Dois homens e meio

14 0 0
                                    

"Polícia! Todo mundo com as mãos para cima, agora!" O grito da voz alta e grossa ecoou por toda a festa.

🏁

Ao olhar na direção das luzes, Baekhyun sentiu o coração ir na boca. As luzes foram todas direcionadas aos cinco homens ali parados e a música parou. Quatro homens com fardas azuis e apenas um com a farda totalmente preta, no meio de todos. Junmyeon engoliu em seco quando o policial da farda preta (aparentemente o líder) se dirigiu até um dos microfones do karaoke, limpando a garganta antes de começar.

"Boa noite a todos. Ou eu deveria dizer bom dia? eu realmente não sei." Começou. "Sou Park Chanyeol, chefe do Departamento Oficial da Polícia Americana." Sorriu irônico. "São três da manhã de uma terça-feira e eu gostaria muito de apostar que a maioria irá trabalhar virado amanhã, mas sem querer ofender, acho que precisarei explicar o que significa ter um emprego." Riu baixo. "Recebemos diversas ligações, e o som de vocês está chegando a quase três quadras de distância, incomodando famílias, crianças, idosos e trabalhadores." Explicou. "Kim Junmyeon, têm aproximadamente doze viaturas na porta da sua casa, e elas permanecerão até que todos os presentes retornem as suas casas após a realização do bafômetro." Explicou. "E em seguida, você assinará uma multa por desrespeito e som alto após as dez da noite." Disse por fim, largando o microfone para voltar a sua posição, parado a frente dos cinco policiais.

As luzes ainda estavam focadas apenas neles, enquanto esperavam que todos ali fossem embora. Todos que passavam, só conseguiam pensar em como aqueles policiais pareciam gostosos naquelas fardas apertadas. Alguns bêbados demais para conseguirem se ouvir, passando pelos cinco e os assediando com palavras pesadas que eles decidiram ignorar.

Nas fardas, haviam todos os nomes, que Baekhyun não pode evitar de prestar a atenção, aguardando sua vez de sair da festa.

Oh, D.O, Kim, Zhang e Park.

Quando Baekhyun passou, fazendo contato visual com os policiais, reconheceu o tal do Kim no mesmo momento por estar com Chanyeol no ocorrido das cartas anônimas. Chanyeol encarou o Byun seriamente, não conseguindo controlar a língua.

"Eu deveria imaginar que veria você por aqui. É bem sua cara mesmo frequentar lugares desse nível." Alfinetou. Baekhyun apenas abaixou a cabeça e saiu, segurando a própria língua para que seu serviço comunitário saísse bem, sem mais prisões.

Sem mais problemas.

🏁

"Bom dia... Vim para assinar os documentos sobre responder em liberdade."

"Bom dia. Pode aguardar um pouquinho? O senhor Park chegará a qualquer instante." A moça da recepção disse. Baekhyun suspirou pesadamente, assentindo. Alguns minutos depois, a figura alta se fez presente na recepção da delegacia. Parou na frente de Baekhyun e o encarou.

"Me siga." Ordenou com a voz rouca, provavelmente porque havia acordado a pouco tempo. Baekhyun se levantou, o seguindo até a sala dele contragosto. Quando chegaram, puxou uma cadeira e se sentou, observando Chanyeol buscar alguns papéis numa pasta de documentos e ler brevemente antes de jogar na frente de Baekhyun. "Vê se lê essa porra antes de assinar." Disse sério, aparentemente estressado. "Queria saber de quem foi a ideia idiota de colocar você pra lidar com crianças e adolescentes..." Suspirou.

"Tá querendo dizer o que com isso, Park?" Perguntou, arqueando uma das sobrancelhas. "Pra sua informação, eu sei cuidar muito bem de crianças."

"Você?" Riu, debochando. "Só espero que saiba que eu tô de olho em você, qualquer merda que você fizer eu meto bala em você. Entendeu?"

"Ah, Park, cala boca." Respondeu sem paciência, terminando de ler os documentos. "Preciso de uma caneta." Pediu, vendo Chanyeol pegar uma caneta num copo em cima de sua mesa e lhe entregar. Baekhyun então, assinou seu nome nas linhas indicadas, devolvendo o documento para Chanyeol.

Games Of All KindOnde histórias criam vida. Descubra agora