O despertador soou alto pelo quarto fazendo a mulher que dormia profundamente acordar assustada. Era seu primeiro dia no novo emprego, não podia se atrasar. Levantou correndo e seguiu para o banheiro onde fez sua higiene matinal e tomou um banho, se enrolou na toalha e partiu escolher uma roupa apropriada para o serviço. Optou por uma saia tubinho que batia na altura dos joelhos, blusa social e um blazer preto, nos pés um scarpin não tão alto pois iria usá-los o dia inteiro, merecia um mínimo de conforto. Seguiu para sua penteadeira secou suas madeixas logo em seguida prendendo-as em um rabo de cavalo baixo, fez uma maquiagem leve e estava pronta. Apanhou sua bolsa, as chaves do carro e deixou o apartamento.
Morava na cidade que nunca dorme, a grande maçã. Nova York, sempre em seu ritmo frenético de pessoas e carros. A grande capital do mundo.
A mulher havia ponderado muito antes de deixar sua cidade natal, Texas para vir morar em Nova York. Deixou seus pais para trás, amigos. Mas foi o melhor a se fazer, precisava de sua liberdade, sua privacidade e acima de tudo espaço. Então optou por Nova York, pois ali sendo o centro das oportunidades sabia que podia se virar e ir atrás do seus sonhos. Mesmo vindo de uma família rica ela nunca deixou que a soberba subisse a cabeça e sempre quis o seu próprio dinheiro, sua própria independência.
A caminho da grande empresa que conseguirá o trabalho parou em um Starbucks para comprar café, segundo recomendações que recebeu seu chefe costumava tomar café puro e preto pela manhã. Então pediu um café com leite para si, e um puro e preto para seu chefe que ela nem ao menos conhecia ainda, só esperava que ela não fosse um velho rabugento. Seguiu seu caminho chegando ao enorme prédio com logo da companhia Bieber. Adentrou o estacionamento e parou em uma vaga sua Land Rover que havia sido presente de sua mãe parabenizando-a pelo emprego. Pegou sua bolsa e os sapatos que havia tirado para dirigir e saiu do carro, trancou o mesmo enquanto colocava seus Scarpins nos pés e seguiu em direção ao elevador, apertou o botão do seu andar e se preparou mentalmente, repassando tudo que devia falar sem cometer nenhuma gafe com ninguém.— Segure a porta - ouviu alguém gritar fazendo-a apertar o botão que segurava as portas do elevador, de longe viu um homem vindo em sua direção, loiro, alto, topete alinhado assim como o terno escuro - Obrigado - agradeceu assim que entrou no elevador. Assentiu com um sorriso sem mostrar dentes. - Parece que vamos para o mesmo andar, a propósito sou Ryan - lhe ofereceu a mão.
— Giselle - apertou a mão do homem que agora estava do seu lado.
— Oh, claro. Nos falamos ao telefone anteontem - Ryan lembrou-se - Você é a nova secretária do Bieber.
— Sim - sorriu confirmando. — Escute, pode me dizer como ele é? O que gosta? — questionou pronta para anotar tudo em sua mente.
— Ele gosta de café puro pela manhã, almoça na empresa maioria das vezes e é o último a ir embora. E tem um mau-humor matinal, então não faça muitas perguntas a ele. Seja pontual e eficiente, a ultima secretaria foi despedida por não ser eficiente o bastante.
A morena engoliu em seco a saliva e assentiu com a cabeça.
— Mas vejo que já tem pontos positivos, não esqueceu o café - brincou apontando para o copo grande na mão da mulher — Relaxe, não é um bicho de sete cabeças.
O elevador apitou indicando que haviam chegado no andar, ambos saíram da grande caixa de ferro e seguiram pelos seus respectivos caminhos.
— Aquela é sua mesa, o escritório de Bieber e o meu — apontou para os respectivos lugares — Se precisar de alguma informação fale com Beth é a minha secretária, creio que ela poderá ajuda-la. Agora se me der licença.
— Claro — sorriu mais uma vez em agradecimento e seguiu em direção a sua mesa. Repassava tudo em mente que Ryan havia lhe falado. Esperava ser eficiente o suficiente, pois procurar outra emprego não estava em cogitação.
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Survivor
Teen FictionEu estava ferrado, largado as traças. Então você chegou, como uma brisa do vento no verão, suave e doce. Você agarrou forte as minhas mãos e me tirou da lama, me trouxe de volta a vida, me fez a pessoa mas feliz do mundo. Porém, fui ingrato. Não sou...