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𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀
Noah batucava os dedos na mesa incessantemente, nervoso. Josh não fora atrás dele. E por mais que odiasse admitir, ficou muito magoado.
Duas suaves batidas na porta e seu coração acelerou. Josh entrou sem expressão alguma, apenas se sentou a frente de Noah, a pasta cheia de papéis nas mãos.
- Bom dia, Noah. - sua voz era cansada, mais baixa e fina que o normal.
- Por favor, me chame de Sr. Urrea, ainda sou seu chefe.
Josh o encarou com a boca aberta, prestes a falar algo, mas simplesmente assentiu, cabisbaixo.
- Andei revisando cláusulas e na Lei, há algo que talvez faça a dívida abaixar.
Noah o encarou. Josh não o fitava.
- Achei que tivesse conseguido abaixar para quarenta mil libras.
- E consegui. - suspirou. - Mas uma dívida de setenta mil libras não é tão fácil de anular, Sr. Urrea.
Noah encarou seus dedos ao perceber a maneira com que Josh pronunciou seu sobrenome.
- E o que vamos fazer?
Josh finalmente o encarou, os olhos baixos, talvez sono, talvez choro. Noah se sentiu triste, subitamente.
- Vou tentar abaixar mais o valor de quarenta mil.
Noah assentiu ainda o encarando.
- Acho que terminamos, então.
Josh o fitou, encontrando seu olhar. O verde no azul, e ambos suspiraram.
- Noah...Me desculpe.
- Sr. Urrea.
- Desculpe. Me desculpe, sério. A bebida não me caiu bem e eu sei que não há palavra no mundo que faça você querer me perdoar por ter sido um idiota mas...
- Não. Não há palavra que me faça querer te perdoar, realmente. E ao invés de perder seu tempo tentando inutilmente achar uma, por que simplesmente não sai?
Josh o encarou incrédulo, mas logo substituiu a carranca por arrependimento, e se levantou mordendo os lábios. Pegando suas coisas, foi até a porta. Antes de sair, se virou para encarar Noah mais uma vez, ele estava com a cabeça entre as mãos, massageando a nuca.
- Sr. Urrea? - subindo olhar, o verde encontrou o azul, novamente. - Me perdoe.
