Hoseok: - Quando a comitiva chegou?
Kim Minseok: - Logo ao amanhecer. Estão descarregando os objetos de viagem e os artigos para presenteá-lo nesse momento.
Jung Hoseok encarou seu secretário e melhor amigo no reino.
Hoseok: - Eu já disse que não quero isso! Não me tornei rei para ser tão tirano e desumano quanto meu avô ou meu pai.
Minseok: - Majestade, acontece que se trata de um presente de um reino aliado, não seria de bom tom rejeitar. - explicou.
Hoseok bufou irritado.
Hoseok: - Min, mulheres não são objetos para serem consideradas presentes!
O outro suspirou. Ele conhecia bem o amigo de infância e agora seu rei.
Min: - Certo. Vou enviar a moça de volta para que seja punida pela desonra de ter sido rejeitada por sua majestade.
Min fez meia volta para sair da sala quando o rei segurou seu braço.
Hoseok: - Elas costumam mesmo ser castigadas por algo assim? - perguntou chocado.
Min ainda se surpreendia com a ingenuidade do amigo, criado dentro dos portões do palácio e sem saber um décimo da crueldade que seus próprios soldados, ou dos reinos vizinhos, cometiam.
Min: - Essa moça em especial terá uma punição ainda mais severa, majestade. Pelo que os soldados disseram, ela é uma bruxa, e quando voltar será morta.
Hoseok soltou o braço do amigo e cambaleou com a notícia.
Min: - O senhor está bem? Quer que eu chame alguém? - perguntou preocupado.
O rei meneou a cabeça, negando.
Hoseok: Como assim matar? Que espécie de bárbaro é esse rei que mata moças indefesas por um boato sobre algo que nem pode ser considerado real? Bruxas não existem!
Min: - Eu também pensava assim, mas os soldados disseram que o olhar dessa moça é realmente assustador.
Hoseok: - A pobre moça deve estar assustada por ser tratada dessa forma. Por que a tomam como bruxa afinal?
Min: - Parece que ela foi pega fazendo uma espécie de ritual de bruxaria no túmulo da mãe. Quando os soldados foram até a casa dela encontraram todo tipo de material para rituais, velas e até livros em uma escrita desconhecida.
Hoseok: - Por que ela foi enviada a mim? Não seria então uma afronta ao invés de um presente? - perguntou desconfiado.
Min: - Foi a primeira coisa que pensei, majestade, por isso investiguei. A referida moça é a filha da falecida amante do rei, por isso ele hesita em matá-la, apesar da pressão de seu povo e de seus ministros. O rei tem esperança de que o senhor a purifique com sua boa alma.
Hoseok: - A purifique? - perguntou sem entender.
Min: - Sim. A fama referente a sua beleza e cordialidade já se espalhou pelos reinos. As mulheres que tiveram o prazer de desfrutar de sua companhia na cama espalharam seus feitos. Dizem que seu sorriso tem o poder de curar feridas, que parece o sol.
O rei sentiu seu rosto esquentar e soube que devia estar ficando muito ruborizado. Ele pigarreou.
Hoseok: - Isso tudo é bobagem. Apenas as tratei como seres humanos. - ele desconversou com um sorriso. - Eu não sei de nenhum tipo de ritual, como eu iria purificá-la? - perguntou confuso.
O outro baixou a cabeça, visivelmente envergonhado.
Min: - Tirando a virgindade dela, senhor. Foi a maneira que o sacerdote do outro reino explicou que deve ser feito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sweet Dreams (Doces sonhos)
FanfictionUma maldição precisa ser desfeita... e a moça precisa muito da ajuda dele, o rei, para não ser morta. O rei Jung Hoseok concorda em ajudar, após uma tragédia quase acontecer...