Duma história a uma realidade aterradora

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No dia anterior ao Halloween, Emília estava com os seus amigos a cortar e enfeitar abóboras para o dia tão desejado onde poderia vestir-se como queria.

Pedro um dos seus melhores amigos decidiu contar o que tinha descoberto sobre o que se passada de verdade na verdadeira noite de Halloween.

-Ontem, acordei ao meio da noite e reparei que os meus pais estavam a ver algo na televisão sobre que tinham me proibido de ver.

Júlia a mais nova do grupo, decidiu comentar tal afirmação do Pedro.

-Se te tinham proibido não devias ter visto às escondidas, principalmente, deles.

-Tu não percebes, é que eu descobri o porquê deles disserem que não devia ver aquilo.

-Então porquê é que não podias ver? – Emília perguntou.

-É que mostrava a verdade sobre o que se passa no dia que tanto gostamos, o Halloween. Eles não queriam nos assustar.

Emília curiosa perguntou qual era a tal verdade que era tão escondida que os pais escondiam, Pedro logo respondeu.

-No escuro do Halloween é o dia que os monstros que tanto temos medo andam por aí em liberdade, mas o mais perigoso de todos é um tal de Wendigo.

Emília começou a ficar com medo, mas estava curiosa sobre o que desse monstro tinha de tão especial para ser tão assustador e perigoso.

-Mas o que tal de Wendigo, tem de tão terrível, para não nos contarem?

-Então pelo que percebi, ele é um monstro muito alto e magro cinzento como se tivesse doente, tem braços e pernas muito compridos, além disso, tem garras afiadas e dentes amarelos muito pontiagudos, os seus olhos são vermelhos como o sangue que escorre pela sua boca.

Todos arrepiaram-se com a tal descrição, mas Pedro ainda não tinha acabado e continuou sobre a sua descoberta do monstro

-Ele é muito rápido e silencioso, o que o torna muito perigoso, além disso está sempre com fome...Fome de carne humana, das crianças prefere a gordura, das mulheres a pele, dos homens os músculos e dos velhos os ossos. As suas garras conseguem decapitar pessoas e os seus dentes quebrar os ossos, se alguém se tornar o alvo dele não tem salvação é o final para essa pessoa.

Na noite desse dia, Emília não conseguiu dormir e no dia de seguinte andava assustada, os pais perguntaram-lhe se estava tudo bem, mas como ela não queria deletar o seu amigo, não contou o que tanto a assustava.

Chegou a noite, estava vestida de zombie, o disfarce que tanto tinha pedido aos seus pais, mas não estava animada, tinha receio sobre o que podia surgir ao longo da noite. Depois do jantar, era hora para sair para doce ou travessura, mas o seu pai disse-lhe que tinha de levar o cão quintal para fazer as suas necessidades, uma vez que ela tinha se comprometido quando disse que queria um animal de estimação.

Abriu a porta traseira da casa e saiu com ele, já estava escuro e não se via os limiares do quintal e começos da floresta que ficava ao lado da sua casa.

Arrepiou-se com o frio que estava e quando tentou-se aquecer com os seus pequenos bracinhos, ouviu-se um farfalhar de folhas no limiar da floresta, ela olhou com receio e chamou o seu cão, mas o inevitável aconteceu, o cão em vez de correr para ela começou a ladrar e fugiu para a escuridão das árvores.

Emília chamou o seu cão, mas ele não voltou para trás ao seu comando, aproximou-se do escuro e quanto mais se aproximava mais escuro ficava, o se cão já não se ouvia e isso a fez mais temer aquele momento.

O que teria sido que chamou a atenção do seu cão e que o fez calar tão de repente.

Começou a entrar cada vez mais para dentro da floresta, o frio parecia que só aumentava e começou a chamar o seu cão, ouviu o som de um galho a quebrar ao seu lado e assustou-se calando-se e pensando na história que os seus amigos lhe contaram no dia anterior, sobre o tal monstro que andava livre na noite de Halloween e que comia carne humana.

De repente, virou a cara devagar para o lado de onde tinha surgido o barulho, não viu nada até reparar que algo se mexeu deu um passo para trás, até que ouviu um latido e viu que era o seu cão. Suspirou fundo aliviada e abaixou-se e pegou no seu cão. Este continuou a ladrar no seu colo até ganir de repente, ela não ligou muito e começou a caminhar, percebendo-se que estava perdida no meio da floresta e sem saber o caminho de volta, mas mesmo assim começou a tentar achar novamente o caminho.

O que ela não reparou, foi para onde o seu cão tinha ladrado atrás de si, havia dois olhos vermelhos reluzentes no meio da escuridão atrás de si a olhar atentamente para ela, à espera do momento certo.

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