Capítulo 1 - Tia Guida

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  O pior pesadelo de Harry era conviver na rua dos Alfeneiros, nº 4. durante este período de dois meses de férias de verão na casa dos Dursley. Ainda mais complicada, estava sendo aquela noite em que tia Guida (irmã de tio Valter) estava fazendo uma visita com seu enorme traseiro incompetente.

  Harry e os Dursley estavam sentados à mesa na hora do jantar com tia Guida cuspindo suas atrocidades:

  - Não venha com sorrisinhos! Estou vendo que não melhorou nada desde a última vez que o vi. Tive esperanças que a escola lhe desse educação à força, se fosse preciso. - Ela tomou um longo gole do conhaque. - Para onde mesmo que você o está mandando, Valter?

  Harry continuava com suas mentiras intermináveis para conseguir a assinatura do tio para a visita a Hogsmeade, já que ele só poderia ir se tivesse a assinatura de seu guardião.
 
  E era nessa assinatura que ele estava se concentrando para não fazer uma burrada, já que ele havia concordado com o tio que se ele se comportasse bem na frente de tia Guida, Valter iria assinar a autorização.

  Harry estava se segurando muito para não fazer e nem dizer nada, enquanto a gorducha dispensava elogios queridos ao rechonchudo do Duda, e comentários ofensivos ao Harry. Mas a partir do momento em que ela colocou os nomes de seu pai e sua mãe na boca, ele não conseguiu mais se controlar:

  – Era o que eu esperava. Não trabalhava. Ou seja, era um parasita preguiçoso, imprestável, sem eira nem beira.
 
  – Não era, não. - Harry falou rápido protegendo o pai daqueles insultos.

  – A SEU MOLEQUE! Vá já para sua cama! - Tio Valter tentou intervir.
 
  – Não, Valter. - Tia Guida se virou para o garoto de cabelos negros. - Tem orgulho de seus pais?! Eles saíram pelas ruas, imagino que bêbados, e se meteram em um acidente de carro...

  – Eles não morreram em um acidente de carro! - Harry agora tinha os nós dos dedos extremamente brancos graças a força que fazia para se controlar.

  – Morreram em um acidente sim, e jogaram um problema como você no colo de pessoas de bem...

  A mulher não pôde continuar a falar, já que todas as partes de seu corpo agora estavam inchando: os braços, as mãos, os pés. E em poucos segundos ela havia se transformado em um enorme balão flutuante. Harry observou a cena com os olhos arregalados. Saiu do cômodo e pegou seu malão no armário embaixo da escada, subiu para o seu quarto e começou a empurrar todas as suas coisas ali. Pegou o malão, a gaiola de Edwiges e desceu os degraus rapidamente.

  O tio tentou o impedir:

  – VOLTE AQUI E FAÇA ELA VOLTAR AO NORMAL!!!

  Harry abriu o malão e em um rápido movimento, retirou a varinha e mirou em direção ao tio:

  – Ela mereceu isso! E não chegue perto de mim! - Enquanto o tio estava parado com os olhos vidrados na varinha, Harry recolheu seus pertences e saiu daquela casa, seguindo sem rumo no meio da noite.

Harry Potter e a Poção do InversoOnde histórias criam vida. Descubra agora