Capítulo 3

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Oi gente.
Tudo bem com vocês?
Aqui está mais um capítulo, espero que gostem.

Uma semana se passa desde a conversa em que tive com minha mãe, ou melhor a conversa que ela teve comigo, pensei em hesitar mas por fim acabei concordando em passar por uma psicóloga.

Ela já tinha notado o meu comportamento diferente, e me conhece tão bem!

Chamei um táxi para me levar ao consultório, mamãe queria me acompanhar mas eu preferi ir sozinha, quando chego ao consultório tem uma pessoa  esperando para ser atendida dou bom dia e me sento.

Uma hora se passa e por fim chega minha vez, assim que entro na sala noto que ela é bem aconchegante, fico bem aliviada ao notar que minha psicóloga é uma mulher, não fui eu quem escolhi ela, minha mãe se encarregou de tudo. Ficaria bem desconfortável se me deparasse com um homem.

-Bom dia Scarlet!
Meu nome é Olívia, seja muito bem vinda. - Minha psicóloga me comprimenta com um aperto de mão.

-Bom dia Olívia, muito obrigada.

-Quantos anos você tem Scarlet? - O que é isso mesmo, um interrogatório?

-Tenho 20.

-Em uma escala de um à sete, sete sendo o mais alto, quão feliz você pensa que é?

-Eu costumava ficar sempre na casa do sete, mas hoje já não penso assim.

-Por quê?

-Pra início de conversa eu nem queria estar aqui. - Respondo secamente.

-Entendo. Mas eu não posso te ajudar se você não se abrir Scarlet, me ajuda a te ajudar.

-Minha mãe insistiu muito, então resolvi vim.

-Já que está aqui que tal me contar o que está acontecendo?

-Mais alguém vai saber dessa nossa conversa?

-Não.

-Nem minha mãe?

-Não Scarlet, nem sua mãe, tudo que for dito aqui morre aqui.
E então?
Que tal me contar o por quê está aqui?

-Minha mãe acha que tem algo diferente comigo.

-E tem algo diferente?

-É acho que sim!

-Mas por quê?
Você e sua mãe tiveram alguma discussão?

-Não sei se me sinto à vontade para falar sobre isso. E não, nós nos damos super bem, minha mãe me apoia em tudo. - É tão difícil me abrir com pessoas desconhecidas.

-Scarlet eu não posso te ajudar se você não se abrir. Me conta o que aconteceu. - Tento falar mas acabo chorando.

Deixei sair todas as lágrimas que tinha para sair naquele dia.

-Calma, vamos no seu tempo está bem? - Então ela pega um copo com água e me dá, depois me entrega um lenço para enxugar as lágrimas.

-Muito obrigada Olívia. - Eu sorrio pra ela e ela retribue o sorriso.

-Então, podemos começar agora?

-Sim!

Começo contando toda à história para ela incluindo meus cortes, ela ouve com atenção e faz algumas anotações no seu caderno. Então depois que decido me abrir a nossa consulta acaba tão depressa.

Quando estou saindo de sua sala ela me entrega um panfleto.

-Seria bom se você participasse de um grupo de apoio, lá tem várias pessoas que estão passando pela mesma situação que você, talvez ajudasse.

O Despertar Da PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora