I just wanna feel somethin' but I keep feeling nothin' all night long

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Em resumo: não teve atualização antes porque eu não poderia tá pior e odeio revisar qualquer coisa mesmo que goste da sensação de quando tá pronto e postado. Não faço ideia da frequência que vou poder atualizar. Desculpa por manter alguém esperando por essa porcaria. Desculpem se tiverem muitos erros, eu só reli uma vez e tinha uma caralhada deles, então provavelmente algum escapou.

A propósito, me desculpem se eu demorar meses pra responder algum comentário, o Wattpad me notifica poucos e nem sempre quando acesso os comentários aparecem todos.


Aviso de gatilhos: morte, citação de overdose e assassinato, machucados e uso de drogas

•••

- Será que a morte tem esse sentimento de vazio até pra quem morreu? - Chaewon perguntou, acendendo o seu cigarro enquanto olha a rua da janela do seu quarto.

  Yeonjun acha que ela tava linda e perfeita para o velório: conjunto preto da Chanel, sem joias e com o cabelo preso em um rabo de cavalo na nuca, parecendo que foi feito sem muita importância e ainda assim perfeito. Ela não tinha qualquer coisa na pele além de protetor solar e hidratante labial.

  - Não tem como adivinhar. A gente só vai descobrir quando morrer - ele respondeu, ficando ao lado dela. Ele também estava com roupas pretas, só que da Prada.

  - Eu deveria tá sentindo alguma coisa - ela murmurou.

  - "Deveria" não é uma coisa que existe de verdade. Você e a sua mãe não eram próximas, mesmo que você se sentisse responsável por ela e por impedir que causasse problemas pros negócios. Você queria que ela parasse de causar problema e todo mundo sabe que mais cedo ou mais tarde ela teria outra overdose e não ia sobreviver a alguma delas - Yeonjun verbalizou os fatos.

  - Mas eu queria tá sentindo alguma coisa. Isso faria eu me sentir uma boa filha - Chaewon insistiu.

  - Você já é uma boa filha em ter escolhido ficar por perto porque sabe que seu padrasto é um abutre.

  Ela suspirou, levantando o rosto e fechando os olhos.

  - Eu quero sentir qualquer coisa. Parece que eu vou vomitar de tanto que esse nada tá me agoniando.

  - Pelo menos você tá sentindo agonia. É um sentimento.

  - Mas eu quero outros - ela saiu da janela, sentando com os pés em cima do sofá. - Soobin vai tá lá?

  - Sim, ele avisou que já tá lá desde manhã deixando tudo ajeitado. Parece que a Hyejoo quis fazer isso com ele também - Yeonjun informou ainda parado no mesmo lugar, só que agora de costas pra janela e virado pra a amiga que mordia a pele do seu polegar.

  - Você vai no cartório comigo e meu avô?

  - Claro.

  - Obrigada. Você ainda não contou mais sobre a overdose de Hungjye.

  Yeonjun sabia que falar sobre seria bom pra distrair ela.

  - Fiquei lá no hospital com ele por horas porque queria que ele me visse quando acordasse. Ele é bem sozinho e isso de se sentir largado mata ele por dentro, eu ficar lá faria ele começar a desenvolver uma dependência da minha presença por afastar isso. Nenhum dos pais dele apareceu, nem a Hyejoo. Na verdade, quando ele saiu de lá e quis ir pra boate, ela reclamou por ele ter voltado rápido demais. Ela disse que esperava mais dias de paz.

  Chaewon soltou uma risada.

  - Ela deve ter se sentido aliviada quando soube que ele tava no hospital.

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