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- VOCÊ VAI ME DEIXAR!_ Grito bravo.
Não entendo meu peito está doendo muito, como se alguém me matasse lentamente.
Apolo- Não é deste jeito Deimos!_ Diz enrugando as sobrancelhas. Ele dá um passo para...
Encaro meus pais na mesa de jantar junto com os parentes do papai, sorrio animado para o meu irmão mais velho que pisca pra mim sorrindo.
Apolo também está aqui com nós, ele está ao lado dos irmãos, ele é alto. Bem alto, com os cabelos cacheados, o rosto cheio de sardas, bem bonito. Ele é um ótimo melhor amigo!
Comemos todos em harmonia contagiante, Apolo hoje não ficou muito perto de mim, eu não entendi o porquê, ele parece nervoso e com medo? Eu não entendo! Ele parece me ignorar.
Como calmamente vendo meu pai dá comida na boca da minha irmã mais nova, minha mãe dava comidinha na boca da minha outra irmã, elas são gêmeas, me lembro que papai surto!
Pego meu copo de água e bebo bastante, ultimamente meus pais me tratam como se eu fosse de vidro, não só eles como Eros. Eles acham que eu posso me machucar facilmente, tá! Até que eu posso, mas não funciona assim.
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Franzi o cenho quando eu vi Apolo sentando sozinho no banco do pátio dos fundos da minha casa. Já jantamos, os adultos estão bebendo vinho enquanto as crianças pequenas brincam no tapete, Eros e Manu estão conversando na escada.
Caminho calmamente até Apolo, sorrio quando ele me vê, corro até ele sentando ao seu lado e o abraçando. Ele passa o braço por meu pescoço e me abraça apertado, suavizando o olhar.
— Aconteceu alguma coisa?_ Me separo dele, seu braço continua em meu pescoço. Ele me olha estranho. — Posso ser pequeno, mas sei que está pensativo e longe hoje._ Digo sorrindo carinhoso.
Apolo— Não é nada de mais pequeno._ Sussurra me encarando com o olhar brilhando.
— Sei.._ Digo sorrindo. — Mas eai vamos jogar bola amanhã?_ Digo animado, sinto seu corpo endurecer e ele me parece nervoso.
Apolo— Tenho que te contar uma coisa meu pequeno gatinho._ Diz triste. Franzo o cenho.
Meu pequeno gatinho.
Este apelido nunca muda ou cansa, eu gosto.
— O que aconteceu Apolo?_ Me separo dele ficando em pé, ele também se levanta, carambolas tenho que levantar o pescoço para encarar seu rosto.
Apolo — Deimos me desculpe, mas não poderei jogar bola amanhã com você._ Diz triste alisando minha bochecha.
— Por que?_ Faço bico, ele suspira.
Apolo— Estou me mudando para Itália._ Sussurra, meu corpo trava, fico totalmente travado. Meus olhos ardem. — Vou começar a estudar lá, infelizmente não nos veremos._ Diz quase chorando, ele segura minha mão. Mas eu a largo fortemente.
— VOCÊ VAI ME DEIXAR!_ Grito bravo.
Não entendo meu peito está doendo muito, como se alguém me matasse lentamente.
Apolo— Não é deste jeito Deimos!_ Diz enrugando as sobrancelhas. Ele dá um passo para frente, mas eu recuo.
— Você está me abandonando! Você é um traidor. Prometeu!_ Digo chorando, abraço meu corpo. — Você disse que nunca deixaria o Deimos! Agora vai embora me deixando para trás._ Nego com a cabeça. — Você é um mentiroso!_ Digo alto.
Saio correndo ouvindo ele me chamar, passo pela sala vendo todos me olhar, ignoro subindo as escadas, entro em meu quarto trancando a porta.
Ele vai me deixar, ele prometeu sempre ficar ao meu lado.
Por que eu estou sentindo tanta dor? Não entendo! Meu coração parece que está sendo esmagado, como se alguém o apertasse com as mãos até ele parar de bater.
Escuto batidas na porta. Viro o rosto me deitando na cama e abraçando meu travesseiro.
Apolo— Deimos deixa eu entrar._ Sussurra.— Quero me despedir, um abraço! O que acha?_ Soluço baixo.
— NÃO, VÁ EMBORA SEU MENTIROSO._ Grito alto, escuto seu suspiro.
Apolo— Eu vou voltar pequeno gatinho. Vou voltar para você._ Sussurra baixo com a voz embargada e falhada.
