Entre a Luz e o Caos

A vitória da luz

Nos primórdios não havia nada pelas terras de Lodor, tudo beirava ao esquecimento e era perdido no breu.
A escuridão era tão espessa que parecia formar paredões sólidos que impediam com toda a força que a luz surgisse de alguma forma alguma.
Os seres que habitavam a terra escura se chamavam lincols. Eram feras selvagens que se alimentavam da escuridão, viajantes que foram corrompidos pela maldade e que espalhavam-a por onde iam.
Os Lincols povoaram Lodor em sua antiguidade e se reproduziram como uma praga que ataca uma lavoura, de forma rápida e avassaladora, tornando o lugar que habitavam estéril para a vida plena.
O longo reinado dos Lincols teve seu fim com a chegada dos Plenários, os cavalheiros do antigo Templo Ancestral da Luz que decidiram por fim na atrocidades cometidas pelas feras bárbaras. A Primeira Batalha, como ficou conhecida ao longo da história, conta que os Plenários surgiram do céu com seus cavalos alados e enfrentaram a escuridão com grande brilho, após dois dias de luta contínua, os Lincols se renderam e a terra escura se tornou a Nova Terra Brilhante.
Os Plenários eram seres celestes que não tinham a capacidade de se reproduzir, por isso usaram da antiga magia que guardavam e criaram oito pessoas a partir dos elementos da natureza. Os oito guardiões tinham poderes próprios e peculiares e resolviam todos os problemas que poderiam acontecer na Nova Terra, eram uma frente unida em prol da luta contra as trevas e a maldade.
O tempo passou e todo o caos e a escuridão se extinguiu em Lordor, e os guardiões acabaram vivendo uma vida comum, sem muitos atos de heroísmo e sem batalhas contra inimigos, eles seguiram cada um seu próprio caminho e decidiram que unificariam o Reino de Lodor. Cada guardião pegou uma porção de terra para si, e lá permaneceram o resto de suas vidas.
Longshot, o guardião do fogo se apossou das ilhas do Oceano Flamejante.
Hillia, a guardiã da terra tomou conta do quente e imenso deserto do Leste.
Lícaro, o guardião da vida decidiu se mover para a Floresta de Littus.
Junko, a guardião da lua, se tornou dona das Planícies Centrais de Lodor.
Flaglor, o guardião do vento, decidiu trilhar o caminho para a Cordilheira Torneantes.
Midgã, a guardiã das águas, ocupou as margens do Grande Rio que corta ao meio o Reino de Lodor.
Lúria, a guardiã do dia, não teve nenhuma residência fixa, ela se manteve viajando por todo o Reino.
Gynto, o guardião do som, ocupou a cadeia das Cavernas Nebulantes.
Juntando todos esses lugares o mapa do Reino de Lodor estava divido e bem protegido. Cada cavalheiro emergiu uma civilização totalmente ímpar e peculiar uma da outra, porém todos viviam em total harmônia e respeito.
Com o tempo os cavalheiros morreram, porém deixaram descentes que continuaram perpetuando as antigas tradições que lembravam o porque da luz ser tão importante em Lodor.
Até então, com todos os anos que se passaram, não houve nenhuma manifestação de maldade.
Porém uma antiga profecia com data desconhecida fala sobre o retorno das sombras em sua forma total e também dos cavalheiros em outra forma.
A profecia diz o seguinte:
'' Quando exatos mil anos se passar,
as sombras irão se voltar,
saíram de dentro daqueles cuja a ganância se apossar,
e a esperança somente os herdeiros dos Cavalheiros poderão nos dar.
Os 8 serão chamados,
quando entenderem o porque de serem diferentes,
e agirem com algo além da mente."

Nenhuma pessoa do Reino de Lodor manifestou algum dom ou habilidade que pudesse ser relacionado com os antigos cavalheiros. Acredita-se que a linhagem mágica acabou se perdendo entre as muitas gerações famílias que surgiram ao longo da história do Reino.
No ano atual, fazem exatos mil anos em que Lodor está em plena paz. E isso é um motivo de festa para todos.

Basta as trevas voltarem para que a luz brilhe. A luz que brilhou á mil anos irá brilhar novamente.