CAPÍTULO III

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Colômbia:
- Ainda bem que chegamos, Alvarez, tens de aprender que as tuas escolhas
podem prejudicar muita gente, querendo ou não, ainda bem que tu não é
desses que fazem tudo por dinheiro, disse o Joseph Martin
- Sim senhor, não sou desses, acrescentou Alvarez.
No outro lado do mundo chegava Joseph Martin, a policia internacional
noticiava que conseguiu prender ele, fomentando assim para que houvesse
uma instabilidade no seio da minha equipa, nem mesmo o Matota sabia que
o Martin já estava na Colômbia, mas o Patrick sabia da deslocação, tudo
informado pelo seu fiel traidor.
- Alvarez, eles não sabem o que vem por aí, quanto menos pensam nós
estaremos muito distante, a esse momento eles devem estar a noticiar que
também fui pego, para colocar o Matota numa posição menos boa e se
entregar também, mas não, eles ainda vão ter uma surpresa daqueles.
- Surpresa? Como assim chefe? Vamos fazer mais um outro carregamento?
Questionava Alvarez
- Já não somos nós quem está a fazer o jogo, da mesma forma que eles
supostamente meteram alguem infiltrado para nos vigiar e elaborar tudo isso,
ele também estamos a jogar.

- Senhor, o que isso quer dizer? O senhor desconfia de quem? O senhor devia
contar isso pra mim, já não sei o que fazer.
- Calma Alvarez, ainda não é o momento para você saber de algo que está
além das suas capacidades, disse o Joseph
- Senhor eles são muito perigosos e não devemos nos meter com gente
assim, não sei que nos espera, não sei.
- Alvarez, faça as coisas bem, se não serás o próximo alvo deles, agora tenho
de descansar, não esqueça de comprar licor.
- Está bem senhor, disse o Alvarez.
Naquela manhã o Alvarez saiu todo preocupado das instalações em que se
encontravam, como bom traidor que era precisava informar aos seus
superiores policias e ao procurador Patrick do que estava a se tratar.
- Alô, daqui é o Alvarez, Mariano Alvarez!!
- Senhor procurador tem um homem ao telefone e disse que é o Alvarez,
informou o agente
- Passa o telefone, dá pra gravar e pôr no viva-voz? Perguntou Patrick
- Sim senhor, já está.
- Alvarez, o que tens para nós? Perguntou Bernardo Mbunga
- Senhores, vocês não vão acreditar parece que algo grande está a ser
projectado apartir de Kinshasa, não sei bem o que é, o Martin não diz nada
em relaçao à isso.
- Algo grande como? Seja mais específico, reclamava Patrick
- Parecia uma vingança, nunca vi o Joseph assim, falava entre trocadilhos, o
Frédéric deve saber, afinal de contas ele está ali convosco.
- Sim está, mas ele não pára de mexer naquele cabelo grande, está sempre
distante dos seus pensamentos, as vezes fala de família, não temos nenhum
ficheiro sobre a família dele, nada, ele está estranho, talvez seja por estar
aqui, ficou surpreendido qaundo lhe falei que está em Luanda, falou de
flamingos, coisa estranha.

