Capítulo único

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À 100 km por hora sobre uma velha moto, três viaturas atrás de nós e uma mala cheia de dinheiro, aquele pareceria o fim da estrada, mas mesmo naquele turbilhão, a única coisa que passava pela minha mente era o quão gostosa era sensação do corpo de...

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À 100 km por hora sobre uma velha moto, três viaturas atrás de nós e uma mala cheia de dinheiro, aquele pareceria o fim da estrada, mas mesmo naquele turbilhão, a única coisa que passava pela minha mente era o quão gostosa era sensação do corpo de Helena colado ao meu sobre a moto, o vento batendo contra nós e o sentimento de que poderíamos ir a qualquer lugar sobre aquelas duas rodas, mesmo com a polícia atrás, só conseguia curtir o momento, pensar que daria uma bela foto, duas mulheres perigosas sobre numa fuga em alta velocidade. Faziam duas semanas que ela havia pulado em minha garupa e participado de 3 assaltos pequenos, e um grande, justamente o que fez com que tudo fosse a merda.


Três semanas antes 

Como de costume meu parceiro e eu seguimos caminhos separados para despistar a polícia. Para mim não sobrou nada além uma viatura me perseguindo, não vi outra alternativa a não ser me enfiar no meio do mato, passados 15 minutos de procura da polícia que pediu reforços, cada vez via mais luzes entre as árvores me procurando, eu não tinha escolha a não ser achar um lugar mais seguro para me esconder. Consegui criar uma distração jogando algumas pedras para longe criando barulho e consegui correr o máximo que pude, só parei quando vi uma casinha numa fazenda que parecia ter saído de um livro de contos de fadas, tinha um celeiro ao lado, eu poderia ficar por lá até amanhecer.

Me enfiei com a mochila com a grana no meio do feno e achei que estava bem escondida, até que cai no sono e acordei com uma bela mulher, que devia ter entre seus 40 ou 50 anos, e era a mais linda criatura que eu já tinha visto, eu teria pago uma bebida ou a convidado para jantar, mas ela estava ali parada me apontando uma espingarda.

— Quem é você e por que está aqui? — Ela perguntou antes que eu também pudesse sacar minha arma.

— Espera, eu posso explicar, tentei distraí-la. —Só me perdi numa trilha, fiquei com medo de dormir na mata e entrei aqui.

— As trilhas ficam longe daqui, espera que eu acredite? um policial esteve aqui procurando uma mulher fugindo pela mata

— Deixa eu só te mostrar meu documento e eu posso te pagar pela noite que passei aqui, deixa eu... — Saquei o revólver e apontei para ela.

— Eu vou embora, não quero confusão, essa sua arma parece velha, talvez esteja vazia, talvez não dispare e você não parece ser do tipo que sabe atirar, vai querer tirar a prova de quem é mais rápida e precisa?

Eu devia ter ficado calada, porque logo em seguida ela apontou a arma para uma lata e acertou com um tiro.

— Eu não tenho interesse em te entregar para a polícia, mas eu também não vou sair de mãos abanando, quanto você tem na mochila?

Eu não queria dar nenhum centavo a ela, mas só tinha uma bala dentro da minha pistola, e eu não teria uma segunda chance se não a matasse de primeira. Então abri a mochila e descobri que o filho da puta me passou para trás e ficou com toda a grana.

Uma mulher chamada HelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora