Novas descobertas

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Lion saiu do elevador no segundo andar do prédio da delegacia e se encaminhou até o laboratório Florense.

– Ellen. – Ele chamou ao bater na porta.

– Pode entrar.

Lion entrou na sala fria e com cheiro forte de formol. Os corpos dos jovens estavam deitados nas mesas de mármore.

–  Venha aqui. – Ela o chamou para mais perto do corpo. – Você vê? – Ela perguntou ao apontar para a abertura  no meio do peito do cadáver.

– Eu não vejo nada.

– Exatamente. Aqui era para ter um coração. No entanto, foi arrancado.

– Arrancado? – Ele perguntou perplexo.

– Sim. Está vendo aqui? – Ela apontou para os ossos quebrados da caixa torácica. – Pelo formato quebrado dos ossos, eu diria que uma mão fez isso.

– Como uma mão faria isso?

– Olha. Foi como se nosso assacino perfurace a carne com as próprias mãos. Ele o empurrou contra a caixa torácica o que partiu os ossos a primeira vez os quebrado para dentro. No entanto, quando ele retirou o órgão foi com a mesma força  com que o perfurou quebrado mais alguns pedaço dos ossos só que dessa vez para o lado de fora.

– Então ele matou meu irmão usando literalmente as próprias mãos?

– Foi sim. E mais. Eu encontrei um fio de cabelo na jaqueta dele. Um fio ruivo.

– Então de novo só precisamos de alguém para comparar.

– Sim. A antes que eu esqueça. Nosso primeiro suspeito está livre. O rapaz que achou os corpos. A comparação do DNA deu negativo.

– Eu já esperava que desse negativo. E o celular, você conseguiu desbloquear?

– Sim. – Ela seguiu para o balcão e apanhou o aparelho. – Ele pertence a uma garota chamado Amélia Jonson. Mas o que eu achei realmente interessante foram as fotos.

– O que tem as fotos? – Ele perguntou enquanto pegava o celular para ver.

– Pelo visto ela conhecia muito bem a nossa vítima.

– Bem de mais. – Ele concordou ao ver as fotos íntimas dela e de Lucas. – se você levar em consideração que meu irmão estava com um compromisso marcado, quando se formasse.

– Mas não é só isso. – Ela apanhou o celular e após mecher em suas configurações, revelou as mensagens. – essas mensagens foram enviadas horas antes para esse número. Marcando um encontro no endereço onde eles estavam.

– E de quem é o número?

– De uma garota chamada Victoria Hills.

Lion suspira ao passar as mãos sobre o rosto.

– O que meu irmão estava fazendo com esse celular? O que ele foi fazer no meio da mata?

– Eu entendo você, são muitas lacunas para preencher. Mas eu ainda acho que seja uma mulher. – Ellen falou, enquanto jogava uma mecha de seu cabelo para trás da orelha.

– Como pode ter tanta certeza.

– Pode chamar de intuição. Eu mandei uma amostra do sangue deles para o laboratório. Daqui a algumas horas vai chegar o resultado. E também comparei o sangue encontrado no galho com o das vítimas, mas deram negativo.

– Sendo assim. O sangue realmente pertence ao nosso assacino. Quem foi tão descuidado que nos deixou todas essas pistas.

– Eu acho que não foi descuido. Talvez não soubesse o que estava fazendo.

– Quando os resultados chegarem me avisa. – Ele falou ao se aproximar da porta.

– Pode deixar. Mando um beijo para a Pat, por mim. – Ela falou amigável.

– Considere dado. – Ele se retirou.

Ao entrar no elevador ele apertou o botão para o terceiro andar. Assim que as portas espelhadas se abriram ele foi até o escritório do delegado. E ao bater na porta, pode ouvir a voz de seu pai.

– Entre.

Lion passou pela porta e a fechou logo em seguida. Se pondo a frente da mesa de mogno. Seu pai foliava alguns papéis e assinava outros.

– Alguma pista? – Ele perguntou ao olha-lo por sobre os papéis.

– Na verdade sim. Eu preciso que chame algumas testemunhas para depor. – Lion falou ao se sentar.

O pai dele solta os papéis e o encarando, fala:

– Quem seriam eles?

– Todos os garotos do time de futebol. E duas garotas. Uma se chama Amélia jonson e a outra Victoria Hills. Acho que eles terão algo interessante a dizer. – Ele cruzou os braços.

– E será você a comandar o interrogatório?

– Não. Eu não posso me comprometer, afinal pretendo trabalhar disfarçado.

– Como Professor? – O pai perscruta o rosto dele.

– Eu não tenho muita certeza se seguirei por esse caminho. Tudo vai depender do interrogatório. Se eu ver que vai me levar algum lugar. Eu não vou participar, mas vou ficar assistindo.

– Entendi. Vou mandar chama-los.

Lagrimas A Meia-Noite  ( Em Busca Da Verdade) Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora