6 - A festa

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Povs Lilhuddy

Finalmente chegou quarta, o grande dia da festa na Hype, cheguei cedo pra arrumar as coisas com o pessoal. Charli também está aqui, mas está evitando falar comigo e eu respeito isso, vou dar o tempo que ela precisa, hoje eu só quero curti e aproveitar a noite. A noite chega e a casa já estava ficando cheia, abastecemos a cozinha com todos os tipos de bebidas possíveis e os barris de cerveja já estão posicionados no jardim, a piscina já está aberta. Que comece a diversão.

Povs Alexia

Hoje é o dia da festa na Hype House, uma enorme mansão que fica em uma rua sem saída no alto da colina, com certeza a noite promete. Nesse momento Haylie e eu estamos paradas em frente a mansão e ela é muita mais bonita do que na foto. Eu estou com uma calça preta de couro com um tênis vans preto, uma blusa curta de cetim também preta junto com algumas joias douradas. Já Haylie estava com um vestido vinho curto com as costas a mostra junto com uma bota preta. No começo achei que estávamos muito arrumadas, mas quando entramos na festa pude ver que todos estavam muito bem vestidos.
A casa estava iluminada por luzes coloridas que piscavam, a música estava alta e a casa estava lotada. A casa por dentro era linda, com poucos móveis mas sofisticada. Nós fomos até a cozinha pegar alguma bebida, ficamos impressionada com o tanto de opções que havia ali, eu optei pela vodka e Haylie preferiu tequila, logo enchemos nossos copos e fomos explorar a casa que era enorme. Depois voltamos para a sala e a música INDUSTRY BABY do Lil Nas X ecoava pela casa animando a todos.
— Eu amo essa música! - Haylie grita e me arrasta até a pista de dança - Vamos dançar.
Haylie ama dançar mas eu não sou muito fã, invento uma desculpa falando que vou até o banheiro e subo as escadas até o primeiro andar. Na parte de cima havias diversas portas que provavelmente eram quartos e os banheiros eram mais fáceis de achar por causa da fila do lado de fora. Vou até o fim do corredor e vejo uma porta entre aberta, minha curiosidade fala mais alto e eu acabo entrando no quarto. As paredes eram pintadas de preto e havia pôster colados pelas paredes, uma cama enorme e uma escrivaninha, ando pelo quarto observando cada detalhe, havia uma guitarra encostada na parede e um violão em cima da cama, passo minha mão pelo violão e de repente levo um susto quando alguém diz:

— O que você está fazendo aqui? - olho pra trás e vejo uma garota bonita de cabelos longos parada na porta me encarando feio.
— Eu só tava olhan... - ela me interrompe.
— Você não pode entrar aqui e nem ficar vasculhando as coisas dos outros.
— Já tô saindo. - saio do quarto passando por ela e revirando os olhos logo em seguida.
Desço as escadas e volto para a sala, vejo que Haylie não está mas lá então decido ir até o jardim procurar ela. Algumas pessoas pulavam na piscina enquanto outros se divertiam no barril de cerveja, e não posso esquecer de um grupinho fumando maconha. Com certeza me sinto perdida em meio a tantas pessoas.

— Oi. - vejo um garoto bonito se aproximar de mim.
— Oi. - digo e dou um gole na minha bebida.
— Desculpa perguntar mas a gente já se conhece? - ele para ao meu lado e segura uma garrafa de cerveja junto com um cigarro já aceso.
— Acho que não.
— Tem certeza? Você é familiar, por acaso você conhece o Lilhuddy? - ele diz mas depois solta uma gargalhada - Desculpa, claro que você conhece ele. Quero saber se você é amiga dele.
— Não, com certeza não. - digo e ele dá um trago em seu cigarro.
— Sou Noah Beck.
— Alexia Marin.
— Hum... - ele me encara por alguns segundos - Até mais então.
— Até... - digo baixo - Quem será esse tal de Lilhuddy? - digo pra mim mesma. Volto para cozinha e despejo vodka no meu copo quase vazio, depois de encher meu copo volto pro lado de fora e me sento na grama em um lugar afastado.

