Não Bata Na Porta

Meninos ricos

Todos foram ver os irmãos West e fui arrastada. Era uma rodinha que aos poucos diminuam até que ficou só eu, May e os novos bilionários de NYC. Assim que vi Lucas meu coração disparou. Eu estava a dois meses sem nenhum contato com ele até aquela ligação. Os pais deles já haviam ido embora e confesso que fiquei feliz que eles iriam ficar mais um pouco.

— Levi e Lucas, essa é nossa amiga, Joana. — Disse May empolgada, obviamente flertando com alguém na situação.

Mal sabia ela, me senti mal por ela não se lembrar de um certo Lucas. Obviamente ela nunca lembraria de alguém que não viu nem foto. Ergui minha mão e dei um leve aperto na mão de Levi.

— Joana do Daily New York? — pergunta Levi.
— Sim, sou eu, — inacreditavelmente alguém me conhece! — e você obviamente é o dono de uma das maiores construtoras da cidade. Vi que estão testando o estilo janelas do amplo nos arranha céus novos, achei incrível.
— Na verdade, ultimamente não tenho gostado tanto de "um jovem bem sucedido", eu gostava bastante de quando achava que você ia ser minha cunhada. Inclusive, bela fantasia de vocês duas.

Ok, definitivamente eu quero matar Lucas, que ri e olha pra mim com aquela carinha de metido e olhos azuis extremamente azuis. Ele contou sobre nós para o irmão dele? Os dois tinham pequenas diferenças e uma delas era a altura, Lucas tinha 1,90, olhos apaixonantes, cabelo escuro e tinha a mania de me encarar como se quisesse me matar. Já Levi tinha 1,75, olhos parecidos e cabelo ainda mais escuro, extremamente simpático. E era Levi que May estava de olho, realmente fiquei com medo que fosse Lucas, teria que aturar ela falando do cara que tirou minha calcinha em alguns meses.

— Você e o Lucas? — May solta um berro.
— Precisamos ir, — digo desesperada — obrigada pelo papo.
— Às 4 da manhã vou estar te esperando, eu juro — fala ele debochado.

Tiro May de perto, evitando qualquer outra pergunta na frente deles. Chegamos numa rodinha todos juntos, menos Bruno.

— Joana e Lucas! Joana e Lucas! — Fofoca May.
— Joana e o milionário? O que tem os dois? Ela já pegou alguém? Saiu na frente? — Pergunta curiosa Jul.

Logo vira um rebuliço de fofocas e ficam chocados obviamente com a informação que conto:

— O Lucas e eu namoramos por um tempo.
— Mentira! Meu Deus do céu! Me apresenta o irmão dele! — Fala Netto.
— Sai fora! O Levi é meu! — Diz May.
— Vamos nos misturar, estamos chamando muita atenção, olhem o grupo — Fala Sara.

Gustavo: Deixa eu ver se entendi, Joana e Lucas? WTF? Joana nem é tudo isso!
Thaisa: Sério gente, que dupla de irmãos gostosos viu!
Lav: Verdade, esse Levi parece que saiu de um filme de tão perfeito.
Thaisa: E o Lucas então? O maxilar totalmente esculpido por algum Deus!
Netto: Lindos, maravilhosos. Mas não se comparam com meu NAMORADO James.
Otávio: O Thomas? Irmão do Richard? Meu Deus, quando isso?
Sara: Por que você aceitou o desafio namorando seu maluco?
Netto: Ele acabou de me pedir em casamento! Mas recusei, ficamos no namoro.
Mari: Você não estava com o Richard Thomas?
Netto: Não! Bruno ouviu tudo errado mesmo...
Ota: Seu cunhado é um gostoso!
May: Agora o alvo nem é mais a Joana que sumiu, e sim Netto Thomas.
Manu: Netto Thomas, achei mega chique.
Simon: Até o final da noite preciso encontrar 5 garotas, anotem.
Jul: @Gustavo Kyle está aqui!
Lav: Kyle o ex do Gustavo?
Gustavo: Ele mesmo, e não para de me encarar. Avisei que seria ridículo essa fantasia de super heróis num momento onde eu deveria estar quase pelado, além da qualidade dessas peças serem -0.
Netto: Pelo menos você deixou seu amigo feliz!
Otávio: Vocês perceberam a luz piscando?
Jul: Gente, vocês viram o Bruno?

[BRUNO • POV]

Corro pra dentro do elevador, quero sair só pra tomar um ar, um moço de costas entra também, parece nervoso e o elevador enorme se condomínio de rico parece pequeno quando a luz acaba no meio do percurso.

— Merda! — Grita o homem, quando ele se vira vejo o quão incrivelmente bonito ele é.
— Meu Deus? O que aconteceu?
— Acabou a luz — fala ele ligando a lanterna do celular e apertando na assistência.
— Quanto tempo isso vai demorar? Já estou ficando nervoso.
— Uma meia hora, eu moro aqui e já aconteceu isso outras vezes...
— Você é bem rico então né? Morar aqui é pra quem ganha mais de 20 mil no mínimo.
— Sou dono de uma rádio, cresceu bastante nos últimos anos — fala ele se gabando provavelmente.
— Trabalho em uma rádio também e não ganho o suficiente pra morar nem perto daqui!
— Em qual você trabalha?
— Nueva York, 92.7.
— Ah, posso te oferecer um emprego na La Mega.

Ali minha ficha cai.

— Richard Thomas? Meu Deus, era só o que me faltava.
— Hm, você me conhece.
— Óbvio que conheço, somos concorrentes.
— Podíamos jogar no mesmo time, estamos contratando e pagando bem.
— Ir trabalhar com você? Não mesmo, o pessoal de lá me odeia.
— Qualquer coisa eu te protejo — Diz ele rindo, me fazendo ficar bravo.
— Por um acaso você acha que preciso de proteção de você? Se toca!
— Me desculpa, não foi isso que eu...
— Olha, por favor, fica na sua e eu na minha aqui! Já falou demais.

Ele se senta no canto do elevador e liga as luzes de emergência. Aproveito e chego meu celular. Sem sinal, mas milhares de mensagens perdidas, obviamente dos talariquers.