Tio dos Gatos (TobiIzu)

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Izuna sorria mínimo enquanto permanecia a ler seu livro pequeno e de poucas páginas. O gato em seu colo naquele momento ronronava enquanto cochilava sobre suas coxas. Outros dois gatos estavam mais à frente, coladinhos em um abraço, eram um casal. E por sorte, tinha castrado a fêmea ainda novinha e posteriormente o macho. Fez o mesmo com todos os outros sete bichanos que tinha.

Estava no jardim pequeno da casa a qual residia, sentado confortavelmente em sua melhor cadeira, com uma almofada fofinha que apoiava seu traseiro.

Vestia uma bela blusa vermelha que tinha roubado do seu irmão e que coube em si, mesmo que um pouco folgada. Um shortinho pra se refrescar um pouco do calor.

Era tudo tão tranquilo... até ele chegar.

De repente, ouviu um barulho alto que assustou até mesmo os gatos que estavam dormindo e esticou o pescoço para ver os lados da rua, mas não foi preciso se esforçar muito, já que o enorme carro de mudança que ocasionou o som elevado parou na casa que era ao lado da sua, quase colada, somente com um pequeno beco as separando. 

Ergueu uma sobrancelha assim que viu um homem grande e forte sair de outro carro que parou lá também, um automóvel branco e de luxo por sinal. Fez uma careta enquanto sentia inveja daqueles músculos, sempre foi tão magrelo...

Por um momento teve a sensação que não iria se dar bem com ele, mas deixaria isso pra lá de início, deveria dar uma chance para o novo vizinho ao menos.

×××

Ok, a última coisa que deveria fazer era dar uma chance para ele. O que aquele cara tinha? Problemas mentais?

Na primeira semana que ele chegou, Izuna foi até a casa dele como um bom vizinho, não levou nada porquê ele não pediu e muito menos pagou. Mas ele lhe pareceu legal, conversava bem e o tratou com gentileza, o moreno até mesmo o achou bonitinho. Mas as aparências enganam meu amor, e olha só; no mesmo dia o cara tirou sabe-se lá quantas pessoas do 'cu e quando menos esperava, estava se virando na cama tentando dormir com a desgraça de um som alto pra 'caralho. Não poderia, sei lá, ser uma música mais calminha?

Peguei ranço, foda-se.

E realmente pegou ranço, nem olhar mais na cara dele olhava quando passava. Quando ele acenava, fingia olhar para o céu. Quando o chamava para ir a um almoço na casa dele, dizia que estava meio adoentado e não queria passar pra ele. E quando ele perguntava o nome de um de seus gatos, aparentemente tentando ser gentil, Izuna respondia tão monótono como se não importasse. Mas qualquer um sabia que era sim importante pra ele, eram seus gatos afinal.

Mas céus, aquele homem não poderia ser ignorado o tempo todo. E que deus o perdoasse por pensar em coisas tão impuras com aquele ser desordenado.

Então, odiando e não o seu vizinho e tendo tesão por ele, qual a melhor coisa a se fazer? Tentar ser mais gentil e começar a flertar com o mesmo? Óbvio que não, era muito medroso para tal, então, arranjar outra pessoa era o melhor para si, mesmo que só por uma noite.

Há algumas semanas estava falando com um cara de seu trabalho e estava até gostando dele, então, na melhor hora, ele o chamou para sair. Era a melhor coisa que poderia fazer. E só deus sabia a quanto tempo transou com alguém, tinha tanta tensão dentro de si que precisava esvaziar de vez e nem se importaria com o que aconteceria no outro dia com ele, só queria foder e esquecer a presença de Tobirama — que era o nome do vizinho pertubardo — por um momento.

Se preparou da melhor forma, vestiu uma roupa normal, mas melhor do que as que usava em encontros casuais e hidratou os cabelos porque também eles precisavam já fazia um tempo. Botou mais ração para seus gatos antes de sair já que demoraria para voltar e por fim saiu até onde tinham combinado.