A QUEBRADORA DO ACORDO - livro 1

|CAPÍTULO 7|

                             MASON

       Eu cruzei os corredores praticamente tropeçando em meus pés, há um guarda em cada virada mas nenhum deles me parou em minha caminhada afoita, algumas criadas olharam para mim e mas não fizeram isso por mais de cinco segundos

        Eu vi um grupo de mulheres conversando e uma delas era a princesa Adalyn, o que quer dizer que o café da manhã acabou e que estou perto do salão de refeições. Apressei o passo, ainda sem acreditar no que está prestes a acontecer

       Virei em um corredor e bati contra alguém

         Já fui me desculpando

  — oh, me desculpe, eu não vi você — olhei para cima para saber quem foi a minha vítima

         Paralizei

Só pode ser brincadeira

         A princesa Lídia, última na linha de sucessão ao trono skar, torceu o nariz para mim. E ela não está sozinha, há mais cinco skars com ela

  — você além de humana, você também é cega? — ela perguntou, com uma calma perigosa enquanto me encarava

   — não — respondi, sentindo o meu rosto se fechar

       Um homem ao lado dela, de pele bronzeada e cabelos loiros, com olhos cor-de-rosa, um nariz ossudo e uma coroa cravejada de diamantes rosa na cabeça olhou para mim com desdém

  — "não, alteza" mostre respeito à sua superior — ele empinou o nariz

       Se eu estivesse em meu mundo provavelmente já teria mostrado o dedo do meio para ele e saído andando. Eu não gosto de ser corrigida, apesar de eu gostar de corrigir

      Mas eu não estou mais em casa e aqui existe uma hierarquia. E eu estou na base dela

  — não, alteza — me corrigi a contragosto

             Mas ela não se deu por satisfeita

  — eu deveria arrancar os seus olhos, aí você teria uma ótima desculpa para não me enxergar — ela deu um passo para mais perto de mim, me examinando

       Seus olhos vermelhos  desceram para o pergaminho em minhas mãos

  — me dê isso — ela ordenou

  — não posso — respondi antes que eu pudesse pensar no que estava dizendo

      O cara da coroa com diamantes rosa riu com escárnio

   — e quem você pensa que é para negar algo à princesa? — ele cruzou os braços

   — quero o pergaminho — a princesa Lídia insistiu

   — não posso entregar — insisti também

       Ela enfureceu, ao mesmo tempo que pareceu engolir o que estava sentindo e só deixou um sorriso lateral gélido a mostra

   — ótimo. Estávamos mesmo procurando uma pinhata — ela fez um sinal com a mão

         Os quatro skars que estavam mais atrás passaram para frente com aquele tipo de sorriso que te avisa que algo ruim está por vir e que eles gostam disso, o que fez eu dar um passo para trás automaticamente

        Eles avançaram para cima de mim e pegaram os meus braços

— epa, me larguem! — me debati, o que não os parou