ੈ♡‧₊Onde histórias criam vida. Descubra agora