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Foco é o que preciso agora, contudo é o que eu menos tenho.

Estou tão brava que poderia aparecer na casa de Paul e falar boas na sua cara.

O motivo de meu mau humor?! O meu ex chefe Paul me demitiu.

Acabou de me xingar de todos os nomes possíveis, e me pergunto o que fiz de tão ruim para ele, porquê eu não estou sabendo, assim... talvez eu até saiba, mas não tem como, de fato, realmente saber.

Eu sou conhecida por ser discreta, então ser demitida sem explicações foi um absurdo.

-Antônio!.- Chamo o dono do bar que estava a minha frente, sempre venho aqui com as meninas, então eles nos tratam muito bem.

- Oh, Oi Jennie!. Deseja algo minha querida?

Antônio tem 63 anos e é como um pai para mim, sempre está me ajudando.

- Sim, eu queria um Soju, por favor- Sorrio simpática.

- Já está saindo - Antônio diz, indo pegar minha bebida.

Apoio o cotovelo na bancada, enquanto deito minha cabeça sobre minhas mãos.

Estou completamente indignada de ter perdido o emprego, aliás o que eu fiz de errado? Que ele saiba, porque pelo que eu sei não tem nada em meus atos que afetem diretamente meu desempenho profissional.

Deveria estar chorando agora e minhas contas?, mas estou sentindo um imenso alívio, porque não quero ter um chefe como Paul, que não sabe valorizar o trabalho árduo de seus funcionários para fazer dar certo

Fico uns cinco minutos sem fazer absolutamente nada, até um homem, muito lindo por sinal, ficar parado ao meu lado.

Olho de soslaio o homem e sinto meu coração se agitar quando reparo em seus traços raros. Cabelos grandes e pretos deixam seu rosto destacado. Olhos penetrantes e com certeza muito exitantes.

Deve ter molhado ao menos dez calcinhas ao longo do caminho. Este homem é lindo.

E ele definitivamente continua parado no mesmo lugar, como se estivesse em uma briga com si mesmo.

- Algum problema?

- Nenhum- O homem diz com uma voz rouca, e que voz...

Já não basta ter uma aparência rara, um físico fenomenal? Tem que ter uma voz grave e pior tem que sair rouca?.

Para com isso Jennie você não está com cabeça para isso.

Dou de ombro e vejo minha bebida chegar, agradeço Antônio e logo começo a beber, na garrafa mesmo, eu só queria esquecer de tudo, minha vida é realmente um fracasso, mas não irei contar tudo agora.

- Cuidado você ficará bêbada rápido.- Diz o homem ao meu lado, enquanto olhava em meus olhos, com seus olhos pretos, que me fazia minha respiração ficar desregulada.

- Eu estou bem. -Rio, já estou ferrada mesmo e não tenho que acordar cedo amanhã para trabalhar, estou livre.

Ele não fala nada, não tem o que falar, mas na verdade eu quero que ele fale alguma coisa, porque eu não vou falar nada, não estou com a cabeça para puxar assunto.

Bebi cinco copos, enquanto permanecemos no mesmo silêncio, quem irritava , Antônio tentava ajudar , mas nada adianta, parece que não estamos no clima para isso, quis dizer estávamos.

Bebo tanto que perco as contas. As vezes é preciso extravasar a raiva de alguma forma e talvez esquecer dela alivie a dor.

- Moço! Talvez seja estranho, mas eu não posso chegar em casa assim, então me perdoa por agir igual uma cavala.

MEU CHEFE- TaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora