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Chenle acordou atordoado e com uma dor de cabeça infernal que nunca sentira antes em sua vida. Não conseguia lembrar de nada que tenha dito a Jisung na noite anterior e temia que tivesse dito muito mais do que deveria. E se ele tivesse se jogado nos braços de Jisung e o mais novo tivesse pensado o pior de si? E se tivesse confessado todos os seus sentimentos? Ah, ele morreria se algo semelhante tivesse acontecido.

Olhou para os lados, procurando seu celular, tinha quase certeza de que havia mandado mensagens para algum dos membros. Havia uma ligação perdida de Jeno e diversas mensagens não lidas de Mark, as quais foram ignoradas de primeiro momento. Viu que a conversa mais recente havia sido com Jisung, naquele momento ele paralisou, e se tivesse dito o que não deveria para o mais novo? Não suportaria sequer imaginar que havia dito algo que magoasse o mais novo.

Estava tão distraído que sequer notou quando a porta do seu quarto foi aberta vagarosamente, se assustando ao ver a figura de Jisung parada em frente a sua cama.

— O que você 'tá fazendo aqui? — Desligou a tela de seu celular rapidamente, se sentindo tímido quando seu olhar se encontrou com o do Park. O que você está fazendo comigo, Park?, pensou.

— Você me mandou mensagem ontem, fiquei um pouco preocupado e vim até aqui... resolvi ficar caso você precisasse de mim, mas acho que já está melhor, certo? — Chenle apenas balançou a sua cabeça positivamente. — Bem, sendo assim, acho que já posso ir.

— Pensando bem, a minha cabeça dói um pouco. — Era nítido que Chenle queria que Jisung ficasse consigo por mais um tempo. Coçou a nuca um pouco tímido com a presença do mais novo.

— Não é pra menos, você bebeu uma garrafa e meia de vinho. — Os dois deram um riso soprado, voltando a ficar em silêncio novamente. — Se for só isso, tome um remédio depois de comer, fiz algumas panquecas para você.

— Não precisava, mas obrigado.

Um silêncio um pouco desconfortável se instaurou no ambiente. Chenle queria fazer Jisung passar o dia consigo, mas não sabia como pedir para o mais novo aquilo. Tinha medo de ter dito coisas que arruinariam sua amizade com Jisung.

— Bem, se você não precisa mais de mim, eu já vou. — Foi como um gatilho em sua cabeça, alguma coisa lhe lembrou de que ainda tinha muito para conversar com Jisung.

— Fica.

O Park abriu sua boca diversas vezes na tentativa de falar algo, falhando miseravelmente. Chenle sentiu uma rápida rajada de coragem lhe atingir, não iria desperdiçar aquele momento, não novamente.

Se levantou e caminhou rapidamente até o Park, quase tropeçando nos lençóis, sorriu um pouco tímido antes de segurar a mão do mais novo. Sem perceber, Chenle prendeu a respiração quando encarou as orbes escuras do Park.

— Me desculpa por qualquer coisa que eu tenha te dito ontem, eu exagerei um pouco na bebida. — Jisung desviou seu olhar para a cama bagunçada atrás do Zhong.

Chenle quase não teve tempo de processar os seguintes acontecimentos; Jisung soltou sua mão, segurou o rosto do mais velho entre suas mãos e o beijou. O Park se afastou, procurando alguma mínima resposta nos olhos do outro, quando Chenle finalmente acordou de seus devaneios, puxou Jisung para outro beijo.

Segurou sua cintura como se Jisung pudesse fugir de si a qualquer momento, este que passou seus braços em volta do pescoço do mais velho, parando o beijo para dar um sorriso mínimo, logo voltando a beijar o Zhong.

Continuaram naquela troca de carícias por bastante tempo, até Jisung se lembrar que Chenle ainda precisava comer, separou o beijo, recebendo um selinho do mais velho.

— O que foi? — Perguntou preocupado, recebendo um sorriso adorável do Park.

— Você precisa comer, vem!

E foi naquele momento que Chenle percebeu que estava completamente apaixonado por Jisung e não tinha mais volta.










não revisei, então perdão por qualquer erro
ou coisa sem sentido. ficou um pouco clichê,
então desculpa por isso também

𝖾𝗎 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗎𝗆 𝗇𝖺𝗆𝗈𝗋𝖺𝖽𝗂𝗇𝗁𝗈. 𝗰𝗵𝗲𝗻𝗷𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora