Distopia

Era uma vez o Jalapão

Uma terra encantada
De beleza sem igual
No Tocantins terra amada
Jalapão é o local

Cachoeira da formiga
Prainha do Rio Novo
Fervedouro da Boa Vista
Fervedouro do Rio Sono

Cachoeira da Velha
E as dunas de areia
A pedra furada
E o Fervedouro do Ceiça

Cânion do Sussuapara
Fervedouro do Buritizinho
Cachoeira das araras
E do rio soninho

Mas toda essa beleza
Está bem ameaçada
Por um punhado de moedas
A natureza foi trocada

Tomada de seu povo
Que ali sempre viveu
Para dar a novo dono
Que comprou e agora é seu

A natureza paga o preço
Da ganância dos poderosos
Que para ter mais dinheiro
Topam qualquer negócio

Vender o Jalapão
É covardia sem tamanho
E doe no coração
Ver tudo se acabando

Logo vem as construções
Pra com o turismo lucrar
Milhões e milhões
Sem nada preserva

Jalapão é o sacrifico
Para que possam lucrar
Mesmo que pra isso
Ele tenha que acabar.