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CAPÍTULO 1 •

Esmeralda Cita Torres 

Chegar ao Brasil foi um alívio, já fazia tempo que eu estava planejando vir para este país para passar um tempo com minha irmã e meus sobrinhos, eu sou natural do Paraguai, e é a minha primeira vez aqui, especialmente em São Paulo, saio dos meus pensamentos quando ouço meu celular tocando, pego o mesmo e vejo que se tratava da Jaz minha irmã.

Ligação 

—Oi?

—Oi irmã, já estamos aqui no aeroporto, onde você está?

—Estou perto, já estou vendo vocês, olha pra direita 

—Ah, tô te vendo 

Ligação encerrada 

Pego as minhas malas e caminho até onde ela estava com os meus sobrinhos, Pía sorria largamente ao me ver e não se aguentou vindo correndo na minha direção, ela é uma garotinha muito esperta apesar de ter sete anos, enquanto Lucca dormia no colo da Jaz, ela já está com três anos de idade.

—Titia! — Pía pula no meu colo, imediatamente solto minhas malas preparada para recebê-la, abraçando-a forte.

—Que saudade, Mi princesa — digo.

—Eu estava com muita saudade titia — ela diz gesticulando com as mãos me fazendo rir, logo coloco ela no chão e juntas nos aproximamos da Jaz e do Lucca.

—Saudades Esme — Jaz diz e eu abraço de lado para não acordar o Lucca.

—Eu também irmã — digo — você não imagina o quanto.

—Como foi a viagem? — Ela pergunta.

—Foi boa, tranquila — digo — Ei seu traidor era para me esperar acordado — digo beijando o pezinho do Lucca enquanto Jaz ri.

—Ele cansou de esperar — ela diz — ele e a Pía estavam com muita saudade de você.

—E eu deles — digo — Cadê o Gomez? — Pergunto me referindo ao meu cunhado e o motivo pelo qual minha irmã e meus sobrinhos estão no Brasil, já que ele é atualmente jogador do Palmeiras, time do qual eu já tenho um amor profundo.

—Está bem ali — ela aponta para uma rodinha de pessoas — está tirando foto com os fãs.

—Nossa, ele devia ter ficado em casa, vocês deviam na verdade, não precisavam vir me buscar no aeroporto, eu poderia muito bem ter pegado um táxi — digo.

—Nem pensar e outra o Gustavo fez questão de vir te buscar — ela diz e ficamos olhando para ele, logo o mesmo se despediu dos fãs e caminhou até nós com um sorriso lindo no rosto.

—E aí Pequeñita — ele diz me abraçando, chamando-me pelo apelido que ele havia me dado quando nos conhecemos — quanto tempo hein.

—Pois é — retribuo o abraço, quando ele me abraça eu sinto segurança parece que nada pode me atingir, é um sentimento muito bom, por isso muitas vezes demoro um pouco mais para me separar do abraço — obrigada por vir me buscar.

—Que isso, não precisa agradecer — ele diz — Vem, me dê suas malas — ele já vai pegando as malas da minha mão e as levando.

Saímos do aeroporto e entramos no carro, Pía foi o caminho todo tagarelando, me contando sobre tudo, enquanto eu morria de rir com ela, já Lucca esse ai, é preguiçoso dormiu o caminho todo.

Logo chegamos em frente ao prédio que eles moravam, Gu me ajudou a levar as malas para cima e as colocou no meu mais novo quarto durante a minha estadia, o apartamento deles era enorme, e um daqueles prédios em que tem um apartamento por andar.

—Nossa, tô exausta — digo me jogando no sofá ao lado da Jaz, Pía aproveita e pula no meu colo me assustando — Ei, maluquinha — digo fazendo cócegas nela, e fazendo todo mundo rir junto. — Acho que vou tomar um banho — digo me levantando.

—Vá e descanse um pouco — Jaz diz — quando o jantar estiver pronto eu te chamo.

—É, acho que preciso dormir um pouco — digo.

—Quero ir com você — Pía diz.

—Não Mi amor, deixa sua tia descansar — diz Gustavo.

—Tudo bem, deixa ela vir comigo — digo e ele me encara por alguns segundos.

—Está bem, mas é pra deixar sua tia descansar ouviu mocinha? — ele fala com a Pía.

—Tá bom papa — ela diz, então subimos para o “ meu” quarto.

—Olha fica aqui na cama da titia, a titia vai só tomar um banho e já vem — digo e ela começa a pular na minha cama.

Pego uma roupa confortável na minha mala que decido desfazer durante a semana e entro no banheiro que havia no meu quarto, já que ele é uma suíte, graças a Deus, deixo a porta aberta por conta da Pía, ligo o chuveiro entrando embaixo do mesmo logo em seguida e sentindo a água morna escorrer pelo meu corpo me dando a sensação de relaxamento nos músculos. Após o banho rápido, me vesti e voltei para o quarto vendo que a Pía estava quase dormindo, me deitei ao seu lado e puxei ela para o meu colo, fazendo carinho em seu cabelo e aos poucos acabamos adormecendo juntas.

Coração de Guerreiro - Gustavo Goméz Onde histórias criam vida. Descubra agora