Povs Lilhuddy

Estava passando pela sala de estar quando vi a recepcionista da agência de modelos, ela estava dançando sozinha junto com outras pessoas em meio a multidão. Vou até ela que acena quando me ver vindo em sua direção.
— Então essa é a famosa festa do Lilhuddy? - ela me olha sorrindo.
— Pôde-se dizer que sim. - sorrio pra ela - Veio sozinha senhorita Haylie?
— Não, vim com uma amiga mas ela disse que iria no banheiro. Deve ter morrido lá em cima.
— Eu vou dar uma conferida se ela ainda está viva, fica aqui que eu já volto. - digo e ela concorda com a cabeça.
Subo as escadas e ando pelo longo corredor, a fila do banheiro estava longa, vejo Charli parada na porta do meu quarto.
— Oi... - digo me aproximando dela.
— Oi.
— O que você está fazendo aí parada? - olho pra ela que me encara.
— Uma garota intrometida estava no seu quarto mexendo nas suas coisas. - ela revira os olhos.
— Sério? - digo sem ligar muito.
— Eu expulsei ela, não se preocupe. - ela me encara e logo passa por mim me deixando lá sozinho.
— Char... - não adianta chamar, ela nem vai me ouvir.
Volto a olhar para a fila do banheiro, á diversas garotas como vou saber quem é a amiga de Haylie? Droga, nem perguntei o nome. Simplesmente vou descer lá e dizer que ela não estava no banheiro. E foi exatamente o que eu fiz quando voltei pra sala e encontrei Haylie.
— Ela me paga. - Haylie diz assim que eu conto que não a achei.
— Relaxa, daqui a pouco ela tá aqui. - digo enquanto tiro um baseado do bolso, logo vejo ela me encarar - Que foi? Você não curti? - acendo o mesmo e o estico na direção dela - Quer um trago?
— Não, obrigada. - ela faz uma pausa - Na verdade, talvez um trago não faço mal algum. - ela sorri.
— Boa garota. - digo vendo ela fumar a maconha e depois me devolver.
— Quero te apresentar a minha amiga, ela é meio careta mas é legal.
— Como assim careta? - digo dando um trago no baseado e depois soltando a fumaça no ar.
— Digamos que ela é mais na dela, ela até curti festas mas não é de ficar chapada e beijar o primeiro que aparecer. - ela vira o copo de uma vez.
— Essas são as piores e as melhores. - digo sem pensar e ela me olha intrigada.
— Como assim?
— Bom, quando elas querem ser uma "garota má" - faço aspas com as mãos - Elas conseguem ser as piores de todas, e isso deixa qualquer cara louco.
— Isso já aconteceu com você? - ela me questiona.
— Ainda bem que não. Já tenho problemas demais. - desvio o olhar para a sala que está lotada de pessoas.
— Mandei uma mensagem para minha amiga, ela tá vindo pra cá. - Haylie diz e eu estava prestes a responder quando vejo uma garota no jardim mexendo no celular, eu reconhecia aquela garota.
— Eu já volto, só espera aqui um minuto. - digo entregando meu baseado pra ela - Pode ficar com esse. - saio dali antes mesmo que ela responda.

