07

1.1K 147 19
                                    

Capítulo sete – Exausto.

Junmyeon assim que fechou a porta de casa se encostou nela e sentou no chão, todo o choro que estava há meses aguentando veio naquele momento, as lágrimas fortes e os soluços altos. Yixing não sabia o que fazer, preferiu deixar o ômega chorar ali enquanto tomava Hajun no colo e o fazia dormir sentindo seu cheiro, o pequeno ômega não poderia se quer sentir o cheiro do pai ou iria começar a chorar também.

Minutos se passaram e Junmyeon continuou chorando, Hajun dormiu e o alfa o deixou no sofá enrolado nos lençóis, se aproximou de Junmyeon e tocou nos braços dele, o ômega levantou a cabeça e o encarou.

― Eu estou com tanta raiva ― disse ― Tanta raiva, Yixing.

― Põe para fora, não fica com isso dentro de você.

― Mas eu não quero, eu quero que essa raiva fique em mim até que eu veja essa mulher de novo e jogue tudo na cara dela ― disse chorando ― Eu só quero paz.

― Você é incrível, Junmyeon, do pouco que te conheço te admiro muito.

― Eu estou exausto, Yixing. Eu não sei o que é dormir, eu não sei o que é comer direito, eu não sei o que é sair de casa, eu estou exausto e só quero um pouco de paz!

― Vem ― Yixing ajudou o ômega a levantar ― Consegue ir ao quarto sozinho? ― assentiu ― Vá e se deite.

― O Hajun ― Junmyeon tentou limpar o rosto  e ir até o sofá para pegar o filho, mas Yixing não deixou.

― Eu vou chamar o Jongdae,  você consegue esperar aqui? ― perguntou e Junmyeon assentiu sentando na poltrona.

Enquanto Yixing saiu para chamar o irmão do ômega, Junmyeon continuou ali chorando próximo ao filho.

Era tanta coisa que ele sentia, era uma mistura de sentimentos que ele não entendia, sua cabeça doía, seu corpo doía, tudo doía.

― Irmão? ― Junmyeon piscou ouvindo a voz de Jongdae ― Min, olha o Hajun. Obrigado, Yixing.

― Por nada, me mantenha informado ― Yixing disse e se aproximou de Junmyeon ― Você é um pai incrível, Junmyeon.

― Eu sei ― tentou sorrir, mas as lágrimas não deixavam, Yixing beijou sua testa e se afastou.

― Vem irmão ― Jongdae puxou o irmão e o ajudou a andar até o quarto, assim que entraram o mais velho agarrou o mais novo em um abraço ― Chora, pode chorar, pode me apertar, pode até me bater... Mas coloque pra fora, por favor.

― Eu odeio tanto as pessoas, eu odeio tanto aquela mulher, eu odeio toda essa situação ― disse soluçando quase se engasgando ― Eu não sinto meu corpo, eu não tenho mais auto estima, eu não sei o que é sair, eu não sei o que é dormir, eu só... Eu não aguento mais, eu tô exausto!

― Shh...

― Eu odeio ela, Jongdae ― Junmyeon se afastou e apertou o rosto do irmão ― Eu odeio ela, eu não gosto dela, tudo que ela me fez, a maneira que ela me tratou, como ela me expulsou, ela não é digna de nada, de nada, Jongdae.

Um bom pai Onde histórias criam vida. Descubra agora