Só haviam quatro coisas que preocupavam a jovem Maria todos os dias, a primeira era quando a sua Mãe amada, porém rabugenta, iria decidir se mudar novamente; a segunda estava relacionada a proteção do seu pequeno irmão mais novo; a terceira envolvia...
Minha família sempre foi tudo o que mais me importava. Nunca dei atenção para algo ou para alguém que não estivesse diretamente ligado a eles, afinal não poderia nos dar a esse luxo. Estamos constantemente nos mudando de cidade para cidade, de Pais para Pais ou de continente para continente. Assim, nunca criei vínculos ou amizades que pudessem me estimular a criar certa empatia com as demais pessoas. Obviamente eu sempre chamei atenção, não somente pela minha aparênia, mas também porque eu exalava a atração. As pessoas somente não sabiam que isso demonstrava perigo a sua integridade física, porém para a sorte de todos havíamos nos adaptado a uma dieta extremamente vegetariana, ou melhor, para a segurança de Charlie, meu irmão casula. Ele não é como eu ou como a mamãe, ao contrário de nós Charlie envelhece, come hambúrgueres, dorme e tem as bochechas rosadas mais encantadoras do mundo. Para que ele continue assim, devemos nos manter invisíveis sem chamar a atenção dos Volturi até que meu irmão esteja pronto para ser algo próximo a nós. Assim, quando as suspeitas começam, inventamos alguma história. Na realidade tudo não passa de um teatro! As vezes por acontecimentos felizes tínhamos que nos reestabelecermos no outro lado do globo terrestre, em outras vezes uma triste notícia abalava nossa família e em luto nos mudavamos para novos ares. Desta vez a desculpa para deixarmos o Alaska fora uma nova proposta de emprego irrecusável. Nova casa, novas histórias, mas os mesmos ciclos. Porém por ele, por eles tudo isso valia a pena. A estrada estava tranquila, o som da pista molhada com o atrito dos pneus sempre me tranquilizou. Mamãe cantarolava junto com a música que passava na rádio. Como uma verdadeira, porém falsa humana. Vejo uma enorme placa com letras recém pintadas de vermelho.
"Seja bem-vindo a Forks"
Não sabia muito sobre a cidade, apenas que era o lugar perfeito para aqueles que não desejam chamar atenção. Ao adentramos nos limites da cidade não pude deixar de pensar que talvez a cidade da chuva tenha algo a oferecer.
Algo que os outros lugares não conseguiram.
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