Entro na cozinha e pego duas garrafas de cerveja, depois vou até o jardim e vejo Alexia sentada no chão afastada da multidão de pessoas.
— Alexia. - digo ao me aproximar dela e logo sentar ao seu lado.
— Chase. - ela diz animada mas logo seu sorriso se desfaz.
— O que você faz aqui? - digo curioso.
— Acho que o mesmo que você. - ela diz desviando o olhar para a grama do jardim.
— Olha, eu sei que a última vez que a gente se viu as coisas ficaram diferente e que foi... - ela me interrompe.
— Estranho? - ela finalmente me olha.
— Sim, estranho. - abro as duas cervejas e entrego uma a ela - Trouxe essa cerveja como oferta de paz.
— Eu odeio cerveja. - ela diz mas pega a garrafa - Assim como eu odeio festas com um monte de pessoas desconhecidas. - ela dá um longo gole na cerveja.
— Eu também não sou muito fã. - digo enquanto vejo ela da vários goles longo e esvaziar a garrafa - Uau, não parece que você odeia. - digo surpreso.
— Digamos que essa garrafa vai melhorar muito minha noite, então prefiro beber de uma vez só. - ela me olha.
— Faz sentido. - digo e também viro a garrafa de uma vez.
— Aí sim.
— Um brinde a nós! - digo batendo de leve a minha garrafa na dela.
— Um brinde a que?
— Ao no... aí merda - digo ao perceber que Noah estava vindo na nossa direção, levanto rápido e estico minha mão pra ela.
— O que foi? - ela me encara.
— Levanta, rápido. - ela pega na minha mão.
— Tá fugindo de alguém?
— Tipo isso. - digo enquanto puxo ela e corro até à garagem, chegando lá percebo que está vazia e as luzes estavam apagadas.
— Tá fugindo de quem? Sua namorada? - ela pergunta sem rodeios.
— Eu não tenho namorada. - digo e pude ver um breve sorriso surgi no rosto dela.
— Então de quem... - assim que ela diz ouço barulho de alguém abrir a porta.
— Shihh. - coloco minha mão na boca dela e me escondo atrás do carro, ela faz o mesmo. Não demorou muito ouço a porta abrir de novo e vejo que agora só tem nós dois aqui - Temos que sair daqui.
— Você é doido mesmo em.
— Confia em mim? - encaro ela que responde rápido.
— Não.
— Ótimo. - digo e abro a porta da garagem - Vem, tenho um esconderijo melhor.
— Esconderijo? Você acha que eu tenho 5 anos é? - ela me encara.
— Vem logo. - digo e ela revira os olhos, mas logo me segue.
Saímos pelos fundos e acabamos parando no jardim do vizinho.
— Você tá invadindo a casa do vizinho seu doido. - ela diz me encarando.
— Relaxa, não tem ninguém na casa. E só estamos no jardim. - dou de ombros e deito na grama, sinto o vendo frio da noite contra meu rosto e fecho os olhos.
— Bem melhor do que aquela festa. - ela deita do meu lado e olha pro céu estrelado - É lindo aqui.
— Eu concordo. - olho pro céu e depois a encaro.
— Seus olhos estão um pouco vermelho. - ela diz me encarando.
— Tem algum preconceito com quem fuma maconha de vez em quando? - digo e ela sorri.
— Tenho. - ela diz rindo - Não gosto de maconheiro.
— Que bom que eu não sou. - digo sorrindo pra ela - Porque estou louco pra fazer isso. - me inclino beijando ela que logo separa o beijo e me encara por alguns segundos sem dizer nada - Foi ma... - eu iria dizer mas fui surpreendido por ela que me puxa me beijando.

Ela me puxa pra ficar mais perto e eu fico por cima dela, minha mão desliza por sua coxa e para na cintura enquanto a outra segura seu rosto, nosso beijo é calmo mas com muito desejo, ela desliza suas mãos para a barra da minha camisa e logo passa as mesmas pelo meu abdômen arranhando de leve com as unhas. Separo o beijo e a encaro, nossos olhos reluzem o mesmo desejo e posso ouvir sua respiração ofegante junto com a minha. O barulho da música alta some junto com o barulho de vozes gritando e conversando, nesse momento só consigo ouvir a batida de nossos corações em sintonia. E por um instante não pensei na Charli, parece que tudo o que eu sentia por ela desapareceu de repente. Apenas Alexia passa na minha mente, aqueles olhos castanhos me hipnotizaram.

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