[𝘾𝙊𝙉𝘾𝙇𝙐𝙄𝘿𝘼]
Yeonjun se considerava o garoto mais azarado do planeta. Tudo de ruim que podia acontecer com alguém, já tinha acontecido consigo.
Os seus dias estavam correndo cada vez pior, um sendo mais infernal que o outro... Até o dia que...
⚠️O capítulo a seguir contém cenas de homofobia e bullying, se algum desses tópicos for sensível para você interrompa a leitura assim que se sentir desconfortável, e se for gatilho não leia!⚠️
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ㅡ Faz tanto tempo que eu não me sinto assim, meu Deus. Isso é tão bom! ㅡ sorriu satisfeito, se preparando para desferir outro golpe nele.
ㅡ E se ele decidir denunciar a gente de novo, Liam? ㅡ um de seus amigos perguntou com medo das consequências.
ㅡ Denunciar? ㅡ perguntou e deu um chute na barriga do Choi. ㅡ A princesa não vai denunciar ninguém. ㅡ respondeu. ㅡ Não é isso que você é? Uma princesa vadia que sai beijando homens por aí? Porque de certeza um homem você não é. ㅡ Quando ele ia dar outro chute no mesmo, sentiu uma mão o segurar pela parte traseira da gola da camisa e o puxar para trás, fazendo com que ele perdesse o equilíbrio.
Ele se levantou pronto para também bater em quem tinha feito aquilo, mas todas as suas ideias acabaram sendo anuladas ao ver quem era o responsável.
ㅡ O que você está fazendo? ㅡ Laarah perguntou, e ajudou Yeonjun a se levantar, passando braço do mesmo pelos seus ombros.
ㅡ O que você está fazendo aqui? Por que fez isso? ㅡ ignorou a pergunta da mesma.
ㅡ Você é um idiota. ㅡ revelou a verdade que não era novidade para ninguém.
ㅡ Não acredito que vai defender esse gayzinho de merda. ㅡ Revirou os olhos e se encostou no armário, impedindo a passagem dela.
ㅡ Saia da minha frente, seu idiota, ou dou um pontapé nas suas queridas bolas. ㅡ ameaçou e o mesmo se afastou imediatamente.
ㅡ Uou, não há necessidade, gata. ㅡ levantou as mãos em defesa.
ㅡ Me chame "gata" novamente e eu garanto que te torno estéril. ㅡ ameaçou novamente, fazendo com que o Park se sentisse confuso com o seu comportamento, mas antes que ele a perguntasse, ela começou a andar na direção da enfermaria na escola, que por sorte não era tão longe do corredor onde eles estavam.
A enfermeira não se surpreendeu ao ver Yeonjun passar pela porta de sua sala, as visitas do garoto a aquele compartimento da escola eram frequentes, mas para a preocupação da mais velha, desta vez ele tinha ferimentos um pouco maiores e mais graves do que o habitual.
Aquilo não parecia mais um dos acidentes ou mal entendidos em que o garoto se envolvia regularmente, alguém tinha feito aquilo com ele. Do jeito que conhecia Yeonjun, sabia que aquilo não era resultado de uma briga, como com a maioria dos outros alunos que apareciam na sala nas mesmas condições, o que significava que tinham batido nele por outro motivo.
O seu coração se encheu de tristeza ao saber que afinal os casos de bullying na escola não tinham acabado, como achou que tinha acontecido durante cerca de sete meses.
