Adeus.

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"Nós tivemos tanto tempo, mas agora ele acabou. Eu tenho que ir embora e mesmo você sabendo, nada fez. Eu esperava de você, pelo menos, um pedido para mim ficar, no entanto, apenas me olhou e, sem dizer nada, me deixou naquele banco da praça sozinho. Parece que o seu medo de nós tocou conta por completo de você, então realmente não há mais motivos para ficar. Eu queria muito que você não tivesse desistido de nós, porquê isso me fez desistir de você. Eu ingenuamente pensei que tínhamos um futuro pela frente, nem sei dizer quantas vezes, enquanto via um Romance, fantasiei eu e você como aqueles casais clichês. Bom, parece que você nem ao menos viu esse futuro. Pensando bem você nunca disse que gostava de mim. Como sou tolo! Você sempre teve razão, talvez eu seja verdadeiramente um iludido e precipitado. Isso dói.

Eu sinto muito pelo que a gente não viveu. Acho que daríamos uma bela dupla, pena que não tem a mesma opinião. Desculpe não me despedir de você, não acho que..."

Que barulho é esse? Tem alguém batendo na porta?

— Quem é? — gritei acima do barulho. Nenhuma resposta. — Yuna — chamei indo em direção a porta, atendê-la. — se for você que está batendo assim, eu vou... — não era Yuna.

— Oi, Baek — seu tom de voz era desanimado.

— Hm... Oi, Chanyeol. O que você quer?

— Não vai me convidar para entrar?

— Acho melhor não. A casa está uma bagunça ainda. Eu não tive...

— Não há problema — Park tinha os olhos vermelhos. Será que estivera chorando? Chanyeol não parecia ser do tipo que chorava.

— Então tudo bem. Entre. — dei espaço para entrar e fechei a porta ao passar por mim.

Ele estacou em pé ao lado da porta e eu me dirigi ao sofá; me sentei esperando que fizesse o mesmo, mas não o fez. Senti como se o homem não soubesse por onde começar.

— Não quer se sentar? — ele piscou várias vezes e me olhou.

— Claro, obrigado — Chanyeol forçou um sorriso que não apareceu.

Ficamos um de frente para o outro naquele sofá por muito tempo. Você não falava nada e eu não sabia o que fazer, o silêncio era incômodo e agoniante. Eu ainda tinha muitas coisas para arrumar e mais um dia apenas, no entanto, mesmo estando um clima desconfortável e eu super atarefado, ficar ao seu lado me deixava feliz e ao mesmo tempo melancólico. Talvez aquela fosse a última vez que nos víamos. Você me olhava como nunca havia olhado antes, era um olhar saudoso com uma mistura... Eu não soube identificar o que era. Você chegou minimamente mais perto e eu o observei.

— Eu ainda tenho muito o que fazer, então... — aquilo era uma deixa para você falar logo. Me olhou surpreso e um pouco desesperado. Seria cômico, se não fosse triste.

— Olha, eu... — pigarreou. — Você vai embora, não é? — assenti.

"Que tipo de pergunta é essa? Você já sabe a resposta", pensei. Não sei porque perguntou aquilo. Seria para ganhar tempo?

— Você vai quando?

— Amanhã de madrugada.

— Nossa, já? Eu pensei que teria mais tempo. — sua expressão ficou triste, essa era a outra coisa que faltava nos seus olhos, aquela qual não consegui identificar.

"Tempo"? O que eu mais havia dado a você fora tempo.

— Tempo? Tempo para o quê? — fui rígido nas palavras.

— Para nós.

Eu ri. Gargalhei, na verdade. Como você poderia ter dito aquilo depois de três longos e torturosos anos?

Éramos nós - Chanbaek oneshotOnde histórias criam vida. Descubra agora