Almas gêmeas

26

-Pega um pano limpo e água. -Um senho já de idade pede.

-Ok. -O mais novo sai correndo atrás do que o velho pediu.

Ele trás o pano e um pote de água o senhor começa a colocar ervas dentro da água deixando ela em uma cor diferente, ele começa a passar um pouco nos machucados do homem deitado desacordado desde que chegou. O homem se meche enquanto o velho passa o pano com ervas no machucado no peito dele, que é bem estranho por não parecer que foi feito igual os outros machucados.

-Eu sei que o senhor quer ajudar esse homem mas ele é um estranho... deveríamos deixar ele na floresta. -Um dos meu ajudantes fala.

-Nao, ele vai acordar Buda e o "eu" do passado dele estão ajudando ele... não devemos deixar ele na floresta se fizer isso coisas ruins vão acontecer comigo e todos por negligência a alguém bem protegido. -Explico.

-Se é assim... não vou me intrometer. -Ele sai.

Sei que tem uma força maior ajudando ele seja para sobreviver ou proteger ele do que aconteceu, não quero deixar alguém tão protegido espiritualmente sozinho para morrer como se fosse um nada, sei que qualquer pessoa tem que ser ajudada mas tem limites se ele não for uma boa pessoa... mas pela energia dele ele é um homem bom muito bom e tem alguém esperando ele.

No hospital

Acordo ainda meio tonto o cheiro de hospital é forte e enjoativo, olho meu braço e vejo uma bolsa de soro em mim, me lembro de estar com Any e os outros tirando fotos e não me lembro de mais nada.

-Gulf você acordou. -Any entra no quarto. -Eu fiquei preocupada com você. -Ela fala.

-O que aconteceu? -Pergunto.

-Bom você desmaiou por causa do tempo quente e também por não comer direito. -Ela fala. -Voce deveria se cuidar mais. -Ela segura minha mão.

-Desculpa... só não tenho ânimo pra isso. -Meus olhos enchem de lágrimas.

-Nao chora por favor. -Any me abraça e eu começo a chorar.

Any continua no abraço enquanto eu me acalmo.

-Cuidado tem uma agulha na sua veia pode te machucar. -Ela fala e toma cuidado.

-Ok... eu posso ir embora hoje? -Pergunto.

-Sim mas não agora. -Saint entra no quarto.

-Saint? o que faz aqui? -Pergunto surpreso.

-Estou sendo voluntário esses dias e eu vim aqui ajudar... sorte a sua porque não tinha médicos aqui só enfermeiros um médico é o mais indicado no seu caso. -Saint checa a bolsa de soro.

-Hum... eu estou bem? assim de saúde para continuar trabalhando. -Pergunto.

-Bom como eu disse a Any você precisa descansar um pouco, tem que tirar alguns dias de folga, comer direito, dormir bem, tomar água... não é tão difícil. -Saint cruza os braços.

-Ok eu vou me cuidar melhor... prometo. -Saint concorda.

-Que bom ouvir isso não quero que tenha mais desmaios por pressão baixa ou qualquer outro motivo. -Concordo com ele.

-Como já tinha falado eu vou ficar de olho nele. -Any fala.

-É o melhor. -Concordo.

Saint sai e volta com uma bandeja de comida, ele disse que está bem temperada por causa da minha pressão baixa mas não é tanto para não me prejudicar, não vou mentir até que é boa a comida só não é melhor do que a da minha mãe.