Oi ;)
Sem revisão.Soul era um barzinho deveras meia boca que ficava no centro da cidade, espremido entre um prédio comercial e uma escola técnica conceituada de Seoul. Possuía uma fachada que dava pro gasto, com um letreiro elegante e paredes com tintura preta e creme em bom estado, mas a elegância acabava na fachada, pois por dentro o bar parecia ter parado no tempo. Havia uma porção de cadeiras e mesas de plásticos povoando o ambiente, um balcão recheado de bebidas com aparência questionável e pequenos potes com amendoins respingados de xixi das mãos dos antigos clientes, paredes pintadas de uma cor que só poderia ser definida como cor de vômito e uma iluminação precária. Além de tudo isso, havia bancos chiques perto do balcão que destoavam completamente do ambiente, e um desses bancos servia de assento para Taehyung. O cara que adorava aquele bar.
O relógio de pulso de Taehyung mostrava que ainda eram 12h, mas para ele isso já não importava. Sua camisa e gravata estavam abarrotadas, suas calças de alguma maneira acabaram com o botão e zíper abertos e o pobre homem estava a minutos resmungando ao vento, abraçado a garrafa de gim (ou seja lá o que fosse aquele líquido de aparência questionável) como se fosse um bote salva vida.
— Eu não aguento mais! Sério, Alfred. Vou me matar, está decidido! — O barman, que na verdade, era um velho de 72 anos que não se chamava Alfred, encarava a cena com decepção sem falar nada enquanto folheava uma revista qualquer sentado atrás do balcão.
— Você é um péssimo conselheiro, Alfred. Deixa só meu Kookie chegar, eu vou contar todas as idiotices que você estava me aconselhando a fazer.
— Sinceramente! — o velho soltou em um resmungo cuspido.
— Cara, de que lixão você fugiu? — uma voz masculina suave salpicada de cansaço falou. Taehyung ao ouvir a voz soltou rápido a garrafa que estava sendo ninada como um bebê em seus braços e se voltou para a voz que vinha da entrada do bar.
— Kookie, você veio! — Taehyung comemorou, mas nem tentou levantar do banco. Jeon Jungkook adentrou o bar vestindo um terno risca giz e uma gravata vermelha, suas roupas estavam em bom estado, mas sua aparência se equiparava ao nível de desgraça do amigo que agora estava com a cabeça deitada no balcão do bar pensando se comia ou não os amendoins de xixi.
— O que você vai beber? — o barman questionou se forçando a fazer seu trabalho.
— Não se preocupe, vou beber junto com meu amigo essa garrafa de gim recém adotada por ele. — Jungkook devolveu gentil tentando forçar um sorriso para o barman.
Taehyung encarava aquela cena tentando decidir se pedia um abraço para o amigo ou abraçava o pobre coitado.
— Não tenta agradar o Alfred, Kookie. Ele nem se importa com isso. — Ele puxou o amigo pela manga do terno e o abraçou por curtos segundos depois se afastou e entregou a garrafa de gim em suas mãos. — Toma, eu divido o Juno com você.
Jungkook abriu a garrafa e bebeu direto do gargalo um longo gole de gim. Seus olhos marejaram e a garganta ardeu forte, mas ele permaneceu bebendo. Foi Taehyung que tirou as mãos do amigo da garrafa e afastou os lábios rosados do amigo da boca da sua garrafa/filho.
— Calma, Kookie. Lembra o que prometemos? Coma alcoólico só depois que eu morrer, você não vai morrer antes de mim.
— Eu juro, Tae. Até o fim dessa semana eu vou atravessar a Teheran-ro sem olhar para os lados. Não aguento mais aqueles porcos!
— O que eles aprontaram agora?
— Su-ho decidiu que eu não preciso de férias e me convenceu a atrasar minhas férias para novembro. Novembro, Taehy! Ji-ah se confundiu com umas papeladas e agora eu tenho que convencer alguns investidores de que a empresa não está indo pro brejo. Sem falar do estúpido do Lee Min-ju que aparece de hora em hora no meu escritório querendo que eu escute a mesma droga de demo, quando eu já disse que aquela porra está uma bosta.
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something dumb to do (taekook)
FanfictionTWO SHOT | +18 | FRIENDS TO LOVER Após um dia de cão, Taehyung e Jungkook decidem fugir para Las Vegas e fazerem o máximo de coisas estúpidas que conseguirem fazer em dois dias. E acredite as possibilidades podem ser quase infinitas.