Saint Seiya: The Lost Canvas Gaiden - Lancelot

Prólogo - Luz de Esperança

Meu desprazer em ver o que este mundo se tornou hoje, é sem igual, mas infelizmente devo seguir suas ordens, não importa o que aconteça.

Templo de Delfos

- Diga suas últimas palavras... Oráculo. Dizia eu com uma expressão neutra, lágrimas escorrendo pelo meu rosto, enquanto com a mão direita, segurava uma garota bela com vestes brancas, porém já manchadas de sangue das demais vítimas, cabelos longos e ruivos, a enforcando e a forçando contra o chão e na mão esquerda, usava uma espada de forma Astral num tom dourado com detalhes púrpura.

- Eu sei pelo o que passas-te. Disse o oráculo que acabou chamando minha atenção. - Consigo ver nitidamente toda a sua tristeza, não só isso, como também não quer mais tirar vidas por capricho de seu mestre... Interrompi a mesma enforcando a mesma com mais força, porém não bastou, e ela prosseguiu. - Mas logo esse sofrimento irá passar. Mesmo em lágrimas me virei surpreso para ela, e assim vi a mais pura determinação naqueles olhos castanhos. - Escute bem minhas palavras arauto do caos, pode demorar, mas irá chegar o dia em que a Atena irá retornar a Terra, não só ela, mas ao lado de seus verdadeiros cavaleiros, e com forças que vocês achavam que já haviam sido derrotadas, eles se revoltaram contra essa maldade e farão até o próprio Asclépio cair, não é esse o seu desejo, Lancelot de Câncer?

No momento em que ela terminou, não, enquanto ela ainda estava dizendo tudo aquilo, meu coração se encheu de alegria e esperança e a imagem de meu Rei surgia em minha mente, era como se pela primeira vez em séculos, pudesse achar companheiros para lutar pela mesma causa, a proteção de uma pessoa para salvar a todos e que traga a paz no mundo, e acabar com tal tirania que cobre boa parte do mundo, isso me fez hesitar por breves instantes, mas logo voltei a atenção para ela e disse:

- Você não faz a menor ideia... Dizia isso me segurando, até que fui interrompido por ela.

- Tudo bem, pode acabar com isso. E com um grande sorriso, a garota me deu tal resposta, na qual me fez soltar a mesma, desfazer a Espada, virar minhas costas e sair andando de volta a entrada do templo.

Não sei ao certo a reação dela, porém apenas deixei aquele templo totalmente destruído e já em ruínas, dizendo a todos sob o meu comando que ficarão aos arredores da ilha que estava na hora de voltarmos ao santuário, Todos concordaram achando que tinha derrotado e matado o oráculo, entretanto, eles nunca imaginariam que na verdade ela apenas me ajudou a entender o que deveria fazer.