Capitulo I

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Fênix

O trio dos laços, o navio a navegar,

Pelas terras independentes, a primeira pista há de achar;

Num quarto especifico, a lenda irá lhe guiar,

O tempo será aliado, no momento certo a cercar.

Nem tudo ouro em mãos o terá,

Apenas o velho pergaminho tem a trilha a alcançar;

A dica preciosa irá chegar,

O terceiro por fim lhe ajudará.

Apenas um sonho, lhe contará,

Apenas o pobre de espirito, não entenderá;

Ficando com as dicas à vista, apenas lerá.

O Quebra cabeça da vitória em uma ilha estará,

O começo e o fim, juntos, assim como o pecado e as bebidas a lançar;

Por entre suas presenças, ligando os pontos, a fênix virá, o Império e a Herdeira unidos num lar.

O soneto...o renascimento...as pistas...essas irão chegar...

Ano: 1700 , Haiti- 04:50 PM – Baile Imperial Bicalho's

Narradora

A música de fundo tão aconchegante, quanto refinado, embriagava os ouvidos dos pares nobres que dançavam no grande e luxuoso salão dos Bicalhos, tudo perfeito, quanto instigante. Num corredor do lugar nobre, uma conversa discreta acontecia, longe de todo e qualquer ouvido alheio. A frieza no olhar, assim como as palavras proferidas por aquela madame real, Rosana Devil Montagner, assustava a alma de quem ouvisse, mas não para o rapaz que lhe era dirigida a palavra, o pacto de olhares.

— Ele não será capaz de levar essa loucura adiante, faça o que tenha que ser feito! Não quero essa bastarda por entre essas terras que pertencem de direito aos meus filhos! Eles são os únicos herdeiros de direito! Somente!

— Mesmo que para isso a vida do Duque Bicalho seja retirada? Basta um "sim", terei esse prazer! Diga apenas isso Duquesa!

— Sabe que o amo, né?

— O ama, mas sua presença é insignificante quando está em meus lençóis!

— Faça o que te peço e se for necessário, faça como um acidente, sem suspeitas.

Um breve sorriso e um beijo de Judas era dado, a distancia acontecia a cada segundo, mas a solidão não lhe acompanhou, pois apenas alguns minutos de conversa, já se encontrava novamente na festa dada daquele lugar, sentara perante a mesa farta, quando sua visão era direcionada ao casal feliz que vinha em sua direção com suas pequenas filhas, uma nos braços e a outra, andando timidamente com um sorriso leve.

— Senhores Kalliman! Fico feliz que tenham chegado a minha nobre festa. Sintam-se a vontade, meu palácio é também o de vocês!

-— Não precisa dessa formalidade Duquesa! Já que nos anos a frente, nossas filhas serão suas noras, sinto feliz que nossas famílias se tornarão uma só — Marquês Tiao lhe dava um aperto de mão — Com isso, já me sinto em casa, né minha vossa esposa Genilda?

A marquesa lhe dara um afirmação feliz enquanto segurava a bebê Rafaella, cinco meses, com os olhos verdes esmeraldas herdadas de sua bela progenitora, o sorriso puro e inocente enchia os olhos de sua mãe, enquanto segurava sua irmã, Mari, de quatro anos, que timidamente, olhara aquela mulher a sua frente com um certo receio, que se encolhia por entre as pernas de Genilda, que carinhosamente chamava a sua atenção.

7 Mares - Girafa ( G/P)Onde histórias criam vida. Descubra agora