● capítulo 1●

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● Capítulo 1 ●
(Único)

Ser amado

"Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio"-Willan Shakespeare

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"Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio"-Willan Shakespeare.


Bonnie Bennett fechou os olhos para aspirar o cheiro de amêndoas de seu hidratante.

Ela passou os dedos melados com o conteúdo pastoso e branco em suas pernas descobertas. Sentindo o frio refrescante sobre a pele depois de um dia puro de sol intenso que a fez suspirar e alongar o  pescoço para sentir os cabelos em tamanho médio pinicarem ali.

Uma música tocava em seu celular em cima da cama. Bonnie interrompeu a sua pequena cessão de massagem para admirar a paisagem escura de sua varanda. De longe, seus olhos verdes enchergavam o brilho bonito da cidade de Amsterdam. A Bennett conseguia enchergar as pessoas que transitavam aquela hora da noite. Conseguia ver o restaurante no qual havia jantado com o burburinho de várias linguas e todo o tipo de conversa existente.

Era uma realidade boa. Sair, comer e andar. Sem a mínima preocupação com um híbrido louco, ou uma caçada intermitente pela cura. Ali não havia problemas. Não havia um feitiço para executar, nem tampouco solidão. Durante três longos meses ela havia sido a garota normal que era até os dessessete anos. Tendo como únicos dilemas as coisas típicas para a sua idade.

Entretanto, era exatamente isso que a preocupava agora.

A Bennett se jogou nos travesseiro macios desfazendo de vez a complexidade do tecido bem forrado da cama a qual dormia a exatamente três dias. Seu corpo se afogou consideravelmente sobre o colchão ortopédico. Ao contrário de sua mente que se jogava para cima com um único e insistente pensamento.

Ela fechou os olhos e passou as mãos pela cabeça negra. Recusando-se a divagar sobre aquilo mais uma maldita vez.

Seu cérebro não aguentaria um outro conflito forte. Bonnie estava cansada de se entupir com chás calmantes e livros dos mais diversos tipos a noite para não se dar o direito de pensar sobre ele. O que acabava gerando o efeito contrário tendo em vista que suas últimas semanas haviam sido coladas com a sua pessoa.

— mas que Droga.— ela xingou olhando para o lustre no teto. Enchendo as bochechas de ar e soltando pela boca em seguida. Foi quando ouviu o som de um trinco.

A moça negra levantou a cabeça e olhou para trás. Onde uma porta pintada de branco estava a três passos da cama de casal. Bonnie estudou o trinco alaranjado rodar para um lado sedendo as ingrenagens internas para que a madeira fosse aberta, mostrando a figura dele.

O homem alto tinha calças moletons cinza cobrindo as pernas. O elástico que a prendia sobre a cintura estava meio bambo, deixando que ela visse uma resta da cueca dele quando ele andou para dentro do quarto e fechou a porta atrás de si e olhou para ela.

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