- Calma aí... falou de flamingos? Perguntou Alvarez
- Sim flamingos, falou até da Catharine, não parava de falar de ti e dos outros,
sempre a mexer naquele cabelo e a coçar a barba, respondeu Bernardo
Mbunga
- Não pode ser, disse o Alvarez
- Como assim não pode ser? Perguntaram eles.
- Senhores preciso sair da Colômbia, estou em perigo, já não estou seguro,
o Joseph pediu licor, e ele não consome bebidas alcoólicas, lembro que uma
vez ouvi a conversa do Frédéric com o Joseph falavam que quando as coisas
começarem a dar errado vamos usar flamingos e licor, isso não pode ser
verdade
- Porras Alvarez que merda é essa? Agora você é que está a falar em
trocadilhos, alguma coisa se passa? Perguntou Bernardo
- Sim senhor, aquele que está ali não é o Frédéric Muzala, não é, não pode
ser ele.
- Como assim não pode ser ele? Esse é o sujeito que está nos nossos dossier,
que brincadeira é esse?
- Senhor, alguém parece que está a brincar connosco e não sei quem é, mas
esse que está em Luanda não é Frédéric Muzala, vou desligar agora vou
desaparecer por uns tempo
Alvarez desligou o telefone...
-Merda!!!! Gritava o Berbardo
- Quero aquele homem na minha sala já, vão agora!! Furioso estava o
procurador Patrick Gonga
Sim o homem que estava no complexo sob olhar forte da inteligência policial
não era o verdadeiro Frédéric Muzala, na verdade, o seu nome é Vicente
Sousa, Moçambicano de 48 anos de idade, traficante e contrabandistas,
conheci ele numa prisão belga, ajudei a sair daquele inferno em troca de
favores, ele decidiu ser o meu clone, pois queria ir ao encontro da sua família,
a família que já não estava no mundo dos vivos, para ele nada mais importava
se não ajudar um amigo que precisava de apanhar ar fresco, devem estar a se perguntar como as melhores mentes da policia cairam nessa manobra de
mente, na verdade, trocamos toda a minha informação na polícia
internacional por intermédio de Zen Yu, especialista de tecnologia do edifício
da inteligência internacional, sabia que não podia voltar a ver o Vicente.
- Quem és? Perguntava Bernardo
- Sorria... afinal conseguiram descobrir, sejam bem-vido ao jogo. Vicente
continuava a sorrir
Derrepente ouviu-se disparos no edifício, senti um aperto no coração parecia
que tiraram uma parte de mim, sabia que alguma coisa se passava e que era
a hora de começar o plano, naquele instante, Vicente foi barbaramente morto
a tiros pelos seus carcereiros.
- Porquê você matou ele? Perguntou o Bernardo
- Ele não é o Frédéric então não serve para nada, ficou a brincar connosco o
tempo todo porras, disse o Patrick
- Patrick você não está autorizado a matar porras, você estragou toda a
missão, sai do meu edifício agora, sai agora, merda seu maníaco
- Tira as mãos de mim, seu merda! Nunca faça isso se não serás o próximo,
disse o Patrick
Estava instaurada a preocupação e tensão naquele edifício, procurando por
provas concretas para encontrar o verdadeiro Frédéric, Bernerdo o então
oficial de inteligência mais severo e dedicado da elite internacional vi-a assim
o seu trabalho de cinco anos deitado por água a baixo, a única fonte deles
era o Alvarez, desaparecido.
...
Eu sou o verdadeiro Frédéric Muzala, me encontro na África, propriamente
em Cabo Verde, terra linda, uma ilha sem igual, não parava de olhar para ela,
sim não parava de olhar para a Catharine, casei com ela nessa ilha
maravilhosa, mas, agora preciso terminar o que começamos, precisamos
deixar cair aqueles que querem a minha cabeça.
- Alô!

- Pensava que ficarias escondido até não der mais, meu amigo, disse o
Matota
- Matota, meu amigo, precisamos terminar com isso, pelo bem de todos.
- Com que então o verdadeiro Muzala, continua forte e salvo, disse o Joseph
- Martin, continuamos com o licor e flamingo
A caminho de Lisboa, um míssil atingiu o vôo, aquilo foi um apagar de todas
as luzes, já não sentia o paladar, acordei depois de 50 dias em coma,
segundo os relatórios da equipa médica, fiquei numa clínica em Marrocos, só
pensava na Catharine e o que lhe acontecerá, lembro que peguei a mão dela
antes de subir no vôo, o mais engraçado de tudo é que continuo inteiro, não
sei porquê a história decidiu voltar a ouvir as lamentações desse senhor,
acordei numa madrugada véspera de ano novo, do ano de 2012, quando abri
os olhos estavam lá todos, Joseph, Matota, Catharine e Phillipe, todos
sorridentes, quando a minha visão tornou-se nítida, na verdade, estavam lá
todos, investigadores, procuradores e a polícia Marroquina.
- Consegues lembrar alguma coisa? Perguntou um procurador Marroquino
- Sim, algumas coisas, dói o corpo todo, a minha cabeça está pesada, onde
estou?
- O senhor está numa clínica, Marrocos, seja bem-vido de volta, o senhor
ficou 50 dias em coma, é um milagre ter o senhor aqui, na verdade o senhor
não estava morto, algumas coisas o senhor vai lembrar, consegues dizer
quem és?
- Sim consigo, Meu nome é Frédéric Muzala, tenho 48 anos de idade, sou
angolano e belga...


Continua...

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⏰ Última atualização: Oct 12, 2021 ⏰

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