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Havia música de fundo para ele se sentir mais confortável, vi-o manter o seu belo olhar verde sobre mim, enquanto eu olhava para para ele ora para a folha e pensava numa forma de me expressar entre as linhas:
-Diz-me, Curly... Qual é a tua flor favorita?
-Hum... Não sei, talvez... Lírios?
Assenti focando o meu olhar no papel e rabiscando, aquele desenho tinha de sair perfeito:
-Hum... É uma boa flor, realmente... E qual é a tua cor favorita?
-A dos teus olhos...
Parei algum tempo para processar o que ele me disse, observei-o no fundo dos olhos e fiz um pequeno sorriso:
-Boa escolha... Questão de vida ou morte, inverno ou verão?
-Verão.
Ele disse sem hesitar, captou a minha atenção por completo:
-Verão?-Hmm-hmm.
-Verão não. Inverno é melhor.
-Porque achas isso?
Larguei o olhar do papel e observei-o, respondendo:
-No inverno podes estar em baixo das cobertas, ler livros enquanto ouves o barulho calmante da chuva, ver filmes que sabem bem melhor ver de inverno.
-Mas no inverno há mais chances de ficares doente. Há aguaceiros e mau tempo. Já no verão podes observar as flores, comer as frutas da época, correr livremente e sentir o sol brilhar e torrar calmamente a pele.
-Pois, mas no verão também podes apanhar alergias e isso ataca nos pulmões, e há mais incêndios.
-Mesmo assim o verão é melhor.
Tirei o olhar dele e olhei para o papel:
-Se te puder ver com menos roupa, então sim, o verão será melhor.
Disse com o intuito de o provocar, ele corou, não se mexeu, mas esteve perto disso:
-Perverso.
Levantei o olhar e cravei-o no seu:
-Não me referia nesse aspeto, mas tu é que sabes.
Fiquei em silêncio uns breves momentos, ele preparou-se para falar, eu interrompi-o:
-Não fales agora, uns segundos, estou a desenhar a tua boca.
Ele calou-se imediatamente ficando rígido e envergonhado:
-Fica tranquilo, Love, eu não te vou fazer mal.
Ele sorriu com a alcunha, sabia que ele iria sorrir:
-Vês, é essa a cara que eu quero.
E continuei a desenhar. Aproveitei o momento para lhe perguntar:
-Diz-me, Curly... Já estiveste com algum rapaz antes?- Ele observou-me- Já podes falar.
-Não nunca, tu já?
-Não- Parei de olhar para o papel para o observar e colocar um cadeado em nós- Só tu.
Ele corou e quis-se mexer, tapar a cara, talvez até gritar, mas não fez nada. Eu sorri e voltei a olhar para o papel:
-É fofo quando coras.
-Podes não me desenhar tão detalhadamente?
-Relaxa, meu bem, eu sei o que faço.
Ele baixou o olhar, inspirou fundo e observando-me disse:
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The broken heaven ( Uma razão para viver)
FanfictionA verdadeira beleza é aquela que não se vê... Num belo desenlace onde doenças não impedem os belos e jovens rapazes de se apaixonarem um pelo outro. Os pulmões de Louis deixaram de funcionar após um acidente de carro. Internado há quase três anos co...