capítulo 31

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(S/n Sloan's Pov)

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(S/n Sloan's Pov)

- O quê?

- É isso mesmo.

- O que exatamente eu perdi, alguém pode me explicar?

Starbucks, eu, Millie, Finn e uma verdade bombástica depois da aula de segunda-feira. Eu sabia que esse momento chegaria.

- É... Digamos que você esteve ausente durante algumas reviravoltas – respondi a Finn, coçando a nuca meio sem jeito – Pensei que a Millie já tinha te contado.

- Não, eu não estou sabendo de nada – ele negou, boquiaberto, e ambos olhamos para Millie, cujo queixo sumia de vista sob a mesa e olhos me fitavam com infinito choque – Amor?

- Caralho, S/n – ela xingou, após alguns segundos paralisada, e Finn soltou um suspiro de alívio diante do sinal de vida dela – Puta que pariu!

- É, eu sei – respirei fundo, tomando um gole de meu cappuccino. Eu precisaria de muita cafeína para agüentar o tranco.

- Alguém pode me inteirar do assunto, por favor? – Finn reclamou, totalmente confuso, e vendo que Millie voltara a ficar imóvel, me manifestei.

- Como você já deve saber, eu e Timóthee estamos namorando – comecei, vendo-o assentir – Acontece que há algum tempo, Louis e eu acabamos nos envolvendo também, e as coisas aconteceram tão rápido entre nós que acabamos nos apaixonando. Eu sei que isso soa ridículo, mas não é, acredite. Pelo contrário, é a mais pura verdade. E... É tão verdadeiro que eu estou cogitando a possibilidade de terminar tudo com Timóthee pra ficar com ele.

- O quê? – Millie repetiu, um pouco mais alto que antes, e eu fiz uma careta medrosa, enquanto Finn segurava sua mão e a olhava com preocupação.

- Meu Deus do céu – ele disse, olhando-me com extremo espanto – Você deixa essas coisas acontecerem na sua vida justo quando eu não estou? Vou levar isso como uma ofensa!

- Não fale como se as coisas não acontecessem na minha vida quando você estava por perto também – resmunguei, vendo-o erguer as sobrancelhas, concordando – Não se esqueça que meu primeiro beijo foi no armário do quarto da sua avó com um garoto que eu mal conhecia, e você estava do outro lado da porta ouvindo tudo.

- Eu nunca vou me esquecer do Félix dizendo Não precisa usar os dentes, S/n, sua língua já é o suficiente naquele tom tão assustado – ele suspirou, como se aquela fosse uma belíssima lembrança – Até hoje eu te imagino querendo morder o pobre garoto feito uma barracuda. Coitadinho, ele era um bom rapaz.

- Cala a boca, garoto que peidou e espirrou no meio da encenação de Hamlet – mostrei a língua, prendendo o riso e vendo-o retribuir meu gesto de carinho – Ser ou não ser, eis a questão foi seu trauma durante anos, e você nunca sabia se explicava a versão verdadeira ou se simplesmente deixava as pessoas pensarem que você tinha dúvidas quanto a sua orientação sexual quando te perguntavam por que você odiava tanto Shakespeare. As duas hipóteses lhe pareciam igualmente constrangedoras.

ᨢᎥꪮᥣꪮᦋᥡ~ᴘᴀʀᴛʀɪᴅɢᴇ&ᴄʜᴀʟᴀᴍᴇᴛOnde histórias criam vida. Descubra agora