Realidade em Frenesi

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Olá monamores! Tudo bem com vcs! 

Seguinte... estou aqui publicando um conto que a muito havia escrito, mas como nunca mostrei a ninguém, decidi adaptar, pensando em um certo casal q não sai da minha cabeça. Não há nomes, mas vcs saberão de quem se trata. Talvez seja um preludio de uma Short-fic.

O conteúdo pode ser mais sensível e sim, é maduro, então tenha cuidado ao lerem. Me deixem saber o que acharam! 

Boa leitura! Beijinhos e xau xau!

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A volta era como todos as outras, mas o ar estava diferente. Pela primeira vez em meses senti uma necessidade enorme de chegar logo em casa. Andar aqueles 300 metros foi quase que torturante, eu senti que algo de diferente iria acontecer, só não sabia que o que deveria ser mal, seria bom, pelo menos durante aqueles minutos.

Subia a ladeira e a cada passo sentia que olhos me seguiam. Não olhava para trás, o medo me consumia e eu não queria saber o que se passava por trás de mim. Um milésimo de segundo depois escuto um:

- Não é muito inteligente sair por ai a essa hora não acha?

Não respondo

- Hum... você não fala? Os calados são mais quentes!

Aperto o passo pensando "minha casa esta a 50 metros!"

Um braço aperta o meu, um corpo se encosta no meu, um volume apertando minhas nádegas declaram o que vai acontecer nos meus próximos 10 minutos de vida. Aquela voz sem rosto, sem forma vem a meu ouvido e sussurra:

- O silêncio pode te salvar ou te condenar, a escolha é sua.

Meus olhos se fecham, e assim permanecem enquanto sou guiado por mãos, membro e voz.

Percebo que estou descendo a mesma rua que subo todos os dias pra ir de encontro com minha cama. Ando, ando e ando, confiando apenas em mim mesmo, e ao mesmo tempo que sinto medo, uma excitação um tanto quanto estranha vem crescendo dentro do meu peito, e em meio a pensamentos macabros e dolorosos me vejo em uma situação que pode ao invés de trazer dor, me dar prazer.  Paro, não sinto mais as mãos e não ouço mais a voz. Não abro os olhos. Podia abrir, correr gritar e fugir, mas permaneço ali, parado, como a espera do que vai acontecer, como se desejasse que acontecesse.

Mais uma vez ouço:

-  Abra os olhos, quero que você se lembre de mim.

Não abro.

Medo, excitação, loucura, tesão. Tudo isso eu sinto, tudo isso que queria sentir naquele momento.

Abro os olhos e vejo diante de mim uma sombra, desta sombra bilhão um par de olhos dourados como  o céu num dia quente de verão.

Olhos quentes, que em primeiro momento me fizeram gelar a alma. A medida que estes olhos se aproximavam de mim eu sentia minha alma arder. Não ardia apenas de medo, mas de vontade que estes olhos se revelassem.

A sombra vai tomando forma, e aqueles olhos me observam com muita cautela, as vezes provocando medo, as vezes provocando uma espécie de paixão. Olhos nos olhos, vejo um rosto angelical, como esculpido em jade, com uma boca grossa e lábios muito bem desenhados. Fecho os olhos e sinto a sua língua dentro da minha boca. Quero não me entregar, quero resistir, mas sinto o seu sexo duro roçando o meu, com as roupas como único obstáculo, que após 30 segundos se torna um obstáculo enlouquecedor. Sinto um frio por todo o corpo, sinto sua mão entrando na minha calça, me sinto mole, e finalmente me entrego por completo a aquela loucura, a aquela aventura torturante e perigosa.

Ele me deita no chão de terra e folhas secas. Escuto o barulho de seu zíper a se abrir, ouço seus passos, ele se aproxima e me oferece seu sexo duro e firme. Êxito por um momento, como se não soubesse o que tinha de fazer, olho em seus olhos e simplesmente sinto sua haste adentrar minha boca. Medo...medo. Medo de me machucar? Não. Medo de gostar. Sinto sua haste ir e vir dentro de minha boca, ao som de seu gemidos, e banhado por seu olhar de prazer. Os gemidos vão se multiplicando e quando vejo, sua língua volta a minha boca e suas mãos agitadas tiram sem nenhum cuidado minha camisa de botões em cetim. Meus peito ardia e meus mamilos já se encontravam com seus bicos duros sentindo a sua língua roçar, com mordidas leves acompanhadas por meus gemidos de prazer. A cada gemido um pensamento. Quanto insano seria sentir prazer, e quanto insano seria não pensar que tudo isso deveria ser forçado e que eu simplesmente me entreguei, e estava gostando...

Todo e qualquer pensamento é cortado quando sinto suas mãos descerem até meu zíper, sentir o pano da calça deslizar sobre minhas pernas e eu sentir um vento gelado em minha pele, que logo é substituído pela saliva quente e úmida de seus lábios a beijar minha pele de pelos arrepiados.

Um calor insuportável acompanha os espasmos de prazer em que meu corpo se encontra quando sinto suas mãos abrirem minhas pernas e sua língua roçar minha  entrada de forma violenta e ao mesmo tempo deliciosa. Seus dedos ajudam a aumentar a tensão quando entram e saem de mim acompanhando como em uma musica cada lambida e mordida em meu membro desperto, duro, desejoso e já pegajoso do pré gozo que se instalou ali. suculento e inchado de prazer. Não demora para que eu sinta seu grande e grosso membro entrar em mim e me consumir de corpo e alma. Entro em um frenesi de prazer, dor, gritos e gemidos. As únicas palavras que conseguia ouvir saia da voz grossa e gélida daquele que me tinha naquele momento de forma impiedosa, insana e prazerosa:

- Quero e vou marcar você pro resto de sua vida.

Após estas palavras o ritmo que pensei que me levaria ao céu se tornou um ritmo que aos pouco me levava ao inferno. Por um momento pensei que iria morrer. Morrer porque sentia prazer em sentir dor, medo e remorso. Não só o corpo foi marcado, mas a alma. Cada estocada dentro de mim me fazia sentir algo inexplicavelmente gostoso e arrepiador. Senti que sua haste deixava meu interior, apenas para de virar de costas e depois voltar com virilidade e de forma insaciável. Nunca havia sentido tanta dor, e essa dor me trouxe a realidade dos fatos. Eu só sentia medo, queria pela primeira vez – eu acho – realmente sair dali. Ouço seu grito, que agora de angelical, passava a demoníaco, de prazer, ouvia sua satisfação em ter gozado dentro de mim, e em ter visto que agora ele conseguira o que realmente queria, meu medo, meu remorso e sua marca em um lugar que ninguém poderia ver, mas EU iria sentir e saber que estava lá pro resto da minha vida.

Minha ultima visão, deitado naquele chão frio de folhas e terra foram de seus olhos, que agora eram apagados, me fitando de longe com ar de triunfo. Levanto, choro, pego minhas roupas e os pedaços de minha alma jogadas naquele chão e fecho os olhos.

Acordo, e penso que tudo não passou de um sonho, molhado de suor e de prazer, me levando, olho o espelho e nele vejo marcas de um sonho que foi realidade, ou de uma realidade que se tornou um sonho, que terminou em pesadelo. O silencio me salvou, mas de que? Talvez de mim mesmo, que por quase um momento perdeu a alma.

Realidade e frenesi - Conto erótico.Onde histórias criam vida. Descubra agora