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    Estava noite no rústico castelo, seus corredores largos, frios e robustos tinham como contraste o tímido iluminar das lamparinas a gás, que iluminavam quase ao mesmo modo que um fósforo aceso ao um quarto escuro.

Um som leve de tecido se arrastando pelos corredores, poderiam tirar qualquer sinal de silêncio, causando um leve ruído por parte do tecido, porém o som era mesclado com um baixo mas doce cantarolar.

O rei ômega, trajado levemente e enaltecidamente como um nobre da realeza, trazia em seus braços, um pequeno e jovem lobinho, que resonava calmo e lento, seu brinquedo em sua mão que ia livre do abraço confortável de seu pai, o objeto tinha um formato formoso de um cavalo com seu cavaleiro talhado delicadamente na madeira, e agora estava ali como objeto na mão do filhote real.

O rei ômega, conforme passava no comprimento do corredor, onde as paredes eram carregadas de quadros e mais quadros; onde seria possível contar as longas e demais história da fundação daquele reino apenas pelas pinturas. Com seu afago leve, acariciava os cabelos meios compridos e sedosos de seu filho, para acalentar ainda mais o sono de seu bebê, bom... Pelo menos até que o mesmo se assegura-se de que o filhote, estaria adormecido e devidamente confortável em seus aposentos.

Após longas passadas e viradas curvineas e subir de pequenas escadas pelo castelo, o ômega chegara ao quarto de seu filhote, nunca parando seu cantarolar doce ao ouvido do menor.

Calmo abriu a porta, avistando seu marido, o amor de sua vida, havia rumado a frente alegando que esperaria o outro chegar com o filhote, para ajuda-lo a colocar o pequeno cheio de energia para adormecer.

— ele está tão calmo querido... — o ômega disse baixo e com um pequeno sorriso em seus lábios — nem da para comparar com aquele filhote, que até minutos atrás estava energético e corria pelos corredores.

— acho que está mais do que comprovado. Meu bem, apenas você consegue acalmar o nosso filhote.

— e apenas um truque, e fácil lidar com ele... — disse em um tom que aparentava ter gostado do que o marido lhe falará antes.

Tendo assim seu alfa risonho ao seu lado — sabendo que seu ômega, havia gostado do pequeno elogio do cotidiano — agora, ajudava seu esposo puxando a coberta para que o ômega deitasse o filhote, que adormecido foi deixado calmamente no conforte fofo de sua cama, tendo o alfa o cobrindo com o cobertor que estava em suas mãos.

— papai...pai...— a vozinha sonolenta e devidamente rouca, soou baixinho quando o filhote abriu seus pequenos olhinhos, com dificuldade pela pouca iluminação que invadia a frente da porta de seus aposentos.

Os dois lobos, que estavam rumando para fora dos aposentos do pequeno, pararam fora da porta do cômodo fitando agora o filhote disperto, tendo o ômega que o olhou amoroso e desviou o olhar para seu marido — qual estava logo atrás de si —.

— pode ir descansar meu amor, eu cuido do nosso filhote — o ômega pousou sua mão ao tórax de seu alfa, intercalando seu olhar dali para os bonitos olhos castanhos do maior.

— tem certeza minha joia ? Eu posso ficar aqui com você e o nosso filhote — respondeu o alfa.

— eu sei disso, mas e preciso que você descanse... Eu fico com ele não se preocupe, não irá demorar para que ele logo adormeça — sorriu meigo ao seu alfa — logo estarei em nosso quarto, alfa.

— está certo...tudo bem — respondeu desistente o alfa, sabia que quando seu ômega dizia algo, era como se uma lei do reino havia sido decretada no mesmo momento. — estarei lhe esperando em nossos aposentos, ômega. — beijou seu esposo.

Mas antes mesmo de rumar para a sua saída, fizera a grande questão de chegar perto de seu filhote lhe afagar seus cabelos brilhosos e castanhos, para deixar-lhe o confortável beijo de boa noite ao topo de sua cabeça, tendo um risinho baixo pela parte do filhotinho sapeca.

Tendo o alfa saído do cômodo, o ômega mais velho adentrara novamente o lugar qual era devidamente decorado, para um filhote da idade do seu, afinal o lugar era cheio de vida, amor, livros e brinquedos. Diversos brinquedos para a felicidade do lobinho jovem.

— não consegue dormir novamente, meu amor ? — o papai ômega questionaram seu filhote, o vendo balançar mais desperto sua cabeça em negação.

— não — respondeu dando ainda mais convicção a sua antes negação.

— tudo bem...o que faremos com você ? — fingiu pensar em uma solução, vendo o olhar curioso de seu filhote, resolvel ataca-lo em um combate de cócegas o que fizeram o filhote chorar de tanto rir, vendo seu filho assim resolveu parar para deixá-lo respirar por fim.

— por que não conta uma história ? Ou uma canção ? — o filhote disse por fim, tentando alcançar o ar que falto minimamente em seu pulmão.

— uma canção ? — pensou o ômega, tendo como se um ideia o surgisse repentinamente.

  se aproximou ainda mais perto de seu filhote, aplumou seu travesseiro, o embalou como se fosse um dos docinhos, que seu pequeno gostava de comer em uma de suas achadas rebeldias, em comer doce antes de qualquer refeição, pediu o brinquedo que antes estava na mão de seu filho, logo o substituindo por um lobinho branco de pelúcia, qual viu seu filhote se agarrar quase sonolento ao brinquedo, tendo de embala-lo novamente.

Vendo seu filho, com seus olhos quase caidinhos pela volta gostosa do sono, o ômega apoiou sua mão de maneira que não fosse incomodar o lobinho mas também que não deixa-se de fazer adormece-lo, e começou a levemente balança-lo , agora de seu lábios, quais ora mormuravam a canção outrora cantarolava-a até que a mesma chegasse aos ouvidos sonolento do filhote, qual já possuía seus olhinhos quase fechados com o seu sono, que agora o arrebatava mesmo para o mundo dos sonhos.

Ou como seu papai, costumava dizer...seu filhote, estava sendo acalentado no sono dos anjos.

Vendo seu filhote novamente quetinho e resonando baixinho e calmo, fora sua vez de beijar-lhe o topo de sua cabeleira, caminhando novamente para a saída dos aposentos reais do filho, antes de poder fechar a porta olhou amorosamente para seu filhote, que ao meio do sono resmungava algo até seus olhinhos abrirem bem pouquinho apenas para que o lobinho jovem disse-se algo, como de costume seu papai ômega suspeitava o que seria.

— boa noite papai... — disse baixinho e cansado, logo voltando a dormir.

— boa noite...meu pequeno jimin — fora as palavras de seu papai ao desperdi-se de seu filhote, por aquela noite.

O prisioneiro das fadas •jikook•  (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora