PARTITURA 14

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O sol estava coberto por grandes nuvens cinzas, quase não haviam pássaros nas árvores e a estrada ainda apresentava resquícios de água por causa da noite chuvosa. Depois de viajar três horas sem parar em qualquer lugar para descansar, cheguei a uma cidade pequena chamada de Timeless. Um portal formado por um arco de lírios mortos e uma placa enferrujada avisando que o lugar tinha  menos de dois mil habitantes no início da cidade era um presságio das casas pequenas de madeiras pintadas a muito tempo com a cor azul marinho e agora estavam com as cores desbotadas devido a falta de reforma que eu viria mais na frente.

Por está acostumado a passar por aquele tipo de local, não tinha problemas com cidades distantes do meio urbano como ela, pelo contrário, me sentia mais livre e disposto a aprender sobre coisas que o caos da metrópole não ensinavam. Assim que cheguei em Timeless, fui  diretamente procurar um lugar para ficar hospedado e achei, com a ajuda de alguns moradores,  uma casa que abrigava estrangeiros em troca de uma pequena quantia, então assim que paguei pelo quarto onde ficaria por uma noite, fui caminhar pela floresta.

Quando o sol raiasse, eu iria para um parque de inverno onde pretendia participar de um campeonato amador de patinação e também aproveitaria para skiar, mas como era tarde, aproveitei para conhecer um pouco da floresta da cidade. Sempre gostei de lugares onde o único som que poderia ser ouvido era o da natureza, além do mistério que o inverno aparentava trazer em lugares como aquele.  

O chão estava molhado e um pouco escorregadio porém esses motivos não me impediram de  sair pela mata onde passei cerca de vinte minutos para alcançar a meta de caminhada que eu costumava fazer sempre que não estava praticando outra atividade física até o momento que comecei a ouvir um som. Alguém estava tocando violino por perto. Fui até a origem da música que foi aumentando um pouco mais de volume, encontrando uma casa de madeira semelhante as outras casas de Timeless que concentrava o som que eu ouvia, porém a casa da floresta era maior e motivado pela minha curiosidade bati na porta com o intuito de conhecer quem tocava habilmente o violino.

— Quem é o senhor ? — perguntou uma senhora que aparentava ter sessenta anos ou mais.

— Me chamo William Casstle, desculpe incomodar. Ouvi a música e fiquei interessado em conhecer quem tocava o violino — falei me apresentando.

— Se é assim, pode entrar. Mas não tente nada ou você vai se ver com a polícia — alertou a senhora.

Achei um pouco engraçado o modo que a senhora falou comigo mas entrei mesmo assim na casa. O lugar possuía uma sala espaçosa com um pequeno lustre no teto, um grande sofá de veludo marrom que misturava-se com a madeira da casa e no recanto um violoncelo, uma pequena mesa com uma flauta em cima e um rapaz que parecia ter vinte e quatro anos, possuindo um ano a mais de vida que eu. Ao me ver, o jovem parou de tocar o violino e levantou-se, indo em minha direção. .

Partitura 14Onde histórias criam vida. Descubra agora