Minha felicidade.

pyeon-an

~𝑁𝑎𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟

Juyeon chega a cafeteria com uma mochila segurada pela alça pela sua mão direita, o mesmo pega a chave do local, abre a porta, e com sono, tropica levemente.

_ Droga. - O mesmo diz baixo.

Juyeon fecha a porta, vira a pequena placa sobre a mesma para o lado escrito, "aberto", liga o ar, e se senta atrás do balcão de atendimento.

A pergunta é, como um garoto elegante como esse, acabou numa cafeteria sem reconhecimento?

Vamos voltar alguns meses atrás...

_ Younghoon, ainda não caiu a ficha de que isso é um absurdo?! - Juyeon grita no telefone.

📞_ Absurdo?! Você só soube gritar e ser arrogante com o Sunwoo, eu fui me desculpar por você, já que nem isso você fez questão! - Younghoon no telefone.📞

_ Não coloque a culpa em mim! Aquele garoto mal estuda para as provas da faculdade e ainda tem a audácia de vir pedir ajuda para mim. - Juyeon responde enfurecido.

📞_ É exatamente esse o problema, você só se importa com você mesmo, nem sequer consegue ajudar alguém, nem sei porque estou insistindo em você ainda...- Younghoon desliga. 📞

_ E ainda sobra pra mim...- Juyeon se dirige ao sofá para jogar em seu videogame, e no caminho, a campainha toca.

Juyeon olha na câmera do interfone, e vê Changmin segurando algumas tigelas de comida.

_ O que você quer, Changmin?- Juyeon abre a porta com um olhar de estranheza.

_ Eu trouxe bolinhos de arroz e palitos de frango, vamos comer.- Changmin entra e coloca as tigelas em cima da mesa de centro, na sala.

_ Obrigado, mas eu não estou com fome.- Juyeon responde e coça a cabeça.

_ Na verdade você está com fome sim. Eu te conheço desde os dois anos de idade, não seja tão idiota.- Changmin diz pegando um palito de frango.

_ Certo, eu realmente estou com fome.- Juyeon sorri de lado e se senta, pegando um palito de frango.

Os dois passam alguns minutos conversando enquanto comem, e depois, vão jogar um pouco.

_ Ouvi seus gritos no telefone, lá de casa. O que o Younghoon fez?- Changmin pergunta enquanto joga.

_ Ah, eu não sei se quero falar sobre isso.- Juyeon diz jogando.

_ É você quem sabe...- Changmin sorri e continua a jogar.

Alguns minutos se passaram...

_ Juyeon, chega de jogos, vamos assistir algo.- Changmin diz largando o controle.

_ Assistir o que exatamente?- Juyeon pergunta largando o controle também.

_ Tanto faz, só coloque algo...- Changmin respira fundo e se escora no sofá.

Juyeon coloca um filme de romance e ali os dois passam horas assistindo.

Porém, no meio do filme, algo inesperado acontece.
Changmin lentamente, entrelaça os dedos dele com os de Juyeon.

_ O que... Você está fazendo, C-Changmin?- Juyeon pergunta ficando vermelho.

_ Vamos apenas nos divertir um pouco...- Changmin se aproxima e lentamente beija Juyeon.

Juyeon retribui o beijo, e depois desse longo momento caloroso, Juyeon se afasta um pouco.

_ Você... tem certeza que vamos fazer isso?- Juyeon pergunta sorrindo.

_ Vamos apenas nos beijar e dormir um pouco, não estou muito afim de fazer nada além disso.- Changmin volta a beijar Juyeon, e depois de longos beijos, eles param e resolvem descansar.

Depois de algumas horas...

Juyeon abre seus olhos lentamente, e percebe Changmin deitado em seu peito, o mesmo acaricia seus cabelos pintados de vermelho por longos minutos, enquanto sorri.

_ Você seria esse tipo de namorado, então?- Changmin pergunta deitado.

_ Porque a pergunta? Por acaso quer ser meu namorado?- Juyeon ri baixo.

_ Não sei, você quer?- Changmin se conforta mais ainda deitado sobre o peitoral de Juyeon.

A porta de entrada se abre.

_ Acho que meu pai chegou, vamos lá?- Juyeon pergunta tirando a cabeça de Changmin levemente.

_ Vamos, preciso ir embora também.- Changmin se levanta.

Os dois saem.

_ Oi, pai! Como foi no trabalho hoje?- Juyeon pergunta sorrindo.

_ Ah, oi, filho, depois que seu amigo sair, falamos sobre isso.- O mesmo sorri fraco.

_ Já estou indo, senhor! Uma boa noite para vocês.- Changmin se dirige até a porta e antes de sair, pisca para Juyeon.

A porta se fecha.

_ Então, pai. O que queria falar?- Juyeon se senta em um banco no balcão.

_ A empresa... É o fim da empresa.- Seu pai diz com uma expressão triste.

_ Ah, o que o senhor quer dizer com fim?- Juyeon pergunta preocupado.

_ Não estamos conseguindo manter, estamos recebendo pouquíssimos clientes e não iremos conseguir continuar.- Seu pai responde entristecido.

_ Ah, eu sinto muito mesmo... Tem alguma forma de eu ajudar?- Juyeon pergunta colocando sua mão sobre a de seu pai.

_ Amanhã, você vai ter que procurar emprego. Você vai ter que começar a ajudar com as despesas, se não, não iremos conseguir continuar com o aluguel da casa, que tem um valor muito alto.- Seu pai passa a mão sobre os cabelos com certo nervosismo.

_ Ah... Certo, certo, eu irei dar uma olhada.- Juyeon diz com uma expressão de desânimo.

_ Eu infelizmente não posso fazer mais nada, passei todos esses 22 anos te dando a melhor vida o possível, mas, chegou a hora de você me ajudar.- Seu pai responde.

_ Recomenda algum lugar para eu tentar emprego?- Juyeon pergunta.

_ A cafeteria pyeon-an estava de olho em você, toda vez que vamos lá, a dona do lugar diz que com sua beleza, o número de clientes iria triplicar.- O mesmo ri baixo.

_ Certo, te prometo que irei conseguir ajudar.- Juyeon abraça seu pai.

_ Esse perfume é do Changmin, andou ficando com ele?- Seu pai pergunta e ri.

_ É, vamos dizer que sim...- Juyeon sorri.

_ Ele é um bom garoto.- O mesmo sorri.

_ Ele é...- Juyeon sorri envergonhado.

_ Eu vou me deitar um pouco, preciso descansar, te amo filho, muito obrigado por ajudar.- Seu pai sorri e sobe para seu quarto.