dear unknown love.

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O indiscritível amor, guardado no peito, como uma jóia, guardada no fundo de uma caixa.
A profunda sensação de estar apaixonado, acompanhada de um vazio alarmante.

O sentimento de amar, a quem? Alguém ou algo que sequer conheço.
Guardo no peito um amor,
guardo no peito alguém querido,
guardo no peito uma sensação, que todavia a ninguém se dirige.

Acima de tudo, levo comigo uma saudade, de algo que sequer vivi. Memórias de algo que jamais aconteceu, não memórias, mas sensações, sensações adormecidas, apagadas com o tempo, talvez apagadas dentre muitas vidas.

Escrevo todos os dias sobre um amor que desconheço, que não me pertence, e sequer sei a quem pertence. Mas sei que meu coração, em toda sua virtude, bate por alguém, alguém que desejo conhecer.

Queria lhe encontrar, e lhe entregar todos os poemas e cartas de amor que ao longo de minha vida escrevi. Os escrevi pensando em você, sem sequer lhe conhecer, mas na certeza de que um dia te encontrei , e lhe direi todas as coisas belas, cheias de esmero que comigo guardei.

Quando me conhecer, provavelmente terei passado por uma longa jornada, e nela, dores.
Portanto, me encontrará quebrada. Só lhe peço que me concerte, com seu incondicional amor, que sei que guardou para mim, porque sei quanto me esperou.

Ó meu querido amor, por favor, desperte em meu estômago as borboletas desfalecidas. Faça-me sorrir, até mesmo chorar, mas faça-me ao menos capaz de sentir alguma coisa, pois neste momento, sem lhe conhecer, me encontro entorpecida.
Entorpecida como estive durante toda a minha vida, e como estarei até que me desperte deste interminável pesadelo, onde continuamente estou caindo.
Mas talvez...eu esteja caindo em sua direção, para que possa me segurar, e me amar.

𝐃𝐄𝐋𝐏𝐇𝐎𝐒Where stories live. Discover now