The Party.

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Praticamente saí correndo do salão quando Sabina se afastou do ponto em que a roda de conversa havia se formado. Sob nenhuma hipótese eu conseguiria manter-me na presença dele após tudo o que havia sido dito entre nós no dia anterior. Só de vê-lo, a raiva pelas palavras proferidas fervia em meu estômago. Não sabia se tinha vontade de bater nele ou de beijá-lo. Talvez os dois. Ao mesmo tempo. Tudo voltava a minha mente em lembranças nítidas, que me enraiveciam e faziam querer-me jogar em seus braços.

Perdida em meus pensamentos, nem percebi quando colidi com um garçom carregando uma bandeja com diversas taças cheias de champanhe, muito menos me dei conta da mesma bandeja virando em cima de mim.

Observei todo o meu colo ensopado e grunhi em desaprovação.

Maravilhoso.

Justamente o que precisava para melhorar meu dia.

Murmurando um breve pedido de desculpas para o funcionário, me direcionei ao toalete da festa, no intuito de tentar dar um jeito na bagunça feita. Adentrei o local e fui até a pia, peguei algumas folhas de papel e as umedeci. Levando-as até a região do colo, tentei secar pelo menos um pouco da bebida derramada. Terminei o que estava fazendo e observei-me no espelho em frente a pia. Não estava tudo perdido, afinal, meu vestido não havia molhado e meu visual estava ao todo maravilhoso.

Havia, com certeza, me superado naquela noite.

Dei uma ajeitada final no meu cabelo enrolado e saí do banheiro, me dirigindo ao bar. Eu realmente precisava de uma bebida.

Chegando ao balcão do bar, pedi ao bartender um Martini puro.

Se eu fosse encontrar Josh novamente, teria de certificar que estaria realmente bêbada ou pelo menos alegre o bastante para não intimidar-me com a sua presença.

Lembrei-me de como estava bonito. Seu smoking era refinado e ao todo preto, inclusive os sapatos, exceto pela justa camiseta de botões branca que marcava seus fortes músculos por baixo da roupa. Me imaginei segurando aqueles músculos enquanto ele me beijava e lentamente tirava minha roupa. Meu Deus.

Não era justo alguém ser tão sensual como ele. Tenho certeza que era algum tipo de vingança de Zeus contra mim.

Ugh. Bufei para afastar meus pensamentos quando o garçom me entregou a bebida e abriu um sorriso galanteador em minha direção. Agradeci e tomei um gole do Martini, que desceu queimando pela minha garganta.

- Se eu fosse você, iria devagar com esse. Tomei apenas dois copos e já estou me sentindo meio zonzo.

Virei-me para ver a quem pertencia a voz dirigida a mim. Noah. Filho de Ares.

Abri meu melhor sorriso amigável. Não estava nem um pouco a fim de lidar com as investidas dele. Não que ele não seja bonito, acredite, ele é. Tão bonito quanto popular e galinha.

Ah, e ótimo de cama. Segundo o que todo mundo dizia.

Mas não era quem eu queria.

- Bom, considerando seu histórico, eu diria que você é um pouco fraco, Noah - disse em tom de brincadeira.
- Talvez. Mas, de qualquer maneira, tome cuidado. Existem muitos idiotas por aí que podem tentar se aproveitar de você.
- Pode ficar tranquilo. Eu sei me cuidar.
- Garçom, por favor, me veja o mesmo que essa senhorita está tomando. Preciso restaurar o que me resta de dignidade e provar para essa bela mulher que não sou fraco para álcool coisa nenhuma.
Noah, então, fez uma pausa e sorriu, antes de continuar:
- Além do mais, como eu poderia te beijar sem você estar consciente? Acredito que não seria adequado.

The Party. (Beauany one-shot)Onde histórias criam vida. Descubra agora